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    Reconstrução - Apostila 2

    Reconstrução - Apostila 2

     

      

                                           

    Os comentários apresentados na apostila 01, em abertura ao estudo desse tema, revelam as sutilezas do caminho da Vida.   O quanto, enganosamente, as pessoas têm vivido na Terra.   Os das classes sociais mais elevadas pisoteando sobre os que deles dependem, e os desprotegidos da sorte maldizendo os desígnios da Vida.   Disso resulta um confronto de forças que só faz acrescer a miséria e o infortúnio na face do planeta.  Resultado que bem evidencia a soberana Lei de Causa e Efeito.

    Por outro lado, ao final da série A Criatura, onde vimos a grande viagem, desde a criação até a angelitude, dissemos que muitas perguntas ainda nos ficaram sem resposta.   De todas, duas se destacam:

    1. A) – Sendo filha da Perfeição por que a Criatura se perdeu no Dédalo da vida humana ?
    1. B) – Como refazer-se ?

    Estas são as perguntas que tentaremos responder com este trabalho.   Para dar os primeiros passos em nossa análise movimentar-nos-emos através da figura 02A.   Ela resume esta fenomenal viagem perpassada pelas estradas do Universo.   Ora em arboríneas planícies, ora precipitando-se em obscuros abismos.

    Antes de passarmos à figura, permitam uma informação.   Quando os amigos espirituais nos inspiraram esta figura, que ocorreu no dia 08 de Outubro de 1996, às 22,50 horas, duas questões de imediato nos chamaram a atenção:

    1 – As apostilas até o número 13 já estavam prontas.  Inserir nesta a figura, como eles desejavam, obrigava-me a reescrever todas as demais, tarefa que despertava pouca disposição por cumpri-la;

    2 – Na medida em que traçávamos o esboço inspirativo da figura tínhamos a impressão de que estávamos redigindo uma linguagem oculta através de símbolos.  Algo assim como hieróglifos.  Isto é, símbolos que ocultam amplo significado, só decifrável, porém, por aqueles “iniciados”.

    Acostumados, porém, com essas surpresas, de imediato tratamos de aprontar a figura e iniciar a tarefa de reescrituração das apostilas, e esta ficou como se segue.

    Mas vamos à figura.

    Ela descreve os doze principais passos, transcorridos e a transcorrer, dessa estonteante viagem cósmica, chamada Evolução do Ser.

    1 – Após o momento da criação vem o que chamamos de mergulho nos mundos de matéria densa.  Período compreendido desde o reino Mineral até o reino Animal;

    2 – A seguir vem a eclosão da individualidade quando iniciam a funcionar os recursos do pensamento contínuo e da inteligência;

    3 – O uso indevido desses recursos obscurece o viver do indivíduo, e ele afoga-se em atos equivocados;

    4 – Dali para frente, cada vez mais se auto-conduzindo pelos atos equivocados, o indivíduo passa a ter seu mundo interior inteiramente fraturado.  É um mundo em pedaços;

    5 – Todavia, de alguma forma, é alcançado pelas providências dos responsáveis pela vida planetária.  Uma luz de esperança começa a brilhar no horizonte de sua vida;

    6 – Então o indivíduo pára.  Deixa-se mover em reflexões que lhe apontam nova direção existencial;

    7 – Das reflexões nasce a decisão:  refazer a vida.  Reconstruir;

    8 – A partir dessa decisão sobe ainda mais alto no horizonte de sua vida a Luz da Esperança, brilhando mais forte e clareando-lhe o caminho;

    9 – Recompõe o mundo interior.  Aceitando, sem revoltas, a infelicitação.  Com a “cola” da resignação junta os pedaços de seu mundo interior, tornando-o um só, tal qual fora criado.   Todavia, ainda ficam marcas;

    10 – Da recomposição surge a luz definitiva.   Agora só há luz, e até as “cicatrizes” do mundo interior fraturado e recomposto desaparecem.   Onde existiam trevas agora há só luz;

    11 – E eclode a doce premiação:  elevar-se à condição de Ser Angélico;

    12 – Podendo, daí, viver nos mundos onde as energias são puras.  Onde, numa impulsão de sublimidade, vem-lhe o definitivo amadurecimento consciencial, expandindo-se por todo o Cosmos !

    Este é o significado contido no simbolismo pictográfico dos quadrinhos.   Dessa viagem descrita pela figura 02A , até o passo 2, ficou bem visto na série A Criatura.   A seguir veremos do passo 3 ao 10.

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    Antes de passarmos aos comentários gerais do tema, façamos uma reflexão na qual procuraremos ter os primeiros vislumbres que respondam, mesmo que de forma incompleta, à primeira pergunta feita no início desta, qual seja:  “Sendo filha da Perfeição por que a Criatura se perdeu no Dédalo da vida humana ?”  O quê aconteceu que a fez ficar confusa em si mesma ?

    Não vamos afirmar que possuímos competência para estruturar uma resposta satisfatória e conclusiva.   Longe estamos dessa competência.  Não obstante, acompanhando algumas fontes de informação, pudemos, em todas elas, enxergar um lugar comum a respeito desse fato.

    Tais fontes, por exemplo, André Luiz, espírito, no livro Evolução em Dois mundos, e Emmanuel, também espírito, no livro A Caminho da Luz, ambos psicografados pelo saudoso Francisco Cândido Xavier, como também Helena Petrovna Blavatsky em sua coletânea de A Doutrina Secreta, ou ainda Zecharia Sitchin com sua série Crônicas da Terra, para citar só estas, levam a concluir de um mesmo e único acontecimento, indicando que todo o transcurso da vida, em seus momentos presentes, é um ensaio para fases sucedentes e crescentes em todos os sentidos de abrangência, como, notadamente o foi naqueles primórdios que se perdem na pré-história do planeta.

    Espíritos maiores orientam os planejamentos a que os menores vão se ajustando.   Desse transcorrer firma-se a vida nas formas que se criam e se transformam.   Transformações para as quais todos, invariavelmente, contribuem com seu quinhão de participação.  Resultando, daí, que pela liberdade de atuação adquirida, e diante das circunstâncias de cada momento presente, possam até uns tomar decisões contrariamente a outros.   Tudo, entretanto, não passando de um ensaio, sério, responsável e comprometedor, no qual o indivíduo aprende mais.

    Portanto, aquilo que qualificamos de imperfeição não proveio do Todo Perfeito.   Originou-se das decisões que, nesses ensaios, se contrapuseram às realidades dos momentos presentes.  Vieram dos sonhos, das ilusões, que dominando a razão, levou aos desastrosos enganos, configurando-se, daí, o que é, teologicamente, chamado de Mal.

    Essa escalada que levou aos desvios infelicitadores pode, de forma didática, ser comentada na seguinte maneira de visão:

    1 – Para consolidar o Ser como indivíduo, utilizou-se da força centralizadora que tomou o nome de egoísmo.  Força centrípeta.  (Ver apostila 20 da série A Criatura).

    Esta outra figura, 20B, da apostila 20 da série A Criatura, ajudará na compreensão da razão que justifica ter sido o sentimento de Egoísmo necessário e indispensável nessa etapa.

     

     

    Recapitulando:  “No quadro “A” da figura temos o que se poderia chamar de indivíduos iniciais.  Os Elementais que estudamos nas apostilas 16 à 18 da série A Criatura.  Destes, ainda não se pode cobrar responsabilidades, pois pensam e agem em grupos sob tutela de um Deva diretor.

     

    No quadro “B” aparecem os indivíduos, agora, “separados” uns dos outros.  Ao redor de cada um, forças aglutinantes formam um campo gravitacional, respectivo e exclusivo.

     

    Essas forças aglutinantes são o que estamos chamando de sentimento de Egoísmo, e o campo gravitacional, - estamos usando esse nome apenas para nossa conveniência de estudo - , se torna uma espécie de “invólucro” que vem de “separar” um indivíduo do outro.”

    2 – O uso indefinido e crescente dessa força provocaria, (como tem provocado), o sentimento de exclusivismo, arrogância.   Isto é, o Ser sentir-se não só único, efeito da individualidade, mas também imaginar-se superior a todos.

    3 – Era preciso, portanto, em dada época da evolução individual paralisar o efeito daquela força centralizadora, e inverter sua polaridade sem que isso provocasse a dissolução da individualidade.

    4 – A nosso ver, para solucionar a questão, o meio aplicado foi a do início na vida humana através de sistemas sociais simples: o nomadismo e depois as pequenas comunidades.   A vida simples não provocaria ambições, e a participação comunitária induziria ao cooperativismo.   Passo inicial ao consenso de fraternidade.    Todos os indivíduos cresceriam espiritualmente de forma igualitária, sem os malefícios da competitividade.

    5 – Talvez, imaginamos nós, tenha sido assim planejado.   Por isso as condições de repetidos ensaios, estágios, aonde se ia aprendendo a conviver socialmente.

    6 – Entretanto, o Ser humano vinha de ser produto da continuação de uma evolução.   Sua centelha espiritual, ou o Si mesmo, arrastara-se por eras inimagináveis nos reinos que lhe ficaram precedentes.   Desses reinos agregou em si  os efeitos das experiências vividas.

    7 – Com esses agregados impulsionando o Ser, ingressou o mesmo no chamado reino Humano.   Nos passos imediatamente seguintes, fazendo uso da liberdade de decidir, e mesmo vivendo comunitariamente, não soube “domesticar-se” o suficiente para aceitar a nova realidade.

    8 – Os mais fortemente influenciados pelas espécies animais agressivas, que vivenciaram nas últimas experiências do respectivo reino, somando a isso a tenacidade egocêntrica da força centrípeta que os consolidavam como indivíduos, começaram a “achar” que eram superiores aos outros, submetendo-os às suas vontades.

    9 – Nascia desse estado de coisas a competitividade.   A grande luta, a infindável e inglória luta de fazer-se maior no mundo da matéria.    Esse achado trouxe os abusos e, por decorrência, o comprometimento com a Lei de Causa e Efeito.

    10 – Portanto, em nossa visão, esta é a razão da existência do que, teologicamente pelas religiões, é chamado de Mal.

    11 – Mas, nesse esquema, e dentro do parâmetro culpabilidade, é preciso inserir e considerar o efeito migratório dos indivíduos.   Isto é, a transferência de Seres de um planeta para outro, fato comum no cosmo.

    12 – Como é sabido dos escritos das tradições esotéricas a humanidade da Terra também recebeu dessas levas de transferidos.   Indivíduos evoluídos intelectualmente em seus planetas de origem, mas detentores de elevado nível de arrogância, comportavam-se por repetidos e incontáveis evos na recalcitrância de seus descalabros.

    13 – Como recurso remissivo vieram transferidos para a Terra, que à época sustentava civilização primária.   Muito distanciada, portanto, dos “confortos” a que estavam acostumados.   Providência necessária para, através do choque de encarnarem corpos rudimentares e viverem em sociedades brutalizadas, fossem despertados para o sentido do aperfeiçoamento espiritual.

    14 – Esses exilados interplanetários encarnaram corpos humanos na Terra e neles, embora rudimentarmente, implementaram seus intelectos.   Obviamente dentro dos limites que aqueles corpos permitiam.   Porém, relativamente aos espíritos nativos da Terra, expressavam-se melhor quanto, também, socialmente sobressaiam-se aos demais.

    15 – Também de achados arqueológicos, fartamente discutidos pelos eruditos, têm sido aceita a hipótese da migração física de Seres de outros planetas – não só a espiritual – que resultou no desenvolvimento da vida humana na Terra.  Em tempos remotos esses Seres de outras paragens siderais vieram para a Terra em suas naves espaciais.  Figura 02B.

     

     

    16 – Obviamente essa transmigração física não se deu apenas por decisões dos implicados.  Fez parte do conjunto de providências que os Governadores de ambas as esferas – a de onde se originavam e a da Terra – visavam o despertar e organização da vida humana em nosso planeta. 

    17 – Como é da opinião dos estudiosos da matéria, essa transmigração interplanetária se deu como hoje acontece com nossa civilização que, em seus avanços tecnológicos, lança sondas ao espaço sideral à procura de ambientes propícios com o fito de criação de futuras colônias terráqueas em outros planetas.

    18 – Voltando, então ao despertar da primitiva humanidade terrestre, aconteceu que os espíritos nativos da Terra, encarnados, passaram a seguir os exemplos que viam nas práticas sociais dos exilados.  Foram, assim, se distanciando dos rumos planejados pelos Diretores do planeta.   Era já com o livre arbítrio que se auto conduziam, criando comprometimentos com a Lei de Causa e Efeito que se propaga até o atual ciclo evolutivo que se transcorre na Terra.

    19 – Nosso parecer, portanto, aponta essas duas vertentes que levaram a culminar com as infelicitações que vemos na sociedade de nosso planeta.   Uma, a ilusão da matéria obscurecendo a razão do espírito;  a outra, a influência proveniente do exílio para cá de seres intelectualmente desenvolvidos, porém, arrogantes e de índoles destrutivas.

    20 – Erraram os Planejadores da vida da Terra tomando tais decisões ?  Acho pouco provável que tal erro tenha acontecido.   Nossa percepção é que ainda não comporta compreender tantos porquês de uma só vez.   Em razão disso, sempre ficam faltando tijolos na construção de nossas hipóteses ou teses.

    21 – Uma coisa, porém é certa.      Algo, interiormente nos diz que erramos.   E erramos por decisões pessoais, mesmo que disso não nos lembremos.   Para corrigir, somente através dos atos de compreensão, tolerância e respeito ao próximo, pois corrigindo-nos individualmente, corrigir-se-á a humanidade como um todo. 

    E com este último parágrafo respondemos, também, à segunda pergunta:  Como refazer-se ?

    Bibliografia:

    Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – Livraria Allan Kardec Editora

    Annie Besant – A Vida do Homem em Três Mundos – Karma – Dharma – O Poder do Pensamento – Reencarnação – Todos editados pela Editora Pensamento.

    Bezerra de Menezes – A Loucura sob novo prisma – Federação Espírita do Estado de São Paulo.

    Fritjof Capra – O Ponto de Mutação – Editora Pensamento

    Hermínio Correa de Miranda – A Memória e o Tempo – Editora Lachâtre

    Hernani Guimarães Andrade – Espírito, Perispírito e Alma – Editora Pensamento

    Leon Denis – O Problema do Ser, do Destino e da Dor – Federação Espírita Brasileira

    Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Pereira Franco – Obsessão e Loucura – Federação Espírita Brasileira

    Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Pereira Franco – Painéis da Obsessão – Nas Fronteiras da Loucura – Livraria Espírita Alvorada Editora.

    Pietro Ubaldi – A Grande Síntese – A Lei de Deus – Fundação Pietro Ubaldi Editorial

    Virgínia Hanson e Rosemaria Stewart – Karma – A Lei Universal da Harmonia – Editora Pensamento.

    Zecharia Sitchin – Crônicas da Terra – Editora Best Seller

     

    Apostila escrita por

    LUIZ ANTONIO BRASIL

    Abril de 1997

    Revisão em Janeiro de 2008

    Distribuição gratuita citando a fonte

     

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