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Nosso Lar
Coleção: A Vida no Mundo Espiritual
Médium: Francisco Cândido Xavier
Espírito: André Luiz
Páginas: 319
Tamanho: 14 x 21 (cm)
Após uma doença, o médico André Luiz (Dr. Carlos Chagas) desperta em um ambiente sombrio e desconhecido.
Pouco tempo depois é levado à colônia espiritual Nosso Lar, um lugar que nunca imaginou existir e que, ao mesmo tempo, é tão semelhante à Terra.
É nesta região de cura, aprendizado e constante trânsito que André Luiz passa a entender que existe uma realidade à nossa espera após a morte, uma nova forma de viver que representa apenas o início da jornada.
No primeiro livro da coleção A vida no mundo espiritual, o Espírito André Luiz transmite suas observações e descobertas sobre a região espiritual, repleta de intensas atividades, em que se localiza, como modelar organização, a colônia Nosso Lar, onde Espíritos procedentes do plano terrestre passam por recuperação e educação espiritual antes de continuar seus caminhos.
A cidade espiritual Nosso Lar fica no UMBRAL (Camada 4 da figura abaixo)
Em Nosso Lar é narrada a passagem de André Luiz pelo umbral. Ele ficou mais de sete anos no umbral e foi chamado, por outros espíritos de suicida.
Depreende-se do livro que ele era considerado suicida inconsciente, pois, mesmo sem o propósito de tirar a própria vida, teve a vida encurtada pela falta de cuidado com a saúde. O livro deixa perceber que ele era dado aos prazeres.
"Suicida! Suicida! Criminoso! Infame!" - gritos assim, cercavam-me de todos os lados...[1]
André Luiz foi médico em sua última encarnação.
Ficou conhecido no meio Espírita após a edição do Livro “Nosso Lar”.
Vê-se no Umbral após o seu desencarne, região de sofrimento no plano espiritual.
Experimenta intenso sofrimento psíquico por encontrar-se em uma condição desfavorável espiritualmente e, é constantemente acusado de “suicida” por vozes que o cercam na região umbralina.
Foi resgatado pelo mentor espiritual Clarêncio, auxiliado pelo irmão Henrique de Luna do Serviço de Assistência Médica da colônia espiritual:
- É de lamentar que tenha vindo pelo suicídio... [2]
Ele está referindo-se ao suicídio inconsciente, caracterizado nas pessoas que levam um estilo de vida que ocasione a redução das forças físicas e vitais, ocasionando a perda da durabilidade necessária do corpo físico para cumprirem com êxito a encarnação.
Foi o caso de André Luiz.
São exemplos de suicídio inconsciente: beber alcoólicos, fumar, uso de drogas, excessos alimentares, consumo de carnes, descontrole emocional, frequentar bordéis, etc.
O importante nesse ponto é que o indivíduo não tem consciência de que está se matando e poderá protestar quando for acusado disso. Foi o que aconteceu com André Luiz ao ser acusado de suicida:
... Lutei mais de quarenta dias, na Casa de Saúde, tentando vencer a morte. Sofri duas operações graves, devido a oclusão intestinal...[3]
Ele não tinha uma intenção consciente de morrer. Objetivamente ele queria viver, mas sua realidade psíquica e física diziam o contrário. Percebendo essa contradição o médico espiritual chamou sua atenção para a realidade dos fatos:
- Sim - esclareceu o médico, demonstrando a mesma serenidade superior -, mas a oclusão radicava-se em causas profundas...[4]
Neste ponto aparece com clareza a visão Espírita da medicina psicossomática.
Aqui está sendo dito que uma doença se radica em causas profundas. Dizendo de outro modo, o que acontece no corpo é uma expressão viva do que está acontecendo na mente.
O corpo fala do que se passa na vida mental e emocional.
Vejamos a zona intestinal - exclamou. – A oclusão derivava de elementos cancerosos, e estes, por sua vez, de algumas leviandades do meu estimado irmão, no campo da sífilis... Todo o aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas, aparentemente sem importância. Devorou-lhe a sífilis energias essenciais. Como vê, o suicídio é incontestável...[5]
Ficamos pensando nas ocasiões tão comuns, na atualidade, das frequentes “festas ou baladas” regadas a álcool e drogas, a título de momentos de “felicidade”, mas que são, isso sim, hiperestímulos sensoriais que provocam uma falsa sensação de felicidade.
O que se passa nessas ocasiões são movimentos autodestrutivos ou uma falsa diversão.
No caso André Luiz o câncer, que originou a obstrução intestinal, teve uma participação direta dele na construção do processo psicossomático, através do seu nível mental e funcionamento emocional. No entanto, André demonstrou não ter, naquele momento, a noção de como se processou a dinâmica da autoconsciência:
Aliás,...