Reconstrução - Apostila 13
Como falamos de recursos assistenciais regeneradores nas apostilas 11 e 12, veremos nesta alguns casos específicos para que aquelas recomendações sejam mais bem compreendidas.
Quatro são os motivos que levam as pessoas a buscar os recursos harmonizadores encontráveis na assistência espiritual, que são:
1 – Doenças Somáticas >> são inúmeras. Todas as que se manifestam pela degeneração do corpo físico;
2 – Doenças Psicossomáticas >> são os distúrbios emocionais, os distúrbios mentais e até as de simples característica de evolução do sistema nervoso;
3 – Vícios Religiosos >> buscas infindáveis de princípios dogmáticos, desejando encontra-los em novo agrupamento;
4 – Atração Irresistível pelo Oculto >> desassossego interior. O espírito se vê impelido a ir de encontro a definições mais coerentes com a vida.
Analisemos cada tópico separadamente
DOENÇAS SOMÁTICAS
Para entender a evolução das doenças somáticas, va-mos primeiro recordar os componentes psicofísicos do indivíduo, que estão representados na figura 13A.
Vemos a aura, o corpo Astral, o duplo-etérico e o corpo físico. Neste estão indicados os chacras. (Separadamente, todos esses componentes foram estudados na série Mediunidade).
Do conjunto representado na figura sabemos que o corpo Astral é o molde, ou arcabouço, para a formação do corpo físico. Isto é, as células físicas se posicionam adredemente distribuídas com esse molde. Por sua vez o corpo Astral é constituído por átomos astrais que se associam num campo magnético orientado pela mente.
Consequentemente, desse encadeamento, as células do corpo físico só estarão saudáveis, e a arquitetura desse corpo bem estruturada, se antes, e quando, as células e a arquitetura do corpo astral estiverem funcionando bem. Isso porque, repetimos é o corpo Astral, por seu magnetismo, que dá forma ao corpo físico.
Aprofundando na pesquisa desse elemento, Dr. Hernani Guimarães Andrade, (faleceu em 25 de Abril de 2003), respeitado pesquisador e fundador do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas, em seu trabalho apresentado pelo exponencial livro Espírito, Perispírito e Alma, mostrando essa característica do corpo Astral como formativa do corpo físico, denominou este componente de Modelo Organizador Biológico – MOB -.
Além do que acima estamos rememorando, convem ainda lembrar três fatores característicos do corpo Astral, que são:
1 – É a sede das sensações e dos desejos;
2 – Vicia-se facilmente;
3 – Interpõe-se entre o físico e a consciência.
Essas três características exercem enorme influência sobre o modo de vida social de uma pessoa. Uma vez atendido os primeiros apelos extravagantes e desmedidos, o corpo Astral vicia-se neles. Forma-se o que se pode chamar de cadeia de degeneração: o corpo astral deseja, o corpo físico o atende.
Nesse encadeamento de repetitivas ações contrárias ao equilíbrio psíquico, as células do corpo Astral vão se contaminando com as energias envenenadas que para si atrai. Devido o prolongar da contaminação essas células não suportando a crescente carga negativa, entram a degenerar.
Em palavras simples, começam a adoecer. Os reflexos dessa degeneração por vias da imantação corpo Astral e corpo físico, conforme a figura 13B mostra, fazem se sentir neste.
Esses reflexos chegam a ser tão fortes que dão a impressão de que, realmente, alguma coisa está acontecendo no físico.
Nessa altura dos acontecimentos a degeneração que se situava apenas no corpo Astral, agora se faz sensível no corpo físico. Se antes eram só os reflexos, agora se apresenta inequívoca nos órgãos físicos. As células físicas entram, também, no processo de decomposição.
Diante desse quadro o conjunto mostrado na figura 13A, agora visto na figura 13D, fica da seguinte situação: o corpo Astral está descontrolado; o duplo-etérico intoxicado pelo Astral torna-se impotente para revigorar as células físicas; as células físicas sem esse revigoramento adoecem e morrem antes de se multiplicarem, e a aura, como retrato de todo o conjunto, por sua coloração obscurecida e sem brilho demonstra o conflito suicida em que se deixou enlevar aquela pessoa. (vide figura 19B, 1º tipo, apostila 19, série Mediunidade)
Esse quadro demonstrativo da degeneração celular, astral e física, do indivíduo tem outra implicação de conotação ainda mais grave.
Observem a figura 13C.
Um pouco acima dissemos que a pressão exercida pela repetição do vício deixou a mente aturdida, confusa. Isso é sinal de que no centro consciencial já se instalaram as matrizes condicionantes daquele proceder. O desejo contumaz comanda as ações.
Esse comando matricial da mente é o resultado da chamada idéia fixa, ou monoideísmo, que foi visto na apostila 09. A figura 13C, portanto, descreve que no centro consciencial fica vívida a imagem, ideoplastia, daquilo que ela agora pensa.
Essa imagem pressionará a vontade do corpo físico à realização do desejo nela expresso. E cada vez o indivíduo vai se tornando menos capaz de lutar contra essa opressão.
Vejam que no exemplo acima não fizemos alusão às forças exteriores, oriundas de outras pessoas, que nesse estágio, por cento, já estarão dando a sua mãozinha para piorar ainda mais a situação, pois o indivíduo estará atraindo e sendo atraído por seus iguais. Aqui nos interessa visualizar, apenas, o indivíduo isoladamente.
Todavia, para melhor ilustrar nosso comentário, e mostrando como fica o estado de ânimo de uma pessoa nessas circunstâncias, reproduzimos a seguir trecho de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, extraído do livro Painéis da Obsessão, página 188, editado pela Livraria Espírita Alvorada Ltda, e psicografado pelo médium Divaldo Pereira Franco, que assim descreve:
“Exacerbado nos seus sentimentos infelizes, o paciente (...) anestesia os centros da razão e deleita-se no estado em que se encontra. A largo prazo, porém, perde o controle sobre a vontade (...) Nesse quadro de obsessão constritora, encontram-se inumeráveis indivíduos hospedando adversários que os vampirizam demoradamente, até culminarem (...) com os golpes largos das quedas na loucura, no crime ou no suicídio.”
Portanto, numa situação dessas, e com a mente bloqueada pelas imagens da sedução viciosa, a pessoa não terá forças de si para reverter o quadro. Nesse momento, por alguma indicação, e numa última fresta de lucidez, resolve recorrer à assistência espiritual.
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Fazendo uma retrospectiva desse comentário, e nos valendo do exemplo dado, o que se visualiza a respeito das doenças somáticas é que, de alguma forma, existe, antecipadamente, uma matriz degeneradora gravada na consciência.
Não importa se essa matriz foi criada na atual existência humana ou em anteriores. O fato é que ela existe e a demonstração de sua existência se torna ostensiva a partir da pertinaz maneira do indivíduo se conduzir na vida, sem que tenha forças para evitar os atos perniciosos.
Essa matriz também se revela naqueles casos em que a pessoa é cumpridora de suas obrigações pessoais, sem vícios aceitos ou não pela sociedade, mas que, mesmo assim, eclode-lhe uma degeneração celular aos moldes de um foco cancerígeno, hanseniano, pênfigo foliáceo, etc.
Para esses casos significa que nos recônditos de sua consciência se instalaram, de vidas outras, gravames oriundos de atos impróprios quando andava lá pelos terceiro e quarto degraus evolutivos. Esses degraus foram analisados na série A Criatura, apostilas 25 e 26. Dali, portanto, procedem as forças que no hoje se tornaram visíveis nesses quadros de dor degenerativa dos tecidos orgânicos.
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A assistência espiritual a ser oferecida são os mesmos procedimentos vistos nas apostilas 11 e 12, dando-se muita ênfase ao segundo procedimento, para que, com aquele tratamento, as matrizes conscienciais negativas sejam extirpadas. Se assim não se fizer, ao menor descuido elas voltarão a pressionar o corpo Astral e este ao corpo físico, fazendo retornar o ciclo do desejo e do vício.
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Bibliografia
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Francisco Rivas Neto - Umbanda a Proto-Síntese Cósmica - Editora Pensamento.
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Manoel Ph. Miranda/Divaldo P. Franco – Loucura e Obsessão – Federação Espírita Brasileira
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Zalmino Zimmermann – Perispírito – Editora Allan Kardec
Apostila escrita por
LUIZ ANTONIO BRASIL
Outubro de 1997
Distribuição gratuita citando a fonte