Newsletter

    Menu Principal

    Além da Meditação - Apostila 9

     Além da Meditação - Apostila 9

     

    O Poder do Pensamento

     

    O que é o pensamento ?

     

    Todos nós pensamos e, curiosamente, em algum momento de nossa vida já questionamos sobre isso.  Contudo, naquela oportunidade, nossa curiosidade não foi satisfeita.

     

     

    Consultamos livros e escolas variadas envolvidas com os luminares humanos que estabeleceram paradigmas sobre a psique, mas nada de definitivo obtivemos, pois cada um daqueles pesquisadores apenas emitiu o que conseguiu imaginar, nada, porém, que abarcasse o porquê da continuidade da vida.

     

    Todavia, juntando todo o acervo dos pesquisadores não se chegou a um consenso, uma planificação, ao menos razoável, sobre a realidade do pensamento.

     

    Ficou-nos aquela duvidosa impressão de que o pensamento seria, apenas, a expressão de um suco extraído do cérebro, assim como se obtém o suco de uma fruta quando é triturada no liquidificador.

     

     

    Acontece que esta tese – a do suco cerebral – não se sustenta mediante os conhecimentos de ordem científica/espiritual como se verifica, por exemplo, nos eventos da quase morte.  Nesses eventos a pessoa ao regressar do estado de coma profundo narra acontecimentos que não experimentou com o corpo físico, já que este permaneceu inerte sobre o leito hospitalar.   Disso nos vem a pergunta: Quem, então, viveu aqueles eventos por ela narrados?  Quem, esteve pensando enquanto o cérebro físico desta pessoa permanecia em estado vegetativo?

     

    Esta é a prova que chamamos de científica/espiritual.  Ela demonstra que o pensamento não é um suco extraído da “liquidificação” do cérebro.  O pensamento é um fluxo de energia que se origina de uma dimensão muito “acima” da dimensão física.  E em nossa dimensão ele se exterioriza de várias maneiras como, por exemplos:

     

    As premonições = saber o que irá acontecer antes que o evento se concretize no ambiente físico. Figura 09C.

     

    As inspirações = compor música, poesia, escrever sobre temas variados, desenvolver teorias científicas de várias modalidades, etc.

     

    Sincronicidade = quando sentimos uma alegria imotivada, localmente, mas que vem do estado de satisfação de uma pessoa querida que está vivendo aquela alegria;  ou uma angústia indefinida porque esta mesma pessoa querida está passando por sofrimentos.

     

    Dialogar = As conversações gerais que se trava com outra pessoa, analisando o que ela fala e emitindo respostas raciocinadas em função do assunto em questão.

     

     

    De onde nos vem tudo isso que nosso ser exterioriza neste ambiente físico?

     

    Tentemos entender, dentro de uma lógica que não admita suposições nem superstições, sejam estas científicas ou religiosas.

     

    1 – Como pessoa física fomos formados pela união de duas células – masculina e feminina – originando o corpo que usamos na Terra.

     

    2 – Contudo, se em laboratório forem unidas estas mesmas duas células sem que, após a fusão das mesmas, sejam colocadas em ambiente apropriado, o útero, jamais a união delas gerará um corpo físico, ou, pelo menos, até hoje não se conseguiu essa proeza.

     

    3 – Quem, ou o quê, juntando-se à fusão das duas células mencionadas, e depositadas no órgão uterino, promove a formação de um corpo humano?

     

    4 – Por certo, então, existe um elemento focal que, juntando-se aos três elementos, quais sejam, as células masculina e feminina, e o órgão uterino, dê origem ao novo corpo físico.  No momento deste texto este elemento ainda nos é “desconhecido”. Desconhecido aqui, na altura deste texto, como estamos frisando, mas não no contexto universal.

     

    5 – Este elemento focal podemos chamar de Espírito.  Uma palavra que diz pouco, por isso precisamos desdobra-la para uma compreensão mais ampla.

     

    6 – Espírito:  A essência do Ser.  O vivificador da matéria que, permeando uma organização corporal, como a do corpo humano, implementa motilidade traduzida por ações.  Portanto, o espírito, podemos entende-lo – como de fato o é – como o elemento que envolve os três elementos mencionados para, dessa associação, produzir o corpo humano.

     

    7 – Mas onde se dá a existência desse ente, o espírito ?  Perguntamos, porque, para que ele possa direcionar a fusão bioquímica dos elementos, e desta produzir um corpo humano, subentende-se que ele pré-exista a todo o processo.  Onde, portanto, ele se encontrava antes que se desse o início das fusões descritas?

     

    8 – Para responder a estas perguntas, temos de observar a morte, ou o descarte do corpo físico.  A dissolução do mesmo.

     

     

    9 – Acima mencionamos o fenômeno da quase morte, do qual, voltando ao estado de consciência física, a pessoa relata fatos vividos em outro lugar. Na verdade, em outra dimensão.  Figuras 09I e 09J.

     

    Então, as perguntas do item 7 podem ser substituídas por esta:  Onde a pessoa – a do fenômeno da quase morte – esteve enquanto seu corpo estava inerte, quase cadavérico?

     

    10 – Pois bem, a vida, no sentido mais amplo que esta palavra possa expressar não se limita ao ambiente físico da Terra.

     

    11 – O ambiente físico da Terra é, apenas, um detalhe ínfimo de um Todo Gigantesco – enorme a uma expressividade que nossa percepção não consegue imaginar – mas que, no entanto, assim é.

     

    12 – Usemos de uma metáfora para nos situar, palpavelmente, neste cenário adimensional da existência:  O fenômeno da quase morte demonstra – científica e espiritualmente – que existe continuidade de vida mesmo com a cessação dos sentidos ofertados pelo corpo físico.  Portanto, estamos seguros que a vida em corpo humano, na sua duração de 50 ou 100 anos, é uma desbotada, uma pálida cópia da verdadeira existência.

     

    13 – Como a continuidade existencial se dá noutras dimensões, e isso é fácil aceitar porque já temos a prova através do fenômeno da quase morte, significa, portanto, que a vida pré-existe à formação de um novo corpo aqui na Terra, e continua existindo após a morte deste mesmo corpo.  Um parêntese: Notem que não estamos acrescentando a descrição dos demais fenômenos espiritualista como argumento ao nosso texto, para que não venham dizer que isso não prova nada, já que existe muita controvérsia sobre a validade desses fenômenos.

     

    14 – No que vimos até aqui podemos fazer uma dedução: Existem outras dimensões onde a vida pré-existe à vida na Terra, onde tem sua continuidade após o período aqui vivido de 50 ou 100 anos.

     

    15 – É neste mundão de dimensões, além desta terceira dimensão, que está a fonte do pensamento.

     

    16 – E, se, por um esforço de imaginação formos seguindo este rastro, desde a dimensão física em que nos encontramos, e formos “subindo”, “subindo” e “subindo”, chegaremos à fonte originária, que é a Mente do Divino Criador.

     

     

    17 – Mas não queremos dizer, com isso, que os pensamentos que expressamos através do cérebro físico sejam oriundos Dele.  Não.  Não é isso.  Queremos dizer, como já comentado em apostilas anteriores, que é Dele a primordialidade de tudo, logo, também das energias desse fluxo que chamamos pensamento.

     

    18 – Mas, da mesma maneira que a primordialidade veio, e está passando por incontáveis transformações, dando nisso a formulação de variadas dimensões, variados universos, variadas galáxias, variados sistemas planetários, variadas formas de vidas, também se transforma nas variadas nuances de energias pensamento que, uma delas, é a que fazemos uso.

    Figura 09L.

     

    19 – Portanto, nosso pensamento é uma derivação do pensamento sublimado do Incriado.

     

    20 – Essa derivação, que se torna nosso pensamento é, digamos, imperfeita e desfigurada, comparando-se com a original, em razão da filtragem efetuada por nosso, ainda involuido, estado de consciência.

     

    21 – Prossigamos, porque ainda não respondemos de onde vem o pensamento, embora no item 15 tenhamos feito referência superficial.

     

    22 – Dissemos que a vida é uma ininterrupta continuidade, desde o momento em que foi criada.  Subentende-se que, para cada individualidade perecível, esta que chamamos ser humano, há uma imperecível individuali-dade.  Esta imperecível individualidade é o verdadeiro Ser Pensante.

     

    23 – Nós, como humanos, somos só, digamos, os intérpretes de um script teatral neste cenário terrestre.  Isso, referindo ao pensamento. Figura 09N.

     

    24 – Nessa representação, o papel de nosso cérebro é o de fazer a filtragem entre a pauta original convertendo-a na expressão da personalidade que nesse cenário representamos.

     

     

    25 – Mesmo que, como atores, pela cessação da vitalidade, venhamos de perder nosso lugar no enredo da peça da vida, não quer dizer que o grande teatro cerrou suas portas.  O script prossegue, e para a continuidade de sua encenação são admitidos atores iniciantes.

     

    26 – Disso se compreende que nosso viver, o viver em corpo humano, pode mesmo ser entendido como ínfimo, minúsculo ao extremo, enquanto que o viver cósmico, no seu todo – e por cósmico aqui entendam a eternidade – é que é a verdadeira vida.  Por enquanto, aqui nesta dimensão, e nas mais próximas desta, somos atores.  Representando “papeis”, investindo personalidades que, no mais profundo disso, está o processo chamado de evolução espiritual.  Estamos aprendendo a ser como o Criador o É: justo e perfeito.  Por enquanto somos intérpretes de um script.  Num dia qualquer, porém, também passaremos a ser autores de scripts.

     

    27 – Nessa verdadeira vida, o todo cósmico, está a fonte de nosso pensar.  Nosso ser perene, que chamamos de Eu Maior, subsiste nessa perenidade cósmica e, perenemente segue pensando, emitindo pensamentos que se expressam na forma possível, de conformidade com a dimensão em que um corpo de manifestação ali esteja animando. Animando um personagem.  Isso, como o faz no corpo físico. Figura 09M.

     

    28 – E é devido a essa permanência na perenidade que faculta os eventos mencionados: premonições, intuições e percepções outras, porque ele, o ser perene, o Eu Maior, situado está acima de todas as dimensões.  Destarte, pode “ver” tudo o que acontece e que tenha relação direta com ele, como é o caso da pessoa sentir profunda angústia, ou alegria quando, naquele mesmo momento, uma outra, que lhe é querida, vivencia esses sentimentos.  Figura 09P.

     

     

    29 – É bem o que, na atualidade da Terra, está acontecendo com relação ao chamado fenômeno da Angústia Coletiva.    O viver na sociedade da Terra está tão confuso e degradante que os Eus Maior, dos encarnados, diretamente implicados com a situação, espalham suas inquietações para todos os demais.   São todos sentindo a todos.  Uma sincronicidade mórbida.

     

     

    30 – Mas referindo-nos só a uma individualidade, ele, o Eu Maior da primeira pessoa, naquele momento, não só está “vendo” a outra em questão, como está em comunicação direta com o Eu Maior dela.  Figura 09Q. Ele “vê” e dialoga com o Eu Maior da outra.  Ao mesmo tempo “noticia” ao seu respectivo veículo físico o que está se passando com o veículo físico da outra.  Outro parêntese:  Usamos as palavras “ver”, “vê”, “vendo”, mas tenham em mente que aqui não há conotação com o ato humano de olhar através dos olhos.  Neste texto significa ter uma percepção clara de determinado evento.

     

    31 – Com este comentário pensamos que respondemos à pergunta: de onde vem o pensamento?  Resumindo, o pensamento se origina no Eu Maior e, em sua “descida”, até ser expressado pelo cérebro humano, passa por filtragens.  Figura 09R.

     

     

    32 – Essas filtragens são os conceitos gerais que a pessoa acumulou por eras e eras, perpassadas em muitas encarnações.  São os rótulos referidos na apostila 03 da série O Inevitável Despertar.  Aprisionamentos psíquicos com os quais se luta para vencer impedimentos que dificultam transformarmo-nos em autores de scripts.

     

    33 – Porém o título desta apostila é “O Poder do Pensamento”.  Falemos dele.

     

    34 – De tudo que até aqui foi comentado, observa-se que estando o Eu Maior situado acima de todas as dimensões, detém, ele, o poder de gerar fenômenos tais como até o de criar mundos, como nisso já falamos.  Isto é, usando do termo de nossa metáfora, de ser autor de scripts. Figura 09S quadro A.

     

     

    35 – Todavia, quando este mesmo poderoso Eu Maior está numa fase em que anima corpos densos – corpo físico, por exemplo – ele se limita às influências do meio e, com isso, fica limitado em seus poderes. Figura 09S quadro B.

     

    36 – Em resumo, ele fica confinado.  Este confinamento é que causa a sensação de angústia indefinida, como de um pássaro preso na gaiola.  Vide apostila 13 da série Meditação.

     

    37 – Romper este confinamento e despertar em corpo físico os poderes do Eu Maior, possíveis enquanto animando o corpo humano, se consegue através da prática da meditação.

     

    38 – Meditação que é o controle do pensar.  Disse-se, popularmente, que devemos pensar antes de falar.  Há, porém, algo mais a fazer:  Pensar antes de pensar.  Isto é, controlar o pensar.

     

    39 – Vivemos num mundo onde as fontes sedutoras monopolizam o pensar das pessoas, padronizando-as, tanto no pensar quanto no agir, deformando, com isso, o sentido da vida.

     

    40 – Todos se encontram seduzidos pela matéria e isso causa os sofrimentos gerais de que se queixam.   Essa padronização é a matriz referida na apostila 12 da série Meditação.

     

    41 – É possível reverter essas sensações, pensando antes de pensar, ou seja, avaliando o sentido, o significado do que se está pensando, antes de pô-lo em prática.   Isso se enquadra na luz amarela do semáforo consciencial, citado na apostila anterior. Figura 09U.

     

     

    42 – Assim se consegue ir dominando os impulsos instintivos e controlando a sedução do mundo temporário, bem como preparando para o reingresso no viver perene. Isto é parte do poder do pensamento.

     

    43 – Outra parte é saber que assim como o Eu Maior “dialoga” com o eu Maior de outra pessoa que passa por situação especial naquele momento, e deste diálogo se torna possível sentir o teor do que ela esteja experimentando, também em quase todas as situações da vida física, mormente quando se está dormindo, o Eu Maior entra em ressonância – dialoga – com outros Eus Maiores desta infinitude de seres.

     

    44 – Nestes casos, estando a mente devidamente controlada pode-se, através do Eu Maior, enviar vibrações de felicidade ou emissões raivosas de vingança.   Correlatamente, outros Eus Maiores poderão, também, estar fazendo isso a nosso respeito.

     

    45 – Cabe, então, sem dúvida alguma, adquirir o hábito de pensar antes de pensar, porque nem sempre seu pensar o é seu, de fato.

     

    46 – Querem um exemplo:  Observem as pessoas quando reunidas em grupos, como acontece nos estádios de futebol, ou outros aglomerados.  Notem que as atitudes se igualam.  Isso significa que os Eus Maior estão todos confinados na mesma motivação:  automatizados, ou robotizados, na sedução do evento daquele momento.   Nestas situações nenhum dos presentes está pensando antes de falar e, muito menos, pensando antes de pensar.  Todos interagem por reflexo condicionado ao evento. É quando estouram os atos de vandalismo e outras violências.

     

    47 – Outras citações que nos parecem pertinente ao tema desta apostila é rememorar o que comentamos na apostila 07, desta série, que o Eu Maior é o comunicador cósmico.  É ele que conhece e utiliza do idioma da linguagem cósmica.  Contudo, convenhamos, envolto por esta confusão armada pelas ansiedades vividas nas horas do dia – leia-se, desejos insatisfeitos – com as das inquietudes durante as horas do sono noturno, por certo o Eu Maior estará como amordaçado.

     

    48 – Não conseguirá “proferir” qualquer palavra que lhe permita integrar-se ao ambiente que lhe é natural: as esferas mais Altas da criação.

     

    49 – Este isolamento sobre o Eu Maior, a nível físico, é sentido naqueles estados de depressão profunda, em que a pessoa não tem o menor ânimo para efetuar qualquer ação.  Verdadeiro desligar da vida.

     

    50 – Em outros casos são as ocorrências em que a pessoa começa a fazer uso de drogas alucinógenas, na esperança de, no deleite momentâneo do psicodelismo, encobrir o que ela chama de suas deficiências.

     

     

    51 – Na figura 07F, da apostila 07, representamos o Eu Maior vibrante e interagindo com o Todo Cósmico, pois esta faculdade ele a possui.  Enquanto que na figura 09T, o vemos apagado, quase um anônimo, perdido na imensidão.

     

    52 – O que o leva a este estágio são aquelas fases em que o tráfego de dados do mundo exterior (apostila 08) para o mundo interior fraz acender a luz amarela do semáforo, mas que, apesar deste alerta, nada é feito para evitar os abusos no “trânsito”.   Estes abusos, não coibidos, se avolumam e dão margem à desobediência ao sinal vermelho.

     

    53 – Neste ponto, a pessoa está na fase de perder o controle sobre si mesma, e encaminha-se para o ponto do isolacionismo de seu Eu Maior perante a comunidade cósmica.

     

    54 – Poderá até parecer-lhe que, a nível das seduções humanas, ela se encontre no auge dos prazeres pessoais, contudo, isso se dá só no ambiente do mundo físico, e assim mesmo pelo quanto lhe resta do relativo tempo de sua encarnação.  Quando, entretanto, ela se encontrar na pós-morte, verificará que estivera prisioneira da astúcia do mundo o que, agora, lhe oblitera todos os sentidos.  Restar-lhe-á, somente, perpassar milênios da eternidade futura para dar os primeiros passos do reinício.

    - - - / / / - - -

    Pois bem, filhos nossos, todos somos, estejamos em que dimensão estivermos, muito mais do que, personalisticamente, representemos no cenário daquele momento.

    Valorizem-se, valorizando o pensar.

    - - - / / / - - -

    Apostila Escrita por

    Luiz Antonio Brasil

    Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil

    01 de Março de 2011

    Compartilhe:

    Menu Principal