PERGUNTA: — Quais serão essas duas ordens distintas?
RAMATÍS: — Compreenderão os dois grupos distintos que Jesus profetizou para a hora final, quando afirmou que viria julgar os vivos e os mortos, separando os lobos das ovelhas, o trigo do joio, ocasião em que os bons sentar-se-iam à sua direita e os maus à sua esquerda.
Um desses grupos — o que tomará lugar à direita do Cristo — será constituído das criaturas cuja vida houver representado um esforço à procura da bondade, do amor, da honestidade, da renúncia em favor do próximo, no cumprimento dos preceitos renovadores do Evangelho;
o outro grupo — que tomará lugar à esquerda do Cristo — será representado pelos maus, compondo a triste caravana dos que emigrarão para um orbe inferior, em relação com o seu padrão anticrístico.
É o dos que planejam os arrasamentos das cidades pacíficas; os técnicos impassíveis que movem botões eletrônicos para destruição a distância; os cientistas satânicos que operam nos desvãos dos laboratórios, na preparação dos engenhos de morte; os que exaurem fosfates na busca de meios mais eficientes para assassinatos coletivos nos matadouros ou nas matas verdejantes; os que criam indústrias para o fabrico de instrumentos criminosos; os autores de engenhos malignos, que transformam os aviões da fraternidade em monstros vomitadores de bombas infernais.
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Índice
I — OS TEMPOS SÃO CHEGADOS
II — O JUÍZO FINAL
III — AS INFLUÊNCIAS ASTROLÓGICAS
IV — O SIGNO DE PISCES
V— O VALOR DA PROFECIA
VI — O SIMBOLISMO DO APOCALIPSE
VII — A BESTA APOCALÍPTICA
VIII — O NÚMERO 666 NA PROFECIA APOCALÍPTICA
IX — A QUEDA ANGÉLICA E A AÇÃO SATÂNICA
X — O ASTRO INTRUSO E A SUA INFLUÊNCIA SOBRE A TERRA
XI — OS QUE EMIGRARÃO PARA UM PLANETA INFERIOR
XII — A VERTICALIZAÇÃO DO EIXO DA TERRA
XIII — A HIGIENIZAÇÂO DA TERRA, SUAS FUTURAS RIQUEZAS E NOVAS CONDIÇÕES DE VIDA
XIV — OS ENGENHEIROS SIDERAIS E O PLANO DA CRIAÇÃO
XV — O TERCEIRO MILÊNIO E A NOVA HUMANIDADE
E a triste caravana será ainda engrossada com outros contingentes humanos provindos das corrupções administrativas: os que se locupletam com os bens públicos e dificultam o leite para a criança, o asilo para o velho, o agasalho para o desnudo e o hospital para o indigente; as almas venais, que transformam a consciência em balcão; os exploradores sensacionalistas das desgraças alheias; os jornalistas, escritores, tribunos e políticos que instigam ou defendem as forças do ódio, indiferentes à edificação superior da consciência das massas e à educação essencial da criança.
Este o séquito a caminho da implacável retificação no "habitat" sombrio de outro mundo tão agressivo e impiedoso quanto as suas próprias consciências, e que se tornará o regaço materno não só dos que obrigam as mãos que lavram o solo pacífico a tomar armas para o extermínio fratricida, como daqueles que insuflam o ódio racial e contribuem para o desaparecimento da paz; dos que industrializam as graças divinas a troco da moeda profana; dos que pregam a fraternidade promovendo a separatividade e empregam os recursos da violência para a conversão dos infiéis.
Como egoístas, impiedosos, avaros, fariseus e salteadores de "traje a rigor", terão que se sujeitar aos pródromos de outra civilização humana, no exílio provisório à "esquerda" do Cristo.
Capítulo - 13
Os que migrarão para um planeta inferior
PERGUNTA: - Podeis dizer-nos qual a quantidade aproximada de espíritos que serão transferidos da Terra para o planeta inferior que se aproxima do nosso mundo?
RAMATIS: - Segundo prevê a Psicologia Sideral, deverá atingir a dois terços da vossa humanidade o total dos espíritos a serem transferidos para o astro de que temos tratado.
A esses dois terços ainda serão acrescentados os que deverão ser selecionados, no Espaço, entre o conjunto dos espíritos que sempre sobejam nas reencarnações, para então se efetivar a melancólica caravana dos “esquerdistas” do Cristo.
Os profetas assinalaram essa porcentagem sob vários aspectos e cada um conforme a sua possibilidade de entendimento dos símbolos que lhes foram apresentados na tela astral.
Destacamos, principalmente, os seguintes prognósticos:
“E serão deixados poucos homens” (Isaias, 24:6).
“Duas partes dela serão dispersas e perecerão; e a terceira parte ficará nela. E eu farei passar esta terceira parte pelo fogo”, ou seja, a parte da “direita” do Cristo, a ser purificado (Zacarias, 13:8,9).
”E a terça parte das criaturas que viviam no mar, morreu, e a terça parte das naus desapareceu” (Apocalipse, 8:9), em cujo simbolismo se percebe que dois terços dos habitantes da Terra devem desencarnar em conseqüência de inundações ou de naufrágios.
PERGUNTA: - Esses dois terços de habitantes da Terra serão desencarnados violentamente, para serem encaminhados ao planeta inferior?
RAMATIS: - Jesus disse: “E serão julgados os vivos e os mortos”, isto é, os encarnados na Terra e os desencarnados que se situarem nas adjacências da Terra.
Esse julgamento já se esta processando, pois não será efetuado de modo súbito, mas obedecendo a indescritível mecanismo que não podemos descrever na exiguidade destas comunicações.
Muita gente que está desencarnando atualmente ainda poderá reencarnar-se, voltando ao vosso mundo para submeter-se às provas mais acerbas na matéria e revelar-se à direita ou à esquerda do Cristo; no entanto, muitos estão partindo atualmente da Terra em tal estado de degradação, que a Direção Sideral terá que classificá-los, no Além, como exilados em potencial, dispensados de novos testes!
Sem desejarmos copiar o prosaísmo do mundo material, podemos afirmar que há um processo de classificação automática, nos planos invisíveis, que revela e comprova as reações do psiquismo dos desencarnados, em perfeita conexão com o princípio Crístico ou então com o modo de vida bestial que ainda é predominante no orbe intruso.
Diariamente se agravam as condições mentais no vosso mundo, conforme já podeis verificar sem qualquer protesto ou dúvida.
Ante a verticalização lenta, mas insidiosa e que já se manifesta na esfera interior, faz-se a perfeita conexão entre a degradação humana e a comoção terráquea; orbe e morador sentem-se sob invisível expurgação psicofísica!
Até o final deste século, libertar-se-ão da matéria dois terços da humanidade, através de comoções sísmicas, inundações, maremotos, furacões, terremotos, catástrofes, hecatombes, guerras e epidemias estranhas.
O conflito entre o continente asiático e o europeu, já mentalmente delineado entre os homens para a segunda metade do século, com a cogitação do emprego de raios incendiários e da arma atômica, comprovará a profecia de São João, quando vos adverte de que o mundo será destruído pelo fogo e não mais pela água.
Em virtude de os cientistas não poderem prever com absoluto êxito os efeitos de vários tipos de energias destrutivas, que serão experimentadas para serem empregadas na hecatombe final, mesmo no período de Paz e com o mundo exausto, surgirão estranhas epidemias, deformando, diluindo e perturbando os genes formativos de muitas criaturas, do que resultarão sofrimentos para as próprias gestantes!
O evangelista Mateus (XXIV - 19) registra essa hora, anunciada por Jesus, para os dias de grandes aflições no final do século que viveis: “Mas ai das mulheres que estiverem pejadas naqueles dias” (Mateus, 24:19).
PERGUNTA: - Mas essa reencarnação de espíritos terráqueos em planeta inferior não implica em involução?
RAMATIS: - Quando os alunos relapsos não conseguem assimilar as suas lições, seja por negligência, rebeldia ou desafeição para com os pais, são porventura contemplados com promoções para cursos superiores aos quais não fazem jus?
Ou vêem-se obrigados a repetir o mesmo curso, recomeçando novamente a lição negligenciada?
As almas exiladas da Terra para um mundo inferior não involuem, mas apenas reiniciam o aprendizado, a fim de retificar os desvios perigosos à sua própria Felicidade.
Após se corrigirem, hão de regressar à sua verdadeira pátria de aprendizado físico no orbe terráqueo, que se tornará escola de mentalismo, para cujo desiderato a Técnica Sideral exige o sentimento aprimorado.
Aqueles que ainda invertem os valores das coisas mais santificadas para o seu exclusivo prazer e desregramento, de modo algum poderão desenvolver o poder mental na aplicação das forças criativas.
Ante a proximidade do Milênio do Mentalismo, a seleção se faz urgente, porquanto as condições educativas terrenas vão permitir que o homem desenvolva, também, as suas forças íntimas, para futuramente situar-se na posição de cooperador eficiente do Onipotente.
Se os “esquerdistas” da vossa humanidade ficassem com direito a viver na Terra, no terceiro milênio, em breve seria ela um mundo de completa desordem, sob o comando de geniais celerados que, de posse das energias mentais, seriam detentores de assombroso poder desenvolvido para o domínio da vontade pervertida!
Os maiorais formariam uma consciência coletiva maligna e invencível pelo restante, que se tornaria escravo desse torpe mentalismo! Seria uma execrável experimentação científica contínua, de natureza mórbida, uma degradação coesa e indestrutível sob o desejo diabólico, como se dá com certos magos que hipnotizam o público no teatro e submetem grupos de homens à sua exclusiva direção mental!
Por isso serão separados imediatamente os candidatos ao diabolismo terrestre, evitando-se que se repita o acontecido na Atlântida, onde os magos-negros, da organização da “Serpente Vermelha”, conseguiram açambarcar as posições-chave da coletividade.
A fim de desalojá-los de sua posição perigosa e salvar a integridade moral dos bem-intencionados, o Espaço teve que empregar exaustivos e severos recursos incomuns, que pesaram na economia e no equilíbrio magnético e psicológico da época.
A terapêutica sideral não mais podia ser contemporizada; o ambiente estava impregnado de terrível energia que, na forma de um “elemental virgem”, agressivo e destruidor da matéria fina, era utilizado discricionariamente para fins nefandos.
Então os Mentores Siderais fizeram reverter essa energia sobre a crosta do orbe, numa operação que diríamos de “refração” sobre os próprios agentes de todos os matizes, que a manuseavam.
Os atlantes, em sua maioria, passaram então a funcionar como “captadores” vivos das forças deletérias em liberdade e que manuseavam à vontade; mas incorporaram nos seus veículos astro etéricos a quantidade correspondente a cada culpa belicosa ou uso desregrado, tornando-se portadores de uma carga nociva, do elemental tosco, primitivo, imune à medicação comum.
O resultado disso a vossa humanidade ainda está sofrendo, pois esse elemental, essa energia agressiva, lesiva à matéria mais fina, e profundamente corrosiva, está sendo expurgada pelos corpos físicos na forma confrangedora conhecida pela patogenia cancerosa.
O câncer identifica ainda os restos dessa substância virulenta do astral inferior, que foi utilizada com muita imprudência por parte dos atlantes, acarretando um “carma” que deverá durar até o princípio do terceiro milênio e cuja “queima” está sendo apressada pelo Espaço, motivo pelo qual aumentam atualmente os quadros mórbidos do câncer.
PERGUNTA. - Sentimo-nos horrorizados em face dessas reencarnações de espíritos terrestres como futuros filhos de homens das cavernas. Não há injustiça nessa retrogradação?
RAMATIS: - Desconheceis, porventura, as chamadas reencarnações expiatórias em vosso próprio ambiente terrestre?
Considerais involução ou retrocesso o fato de antiga alma de orgulhoso potentado, daninho à vida comum, reencarnar-se na figura do mendigo pustuloso?
Ou o caso do notável escritor cuja pena foi insidiosa, fescenina e degradante, que se reencarna na forma do imbecil, para a chacota dos moleques das ruas?
Ou ainda o espírito do ex-atleta, que abusava da sua força física e que regressa ao mundo das formas na figura de um molambo de carnes atrofiadas?
Há injustiça ou retrogradação, quando o fluente orador do passado, cuja palavra magnetizava os incautos e seduzia os ingênuos com falsas promessas políticas, retorna à Terra como a criatura gaga, ridícula e debicada por todo mundo?
Vós considerais que o ambiente de um planeta inferior significa um retrocesso para os terrícolas, porque ficarão sujeitos a condições de vida inferiores; no entanto, tendes entre vós os cegos, os dementes e os psicóticos de todos os matizes, que já viveram existências sadias e conscientes, em vidas anteriores, e que não se queixam do ambiente em que se encontram.
E que ignoram se já tiveram ou não vida melhor, assim como não podem dar notícias de si mesmos.
Quantos artistas, filósofos, inquisidores, cientistas, imperadores, rainhas, religiosos e conquistadores descem à carne para ser enjaulados nas mais horrendas expressões teratológicas, sob aflitivas angústias, na expurgação do veneno letal de suas almas dissolutas, sem que por isso os vossos postulados espiritualistas os classifiquem como vitimas de involução ou de injustiça!
Por que motivo temeis que retrogradem os futuros exilados da Terra, quando é certo que eles serão incorporados na carne primitiva, mas sadia e vigorosa, dos que chamais “homens das cavernas”, cujos organismos são imunes aos tristes quadros da patogenia nervosa, sifilítica, das perturbações endócrinas e, principalmente, livres dos agravos das atrofias tão comuns ao civilizado terrícola!
Uma vez que não há involução para aqueles que se arrastam em organismos corrompidos, no solo terráqueo, depois de já haverem sido brilhantes intelectuais, famosos artistas ou líderes religiosos, é claro que essa abençoada retificação compulsória, para os emigrados para planeta inferior, não significa injustiça nem retrogradação à consciência humana.
PERGUNTA: - Quais as diferenças que os terrícolas hão de manifestar quando reencarnados nesse orbe inferior em relação aos habitantes naturais do mesmo?
RAMATIS: - O psiquismo do terrícola exilado, embora tenha sido considerado como impróprio para que ele viva na Terra - motivo pelo qual terá de afastar-se dela - é considerado superior no planeta primitivo, e a sua adaptação aos ascendentes biológicos dos homens das cavernas só tende a melhorar-lhes o padrão do corpo astrofísico.
Como o perispírito do homem terrícola é mais dinâmico e exercitado, portador de um sistema de “chacras” mais apurado, a sua constituição melhorará a configuração física nos descendentes dos primatas.
O psiquismo do orbe inferior renovar-se-á sucessivamente, em sua qualidade primária, sob o mecanismo psíquico mais evoluído do exilado terrícola.
O psiquismo do emigrado da Terra progride, portanto, no esforço de dominar e servir-se compulsoriamente da substância etéreo astral agressiva do novo mundo, mas esta requinta-se, também, porque começa a circular num sistema perispiritual mais evoluído e sob a direção de espírito mais experimentado.
PERGUNTA: - Quais outros exemplos de progressos que os emigrados da Terra poderiam proporcionar aos habitantes do planeta inferior?
RAMATIS: - Como a transmigração de espíritos é fenômeno rotineiro no mecanismo evolutivo do Cosmo, os mundos inferiores se renovam e progridem, espiritualmente, com mais brevidade, graças a esses intercâmbios, que são constantes.
Só as humanidades libertas das paixões inferiores e devotadas ao Bem espiritual é que dispensam as transmigrações compulsórias.
Os movimentos migratórios dos povos, realizados nas latitudes geográficas do vosso mundo, encontram analogia nas romagens de almas que se deslocam nas latitudes cósmicas.
A diferença está em que estes acontecimentos siderais obedecem, inevitavelmente, a leis e processos da mais alta técnica de adaptações.
PERGUNTA: - Essa emigração de espíritos terrícolas para um mundo inferior embora não signifique retrogradação, não representa uma punição de Deus para com os seus filhos que ainda não puderam submeter-se às leis divinas?
RAMATIS: - Não existem providências de caráter punitivo nas leis estabelecidas por Deus.
Os meios drásticos empregados pelos Mentores Siderais não só reabilitam os delinqüentes, como ainda OS aproximam mais rapidamente do verdadeiro objetivo da vida, que é a Ventura Espiritual, a eles reservada desde o primeiro bruxuleio de consciência.
No Cosmo, tudo é educação e cooperação; os planos mais altos trabalham devotadamente para que as esferas inferiores se sublimem na contínua ascensão para a Sabedoria e o Poder!
Os exilados se retificam compulsoriamente no comando dos corpos vigorosos dos homens das cavernas, porque ficam privados dos impulsos viciosos, sob o guante da carne primitiva, que lhes imprime uma direção consciencial deliberada em outro sentido.
Sob o instinto vigoroso do cosmo celular selvático, eles reaprendem as lições; através do intercâmbio entre o psiquismo mais alto e o campo psíquico em formação, os homens das cavernas recebem os impulsos para as aquisições dos germes da filosofia, da ciência, da arte e do senso religioso.
PERGUNTA. - Como poderão os terrícolas retificar-se no planeta inferior, se estarão no comando de corpos ainda mais primitivos e, conseqüentemente, viveiros de paixões brutais?
É crível que, depois de fracassarem em organismos mais evoluídos, os espíritos terrícolas consigam a sua alforria espiritual em organismos inferiores?
A convivência selvagem não há de despertá-los psiquicamente para os antigos desequilíbrios e desregramentos?
RAMATIS: - Realmente, a natureza passional do organismo do homem das cavernas há de predominar com mais vigor do que nos antigos corpos terrestres; o espírito do exilado há de sofrer maior assédio inferior, sob os estímulos hereditários e irrefreados do psiquismo passional do homem do sílex; no entanto, assim o determina a sabedoria da Lei e da Técnica Sideral, que bem sabe do êxito a ser conseguido, pois que apenas se repetem os mesmos acontecimentos, que em milhares ou bilhões de ocasiões têm sido empregados como recursos de retificação à rebeldia espiritual, nos mundos materiais e no astral junto à crosta.
O exilado terrícola recebe o corpo na conformidade apenas de sua psicologia espiritual, e que corresponde à sua estultícia, desregramento e indiferença pelos bens superiores.
Lembra o irresponsável e desastrado condutor de veículo, que se torna indigno da confiança do seu chefe ou patrão, e só merece ser colocado na direção de viaturas tão imperfeitas e desconfortáveis quanto a sua própria índole daninha no dirigir!
A alma que arruína, deforma ou destrói o seu organismo físico no fogo das paixões violentas e destruidoras deve receber; pela lei de compensação, um corpo desconfortável e primitivo, em correspondência com a rudeza do seu péssimo comando.
Deus seria imprudente ou pouco sóbio se prodigalizasse organismos mais sadios e mais perfeitos às almas que só admitem a orgia destrutiva dos sentidos animais!
Os espíritos que abusam da bênção reencarnatória em um corpo físico sadio e evoluído não só criam prejuízos para si, como afetam desde o trabalho dos técnicos responsáveis pela configuração etéreo astral do molde da carne, até àqueles que intercedem pela reencarnação.
E esses prejuízos ainda se estendem aos próprios pais, que se sentem subestimados no esforço de criar e educar o descendente que malbarata o vaso físico.
O mau uso do corpo sacrifica laboriosa equipe de trabalhadores, que operam para o bom êxito da reencarnação, seja qual for a retificação cármica, assim como o malfeitor espiritual, que zomba do privilégio abençoado no “direito de nascer”, sobre outros milhares de espíritos preteridos na descida.
PERGUNTA: - Quando os exilados se reencarnam como filhos de homens das cavernas, a força bruta e vital, do novo mundo inóspito, não lhes domina completamente o psiquismo terrícola, que é mais refinado e sublimado?
O perispírito do terrícola não fica, porventura, completamente subjugado pela poderosa energia psíquica da carne animalizada do orbe primitivo?
RAMATIS: - Assim como no reino vegetal podeis enxertar a muda frutífera superior na planta agreste, no pitoresco “cavalo selvagem”, também o espírito exilado, da Terra, se enxerta no tronco rude do psiquismo selvático do homem das cavernas.
A seiva vigorosa de planta primitiva sobe, violenta e rude, para subjugar a espécie intrusa, que lhe é enxertada, tentando impedir-lhe a produção dos frutos.
A planta inferior não domina o seu ciúme, cólera e despeito e teima em não ceder a sua energia para a espécie estranha.
Mas o jardineiro atencioso vela pelo êxito da nova espécie civilizada e prodigaliza-lhe os socorros necessários; extermina os ramos agressivos do caule selvagem, que tentam debilitar a muda enxertada.
A poda inteligente enfraquece a planta bravia, porque lhe decepa as folhas e os galhos que lhe garantiam a personalidade vigorosa; então a seiva é obrigada a subir, para desenvolver e avantajar melhor a planta, que assim distribui, com cuidado e harmonia, a mesma seiva vigorosa e rude que recebe do plano vegetal inferior; produz então os brotos, tece as folhas, e desabrocham as flores, que prenunciam os frutos sazonados do outono! Sob os olhos vigilantes do jardineiro, o “cavalo selvagem”, ou antigo caule agressivo, torna-se um escravo dócil e um pedestal obrigatório para a planta superior.
Mas não tarda, também, que ele mesmo se deixe influenciar pela transformação e se renove na seiva e o adubo cientificamente administrado em suas raízes.
E o velho tronco se torna então luzidio, vistoso e nutrido, extinguindo-se o seu ciúme e a sua cólera, para se constituir num prolongamento vivo da mesma espécie superior.
Em conseqüência, recebe também a afeição do jardineiro, que lhe asseia o invólucro exterior e também o protege contra os vermes, os insetos e as formigas.
Em breve, ei-lo fazendo parte dos pomares nutritivos ou a sustentar os arbustos carregados de flores perfumadas!
Antes, era apenas o “cavalo selvagem”, o caule hirsuto, primitivo e indomável, rebelde à justaposição do vegetal aprimorado, que o jardineiro lhe impunha no enxerto comum; posteriormente, transforma-se em admirável cunho de beleza vegetal, que segura o buquê de flores fascinantes ou sustém a oferta viva dos frutos saborosos!
E óbvio que, se Deus, como divino jardineiro, prodigaliza seus cuidados, com tanta precisão e afeto, para que o simples vegetal se situe entre padrões mais primorosos, de modo algum deixaria de distribuir as energias espirituais superiores pela carne primitiva dos filhos dos homens das cavernas!
E ele o faz, sem permitir que a seiva bruta e instintiva também destrua a qualidade psíquica já conquistada pelos exilados terrícolas, tanto no campo da consciência como no seu senso diretivo ascensional.
PERGUNTA. -Ainda não podemos compreender perfeitamente essa retificação psíquica em mundo inferior quando tudo ali parece eliminar as menores possibilidades educativas.
Esse mundo nos parece uma prisão compulsória, na qual o encarcerado não se move com liberdade e, por isso, vê reduzida ainda mais a sua capacidade para avaliar a responsabilidade dos seus próprios atos.
Poderíeis explicar-nos mais claramente o assunto?
RAMATIS: Lembramos o exemplo dado anteriormente, em que o orador capcioso deve retornar, em nova existência, sob terrível gagueira.
A sua redução inicia-se pela perda da antiga palavra fácil e hipnotizadora.
Antes, o seu espírito fascinava as multidões, pelo encanto da voz aveludada e do gesto elegante; depois, é ridicularizado nos esgares da gagueira e nos esforços hercúleos que faz para ser compreendido.
O seu espírito, embora amordaçado por essa impossibilidade fisiológica, desenvolve os poderes da reflexão e coordena os seus pensamentos antes de expô-los em público.
Ele avalia a angústia para compor as palavras através da gagueira, e se vê obrigado, por isso, a só tratar do que é benéfico e útil; desaparecem a insinceridade, os subterfúgios, a dialética complicada e as antigas manhas, porque para o gago o tempo urge; há que aproveitá-lo com inteligência, se quiser fazer-se entendível e tolerável pelos seus impacientes ouvintes! impedido de empregar os antigos jogos florais da palavra que emocionava, mas que era um desmentido ao seu modo de pensar, o espírito do gago ajusta-se a um raciocínio correspondente exatamente ao seu modo dificultoso de falar.
Em conseqüência disso, adquire hábitos novos e bons, que não cultuava no passado; obriga-se a veicular pensamentos úteis, verdadeiros e leais, que precisam ser entendíveis à luz do dia, através de poucas palavras.
Mas, apesar disso, o espírito do antigo orador não retrograda ou involui, porquanto o fator coercitivo da fala é apenas uma breve contemporização na vida terrena; é um “freio fisiológico” que retifica o excesso de volubilidade psíquica da existência. anterior, sem lesar, porém, a verdadeira consciência espiritual.
Sob a coação da gagueira, os impulsos levianos e de má-fé deixam de agir, pois são preciosos os segundos para que o gago se faça compreender, devendo, por isso, expor em público só aquilo que é medido, calculado e escoimado de inutilidade e más intenções. E terapêutica reeducativa e que elimina os subterfúgios nas relações humanas, trazendo melhores qualidades à bagagem da razão do espírito.
Nenhuma alma pode recuar do ponto em que já consolidou a sua consciência de “ser” e “existir”; tudo aquilo que já conquistou de bom e acumulou nas romagens físicas e astrais, vive-lhe perenemente na memória.
PERGUNTA: - Poderíeis citar algum caso em que, embora estando a alma em reencarnação inferior pode-se provar que a sua natureza espiritual não baixou de nível?
RAMATIS: - A prova de que o espírito mantém a sua consciência integral do pretérito, mesmo sob qualquer deformação física ou situação deprimente na matéria, está nas experimentações de hipnotismo, quando determinados pacientes, submetidos à hipnose, revelam pendores artísticos, senso intelectual ou conhecimentos científicos que lhes transcendem fortemente a personalidade comum conhecida.
Quantas vezes o camponês, inculto, depois de hipnotizado, se expressa corretamente em idioma desconhecido, revela uma inteligência superior ou uma individualidade elevada!
E uma bagagem de produtos elaborados nas vidas anteriores, que emerge superando a provisória condição a que o espírito se ajustou, devido a ter exorbitado da sua inteligência ou do seu poder no passado.
A roseira de qualidade, quando plantada em terreno impróprio, embora reduza o perfume de suas flores ou se atrofie na sua formosura vegetal, revelará novamente a sua plenitude floral assim que a replantem em terreno fértil.
Sob idênticas condições, a alma inteligente não perde a sua consciência espiritual já estruturada nos evos findos, mesmo quando privada de todas as suas faculdades de expressão no mundo de formas; ela apenas fica ofuscada e restringida na sua ação mental.
A ausência das pernas, no aleijado, não lhe extingue o desejo de andar, nem mesmo esse desejo se enfraquece; é bastante que lhe ofereçam pernas ortopédicas e ele tudo fará para reconquistar a sua antiga mobilidade, provando a permanência da sua consciência diretora do organismo.
PERGUNTA: - Gostaríamos de compreendei então, através de qualquer exemplo elucidativo, como é que espíritos mais evolvidos em ciência, arte, filosofia e senso religioso, como muitos da Terra, poderão ajustar-se com êxito no corpo grosseiro e letárgico dos homens primitivos.
RAMATIS: - Concordamos em que os exilados terrícolas possam ser mais evoluídos em conhecimentos científicos, artísticos, filosóficos ou religiosos e, naturalmente, já possuam certos requintes de civilização, mas não concordamos quanto aos seus sentimentos, porquanto a maioria deles ainda está bastante enquadrada no temperamento passional do homem das cavernas.
O acadêmico que mata o seu desafeto com um punhado de balas despejadas de artística pistola de prata, nem por isso merece melhor tratamento do que o bugre que esmaga o crânio do seu adversário sob o golpe de massudo tacape.
Enquanto o civilizado é mais responsável pelo seu ato, porque já compulsou compêndios de moral superior e não pode ignorar os ensinos do Cristo, o selvagem é menos responsável, porque só aprendeu que a sua glória e o seu valor aumentam na proporção do número de crânios amassados...
Entre o ladrão que arrisca a vida para furtar uma galinha e o eleito do povo que esvazia os cofres da nação com a gazua da caneta-tinteiro, o primeiro merece mais respeito e admiração, porque o seu furto possui algo de heróico e não se protege com as garantias oficiais do Direito subvertido pelos mais poderosos!
É possível que haja mais cultura no cérebro do bêbado de fraque e cartola, consumidor do uísque importado, do que no do homem primitivo, que grita estentoricamente depois de uma carraspana de milho fermentado; mas, quanto às condições morais e à natureza espiritual, o selvagem é, pelo menos, mais inocente, porque ninguém o fez compreender o ridículo e a estupidez da bebedeira.
É suficiente abrirdes as páginas do jornal cotidiano, para verificardes quantas criaturas alfabetizadas, membros de associações desportivas e culturais, clubes filantrópicos e credos religiosos, detentoras de prêmios de oratória, bolsas de estudo e senso artístico, ou condecorações de mérito, famosas pela frequência aristocrática aos clubes chiques, distintas pela educação esmerada, “elegantíssimas no seu trajar”, como as situam melifluamente os lugares-comuns da imprensa social, caluniam, envenenam, esfaqueiam e fuzilam esposos ou esposas, irmãos, parentes e até mesmo os progenitores!
Esses espíritos, aparentemente evoluídos, que ainda conseguem evitar o cárcere onde geme o infeliz ladrão de galinhas, deixam-se fotografar trajando finíssimos pijamas de seda e ostentam calculados sorrisos fotográficos.
É natural que a sua elegância, cultura e cientificismo, apreciados na Terra, sejam argumentos contra a pseudo-injustiça do exílio para o planeta inferior; entretanto, sob o nosso fraco entender, lamentamos antes, e profundamente, a sorte do homem das cavernas, que terá de receber esses espíritos “cultos” em seu “habitat” rude, mas profundamente honesto!
Na realidade, os exilados da Terra serão aqueles que perderam os pêlos, mas não evoluíram do animal para o homem, estando vestidos com trajes modernos, mas em discordância ainda com a sua índole, no vosso orbe.
Esses, sob o imperativo da lei natural, deverão voltar a empunhar o velho tacape e a devorar vísceras sangrentas, cruas, embebedando-se com o milho fermentado, em lugar do conhaque ou do uísque.
Não se trata de punição, mas de uma devolução natural e lógica, em que os “homens das cavernas”, desajustados na Terra, serão encaminhados ao seu verdadeiro ambiente psicológico.
A emigração ser-lhes-á de imenso benefício nesse outro planeta, no qual deverão sentir a euforia do batráquio devolvido à sua lagoa.
Ao homem pacífico e evangelizado, que cultua a ordem e a estabilidade espiritual na Terra, é imensamente prejudicial que aumente a progênie dos homens das cavernas, habilmente disfarçados sob os trajes elegantes, o desembaraço oral e o volumoso arquivo literário ou científico, mas ainda famélicos de banquetes, de embriaguez elegante e de fortunas fáceis.
As suas armas, demasiadamente aguçadas pelo intelecto, superam geometricamente o coração e, assim, criam desatinos e discrepâncias no vosso mundo, já em vésperas de promoção espiritual.
Eles são egocêntricos e descontrolados, instintivos e ambiciosos, e vivem repletos de cupidez pela mulher do próximo; quando se centralizam nos seus mundos de negócios, idealizam planos argutos favoráveis exclusivamente à parentela e a si mesmos; semeiam intrigas políticas e criam trustes asfixiadores; favorecem a indústria do álcool, mas dificultam a produção do leite e do pão.
Significam perigosa horda de selvagens vestidos a rigor, que galgam posições-chave na sociedade e na administração pública, mas, enceguecidos pela volúpia do ouro e do prazer, não trepidam em armar as mais cruéis e astuciosas ciladas, que deixam verdadeiramente boquiabertos os seus irmãos peludos, das cavernas!
Mas a Lei, justíssima e boa, disciplinadora e coesa no mecanismo evolutivo, termina afastando-os da rápida experiência prematura na civilização, e os coloca outra vez no seu verdadeiro “habitat”, onde se afinam melhor à psicologia do irmão vestido com as peles naturais!
PERGUNTA: - Quais os traços característicos daqueles que não serão transferidos para o planeta inferior que se aproxima da Terra?
RAMATIS: - Conforme os prognósticos siderais, apenas um terço da vossa humanidade reencarnada estará em condições de se consagrar como o “trigo” e as “ovelhas” ou “direita” do Cristo, a fim de se juntar à outra porcentagem que será escolhida no Além, entre a humanidade de 20 bilhões de desencarnados que constituem a carga comum no mundo astral, em torno da Terra.
Os da direita do Cristo possuem um padrão vibratório, espiritual, acima da freqüência “mais alta” do magnetismo primitivo do planeta que se aproxima.
Em conseqüência, não vibrarão em sintonia com as suas energias inferiores, que acicatarão o instinto inferior do psiquismo humano, furtando-se, portanto, à subtração magnética gradativa, do referido planeta.
Esse acicatamento magnético do planeta primitivo só encontrará eco nos esquerdistas que, na figura de “vassalos da Besta”, responderão satisfatoriamente a todos os apelos de ordem animalizada.
Entretanto, não penseis que os “direitistas” sejam aqueles que apenas se colocam rigorosamente sob uma insígnia religiosa ou uma disciplina iniciática; eles serão reconhecidos principalmente pelo seu espírito de universalidade fraterna e de simpatia para com todos os esforços religiosos bem-intencionados.
Pouco lhes importam os rótulos, as bandeiras ou os postulados particularistas de sua própria religião ou doutrina espiritualista; facilmente se congregam aos esforços coletivos pelo bem alheio, sem lhes indagar a cor; a raça, os costumes ou preferência espiritual.
São desapegados de proventos materiais, desinteressados de lisonjas e despreocupados para com as críticas de suas ações; obedecem apenas à índole de amar e servir!
Colocam acima de qualquer feição personalista as regras crísticas do “amai-vos uns aos outros” e “fazei aos outros o que quereis que vos façam”.
Esse grupo dos “poucos escolhidos” entre os “muitos chamados”, será a verdadeira falange de ação do Cristo no vosso mundo, na hora desesperadora que se aproxima.
Esse pugilo de almas coesas, decididas e indenes de preconceitos e premeditações sectaristas, sobreviverá à fermentação das paixões animais superexcitadas sob a influência magnética do planeta inferior.
PERGUNTA: - Que quer dizer a “subtração magnética gradativa” do planeta intruso, a que há pouco vos referistes?
RAMATIS: - A subtração magnética é uma sucção gradativa, partida do astro inferior; a que cada alma responderá conforme a sua faixa vibratória, revelando a sua maior ou menor afinidade com as condições de vida primitiva que lá existe.
Os espíritos de vibrações rapidíssimas, em faixas vibratórias mais sutis, escaparão da influência do planeta e, portanto, não sentirão o futuro entorpecimento magnético, um estado de morte aparente e conseqüente flutuação compulsória na atração para o orbe estranho.
Os “esquerdistas”, porém, sentir-se-ão sob estranha hipnose, que os deixará inquietos, ignorando de onde provém a força atrativa e seccional; perderão o senso do local em que permanecerem até aquele momento e, envolvidos por forte torpor; terminarão trasladando-se para o meio inóspito do planeta higienizador; no qual só despertarão para iniciar a recapitulação das lições negligenciadas na Terra.
Mas o que há de predominar nesse processo migratório exótico será justamente a afinidade psíquica de cada espírito para com o planeta primitivo.
PERGUNTA: - Após o afastamento desse astro, não ficarão na Terra pessoas que deveriam emigrar como “esquerdistas’?
RAMATIS: - O fenômeno se processa de modo lento, pois esse planeta influencia gradativamente, quer na sua aproximação, quer durante o período de seu afastamento.
Os sobreviventes esquerdistas ainda na matéria - supondo-se que o planeta se distancie sem atraí-los no devido tempo - serão catalogados no Espaço, após a desencarnação, e conduzidos pelos “Peregrinos do Sacrifício” ao orbe primitivo ou a outros mundos inferiores que lhes sejam eletivos.
É a Lei é inexorável quanto ao tempo de exílio, pois os da esquerda do Cristo não retornarão à Terra antes de seis a sete milênios.
PERGUNTA:- Essas migrações de espíritos de um planeta para outro ocorrem sempre através do processo de atração magnética?
RAMATIS: - Não confundais acontecimentos esparsos com as diretrizes de caráter geral, traçadas pela Lei Geral do Cosmo.
O processo de atração deve ser encarado como uma subtração magnética gradativa; é uma condição que se forma no acasalamento das auras magnéticas da Terra e do astro próximo; uma faixa vibratória capaz de canalizar o rebanho dos espíritos em completa sintonia com o seu magnetismo, assemelhando-se a gigantesca nave planetária destinada a receber em seu bojo os viajantes terrícolas de “terceira classe”, que vão passar longa temporada de “cura” num sanatório.
Os métodos usados pela Direção Sideral para essas migrações variam conforme as distâncias e a natureza magnética de cada orbe e, também, segundo a natureza psíquica dos emigrados.
Os espíritos exilados do satélite de Capela, na constelação de Cocheiro, trasladaram-se em grupos, através da volitação compulsória, flutuando num mar de energias cósmicas, ativadas e sustentadas pelo energismo das mentes poderosas dos Espíritos Superiores para, em seguida, ingressarem na carne.
PERGUNTA: - Dissestes, alhures, que há vida animal nesse astro, no entanto, pelo que está ao alcance do nosso entendimento, esse planeta não recebe suficientemente a luz solar para possuir vida orgânica.
Planetas mais próximos do nosso Sol, como Saturno, Netuno e Plutão, são dados pela nossa ciência como impossibilitados de manter vida orgânica.
Que dizeis a esse respeito?
RAMATIS: - Não podemos nos estender em descrições físico-químicas com relação a Saturno, Plutão ou Netuno, de modo a vos provar que a vida que lá existe é preciosa e compatível com as determinações do Divino Arquiteto.
Se ele fez o mais difícil, como seja criar os mundos, conseqüentemente faria o mais fácil: povoá-los!
As leis que estabelecestes, valendo-vos dos fenômenos conhecidos da vossa tela astronômica, não servem para que analiseis a vida no planeta que se aproxima, cujo evento estamos relatando sob dois aspectos distintíssimos: o acontecimento físico, acessível à vossa ciência astronômica no futuro, após o progresso da ótica etérica, e o evento espiritual só compreensível aos cabalísticos.
Não poderíamos explicar-vos minuciosamente o processo em suas bases expressivas, porque se trata de um fenômeno que ocorre no “mundo interior”, onde a efervescência de energias suplanta as demarcações das formas objetivas e muda os conceitos de distância e velocidade!
Na realidade, o que vos parece um deslocamento geográfico ou astronômico é só operação de mudança vibratória interior e a criação de um campo magnético condutor dos acontecimentos determinados na zona mental.
E necessário não esquecerdes de que o Supremo Arquiteto não criou um só grão de areia que não fosse visando a consciência espiritual de seus filhos.
Os seus propósitos inteligentes disciplinam rigorosas medidas que controlam as despesas na economia do Cosmo; os orbes, os sistemas, as constelações e galáxias são celeiros de formas vivas, sob as mais variadas expressões, sem se distanciarem um mícron da direção íntima espiritual, que cuida e plasma as consciências individuais através dos seus obreiros espirituais.
Não é necessário vos afastardes da Terra para comprovardes que por toda parte existem condições de vida sob aspectos os mais extremistas e contraditórios!
Enquanto o condor tem o seu “habitat” no pico dos Andes, em atmosfera rarefeita, o tatu, a toupeira ou a minhoca encontram conforto no meio asfixiante do subsolo; o pássaro se banha na leveza do oceano de luz atmosférica, mas o monstro marinho suporta ciclópicas toneladas de pressão oceânica na sua morada submarina; o leão sacode a juba, feliz, sob o calor ardente do deserto, enquanto o urso-polar mostra o seu euforismo na continuidade da neve; a carapaça alimenta-se nas pedras, e os batráquios se rejubilam no gás de metano dos pântanos; a borboleta é um floco delicado que se extingue ao sopro da brisa mais forte, enquanto a tartaruga é pesado bloco de pedra viva, que sobrenada na água; a foca saltita contente na água gelada e inúmeros insetos reavivam-se nos gêiseres de água fervente!
Variam indefinidamente as pressões, as temperaturas e os estados físicos, mas a vida se revela em tudo; assim, há seres vivos que podem adaptar-se a qualquer orbe onde os cientistas sentenciam gravemente a impossibilidade de vida.
O Sol estende-se com a mesma prodigalidade sobre todos os seres e coisas, criando temperaturas diversas e homens diferentes, e tanto atende à vida em vosso orbe quanto em Plutão ou Saturno!
Estamos certos de que, se o vosso mundo fosse povoado exclusivamente de africanos, estes lançariam o seu anátema à possibilidade de existirem homens brancos, louros e de olhos azuis; e se, pelo contrário, a Terra fosse unicamente povoada por brancos, provavelmente terminariam queimando o ousado profeta que afirmasse a existência do homem de cor preta!
E, se o mundo fosse povoado só de pretos e brancos, o primeiro homem vermelho que aparecesse, de cabelo ruivo, cor de fogo, iria para uma jaula, por considerarem-no um bicho esquisito!
O vosso orbe é um celeiro vivo e representativo da fauna e dos diversos reinos de outros mundos, oferecendo aspectos para avaliardes todos os fenômenos possíveis que ocorrem nas diversas moradas planetárias que se balouçam na abóbada celeste.
Deus plasmou o seu pensamento repleto de vida na substância formativa dos mundos, e a sua magnífica vontade faz desatar sonhos em todos os quadrantes do Cosmo; as leis que os criam são sempre as mesmas na sua função “interior”, e agem equitativamente em todos os sentidos; por isso, é estultícia e mesmo ridículo considerardes que o acanhado padrão humano terrícola deva ser a fórmula única para toda a vida planetária.
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