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    Reconstrução - Apostila 11

    Reconstrução - Apostila 11

     

      

    A apostila 10 mostrou o princípio do que se possa chamar de derrocada ética.  Nela o indivíduo mergulha em simbioses obsessivas, incurso na lei de débito e crédito: o Carma.   Reverter esse quadro, como dissemos, é trabalho que pode perdurar por várias encarnações.   Além disso, o sucesso resolutivo dependerá, basicamente, da boa vontade dos litigantes.

    Por essa razão, em qualquer caso de obsessão, para que os resultados dos tratamentos sejam eficazes, a atenção e cuidados devem ser estendidos a ambos os contendores.   Isto é, ao obsessor e ao obsediado, porque dois princípios invariáveis regem qualquer desses processos.

     

    1 – Na obsessão existe sempre uma  fonte emissora de vibrações dominantes, e um receptor à ela submetido.

    2 – Essa característica só se estabelece quando os desejos da fonte e do receptor se igualam (ressonância).

     

    Estes princípios resumem o seguinte:  A instalação de um quadro de obsessão vem da ideoplastia que uma pessoa tenha criado e que atraiu a outro. Não importa em que lado estejam um ou o outro.  Seja um encarnado e um desencarnado; sejam os dois encarnados, ou ainda, sejam os dois desencarnados.  Conclusão:  Em qualquer das situações, não há vítima e nem algoz, na acepção dos termos.  Conscientemente, em alguma época recente ou de longínquo passado, construíram e caminharam para o desfecho comum que agora protagonizam.

    Não obstante, são merecedores, igualmente, de cuidados esclarecedores.   Mas sem o esclarecimento compreendido e aceito, jamais haverá a desimantação, e a simbiose só tenderá a agravar.

    Analisemos, a seguir, de forma introdutiva, sem nos deter em pormenores, que o faremos mais à frente, alguns tópicos referentes aos tratamentos desobsessivos.

    DESOBSESSÃO

    O tratamento desobsessivo, de todo e qualquer caso, traz em si um fato marcante que não pode ser ignorado por médiuns e terapeutas que lidam com essas assistências.

    É o fato de que o médium, ou o terapeuta, entra no campo vibracional do acontecimento.

    Essa invariável situação está representada na figura 11A.  

     

     

     

    Na fase inicial de qualquer tratamento obsessivo é como o ato de entrar numa jaula onde se encontram animais enfurecidos, porém, muito inteligentes.  É isso que se vê na figura:  Um encarnado sendo obsediado por dois desencarnados.  Em torno deles o campo vibratório que os mantém imantados, uns aos outros.   Do lado de fora desse campo, e prestes a nele entrar, vemos o médium acoplado ao seu Mentor espiritual.  O Guia protetor.  Este ato é o início do tratamento.  O primeiro contato com os litigantes onde se estudará das soluções possíveis de serem aplicadas.

    Contudo, os litigantes não estão para brincadeiras.  Ao perceberem a presença do médium, instintivamente, reagirão contra ele.  De forma alguma querem que se recomponha aquele campo em desarmonia.   Não obtendo êxito no primeiro ataque, que quase sempre é desordenado, aqueles infelizes indivíduos se voltarão, porém agora, maliciosamente, inteligentemente.

    Acompanharão e estudarão os costumes e preferências pessoais do médium – ou do terapeuta – e ao seu menor descuido atacarão. 

    Portanto, este é um trabalho assistencial que deve ser executado com muito conhecimento de causa.   Isto é, conhecer-se do que existe no outro lado da vida, do por quê das pessoas se engalfinharem tanto, e de jamais subestimar qualquer dos contendores.

    Considerar, também, que o respeito e a ordem devem ser a tônica de qualquer trabalho desobsessivo.   Além disso, deve ser executado em equipe composta,  se  possível, por diversos colaboradores possuidores das variadas categorias de mediunidade, tais como, incorporadores, videntes, psicógrafos, etc.

    O mais importante, entretanto, é a equipe humana estar associada, e perfeitamente sintonizada, com um competente grupo de entidades mentoras.  Estas, efetivamente, é que garantirão resultados benéficos e a segurança de todos.  No conjunto, a equipe humana será o instrumental necessário ao tratamento, e os mentores serão os verdadeiros operadores.

    Falemos agora do primeiro procedimento.

     

    Primeiro Procedimento

    Uma vez que o processo obsessivo se estabeleceu, a partir da primeira forma-pensamento que atraiu as entidades de igual pensar – não esquecer desse pormenor para não incorrer no erro de, afoitamente, condenar um em benefício de outro – os cuidados iniciais devem ser os de se concentrar na forma ideoplástica geradora do distúrbio.

    Para se chegar a ela, utilizar o recurso de conversar com o paciente.   Nessa conversa quase sempre ele irá externar as impressões que o incomodam.  Vai-se juntando as partes para formar o quadro que permita compreender a extensão e a gravidade que o caso apresenta, bem como da incidência da fixação mental que afeta aquela pessoa.

    Geralmente os mentores atendentes são extremamente cautelosos nesses primeiros contatos.  Sempre informam ao interessado que antes de qualquer providência irão fazer averiguações.   Isso significa verificar as causas.

    Além do que, esse diálogo inicial serve para relaxar o paciente.   Nessa tranquilização ele deixa seu campo áurico aberto, em condições de ser analisado.   Isso é necessário porque existem pessoas que vivem um constante estado de alerta.   Sempre desconfiadas.  Por si ou induzidas pelos obsessores.  Assim, quando investigadas, procuram disfarçar as verdadeiras causas do que lhes incomodam.

    Isso acontece, principalmente, com aquelas que se fazem passar por vítimas.   Esses disfarces são comuns, pois, de envolto à psicosfera do paciente, como dissemos acima, estão  poderosas inteligências sugestionando-o, e até subjugando-o.

    Para evitar esses engodos, os mentores prolongam a conversação e marcam outra visita.  Entre esta e a próxima sessão fazem suas investigações.   Além disso, esse intervalo de tempo ajudará a angariar a confiança dos envolvidos na trama.   Tempo em que, repetimos, quase sempre os obsessores estarão acompanhando os médiuns que participam da equipe.

    De qualquer forma, porém, já no primeiro contato o paciente recebe assistência.

     

    Conforme a figura 11B exemplifica, o “passe” é ministrado.   Este terá o condão de iniciar um contra-ataque às formas mentais que orbitam em torno do paciente, desintegrando-as.   Após essa transfusão de fluidos regeneradores quase sempre o paciente informará estar se sentindo aliviado.   “- Dormi bem esses dias, me alimentei melhor.” – Informa na segunda visita.

    Para o terapeuta isso é óbvio.   Afinal a transfusão de energia desintegrou a forma-pensamento negativa que atraía entidades malévolas.  Formas-pensamento negativa desintegrada ocasiona a desimantação dos obsessores, advindo, então, a diminuição da pressão psíquica que o paciente vivenciava.

    Todavia, ainda não é o momento de se entusiasmar.   Essa desimantação é proporcional a cada caso, significando que, dependendo das causas envolvidas, a harmonização completa dos litigantes poderá demandar algumas outras encarnações.

    O exemplo que apresentamos com a figura 11B é de casos simples, relacionados apenas à presença de entidades não maldosas, acopladas até por engano, à aura de uma pessoa.

    Vejamos, a seguir, situações mais complexas, daquelas onde, deliberadamente, os contendores se engalfinham de unhas e dentes, em processos movidos por muito ódio e vingança.

    Não importa, aqui, determinar quem é obsediado e quem é obsessor.  Como temos repetidamente comentado, todos que procuram uma assistência espiritual, não importando o que trazem na alma, devem receber idênticas atenções.

     

    A figura 11C ilustra o atendimento para os casos complexos.   Nela vemos dois médiuns em sintonia com o mentor espiritual, criando uma faixa magnética de vibrações protetoras.  Esta faixa envolve todos eles, incluindo o paciente.  Seu efeito é o de impedir a aproximação dos obsessores, repelindo, também, suas radiações deletérias.

    Esse campo magnético criado pelo conjunto da mente dos médiuns é chamado de choque anímico.   Ele é tão poderoso que provoca a desintegração das imantações mais fortes.   É o resultado da associação de vontades soberanamente pensando no bem, tanto dos médiuns que fazem parte do conjunto, como, e principalmente, dos mentores espirituais que dirigem a sessão.

    Essa ação mais severa se justifica naqueles casos em que os contendores se aniquilam mutuamente.   Para separá-los somente através de choques anímicos, lembrando, entretanto, que os indispensáveis cuidados devem vir das orientações dadas pelos mentores.

    Para que tenham uma idéia do potencial do choque anímico, basta lembrar que ele se equipara:

    1 – Ao eletro-choque utilizado nos institutos de psiquiatria, nas terapias com os que são chamados de esquizofrênicos;*

    2 – Ao círculo de pólvora e defumações utilizado na Umbanda e Candomblé.

    Ambos os procedimentos causam pânico aos espíritos que estiverem imantados a uma pessoa.

    (* - Obviamente a isso os institutos de psiquiatria não admitem, todavia eles constatam que após a sessão de eletro-choque o paciente  sempre  se acalma.  Por algum tempo, embora.)

    O método chamado de choque anímico tem a mesma característica do passe, com a diferença significativa da intensidade energética.  Explica-se: Como ela é oriunda do conjunto de mentes formado pelos mentores espirituais e dos médiuns, ela está carregada, unicamente, com fluidos adequados à re-harmonização do psiquismo tanto do paciente quanto dos invasores, sem violentá-los.  Sendo assim, não provoca danos – efeitos colaterais – quanto os provocados pelos eletro-choque e o círculo de pólvora.

    Essa ação do choque anímico pode ser comparada com um fortíssimo sopro a romper a couraça da psicosfera contaminada do paciente.

     

    A figura 11D dá essa figuração. 

    No quadro 1 vemos o paciente, e sua aura conturbada, inteiramente encerrado em uma couraça energética proveniente dos fluxos mentais dos obsessores.

    No quadro 2, figurativamente, a ação desintegradora provocada pelo “sopro” anímico, que rompe a couraça.   Note-se que a aura continua intacta e conturbada, pois para harmonizá-la outros procedimentos serão necessários.

    Essa ação impactante do choque anímico propicia, nos casos mais graves, a desinfecção mais rápida do campo da aura do paciente, sem contudo, harmoniza-la, como dito acima.   Não obstante, e é bom que se esclareça, essas providências, seja o passe ou o choque anímico, o resultado benéfico terá duração temporária, pois a recomposição do campo áurico de qualquer pessoa está na dependência direta do que ela pensa.

    É, exatamente, nesse particular, não admitido pela ciência psiquiátrica e pelos umbandistas pouco versados nos assuntos do oculto, que faz o paciente ficar indefinidamente repetindo as sessões de tratamento.   Dizem, justificando, o esquizofrênico nunca se recupera.

    Lembrando do estudo da Aura Humana, apostilas 18 à 20 da série Mediunidade, a aura é a psicosfera, ou atmosfera psíquica das criaturas.  É ela que atrai os assemelhados.  Sendo assim, é preciso fazer um pouco mais além, sejam dos choques anímicos, dos eletro-choques ou dos círculos de pólvora.

    Para a harmonização definitiva de todo aquele quadro, envolvendo paciente e invasores, outras providências precisarão ser tomadas.   Veremos estas na próxima apostila.

    Bibliografia

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier – Os Mensageiros – página 157 – Federação Espírita Brasileira

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier – Nos Domínios da Mediunidade – página 124 – Federação Espírita Brasileira

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier – Evolução em Dois Mundos – cap. I – pág. 23, 100 e 101 – Fed. Esp. Brasileira

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier – Mecanismos da Mediunidade – capítulo 19 – Federação Espírita Brasileira

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier – Entre a Terra e o Céu – página 79 – Federação Espírita Brasileira

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier – Libertação – páginas 84, 86, 89 e 115 – Federação Espírita Brasileira

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier – Desobsessão – Federação Espírita Brasileira

    Áureo; Hernani T. Sant’Anna – Universo e Vida – páginas 110 – Federação Espírita Brasileira

    Ângelo Inácio/Robson Pinheiro – Legião – Casa dos Espíritos Editora

    Annie Besant – O Poder do Pensamento – Editora Pensamento

    Bob Toben e Fred Allan Wolf – Espaço-Tempo e Além – Editora Cultrix

    Edith Fiore – Possessão Espiritual – Editora Pensamento

    Edgard Armond  -  Mediunidade,  Passes e Radiações,  Editora  Aliança 

    Edgard Armond  -  Trabalhos Práticos de Espiritismo,  Curas Espirituais,  Livraria Allan Kardec Editora. 

    Emmanuel/Francisco Cândido Xavier – Emmanuel – página 155 - Federação Espírita Brasileira

    Francisco Rivas Neto  -  Umbanda a Proto-Síntese Cósmica  -  Editora Pensamento.

    Theo Ocher e Maggy Harsch – Transcomunicação – página 110 – Editora  Pensamento

    Waldo Vieira – Projeciologia – capítulos 118, 188 e 403 – Edição do autor.

    Zalmino Zimmermann – Perispírito – Editora Allan Kardec

     

    Apostila escrita por

    LUIZ ANTONIO BRASIL

    Setembro de 1997

    Revisão em Outubro de 2008

    Distribuição gratuita citando a fonte

     

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