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    Meditação - Apostila 8

    Meditação - Apostila 8

                   

    Agora, em Termos Filosóficos

     

    Há quem diz que o cosmos é um grande pensamento, uma magnífica ideação, e que só o vemos, como o vemos, porque a onda mental de seu Criador permeia nossa mente, e esta, por sua vez, modula essa vibração de maneira a ser comportada por nosso cérebro.  Figurativamente como é visto na ilustração abaixo.

     

    Disso depreendemos que tudo, por todos os Universos, é pensamento.

     

    Mas algum leitor poderá questionar:  “- pelo que sei, pensamento é o produto vibracional do cérebro que, por isso, não é tocável, enquanto que ao meu redor tudo o que vejo posso sentir pelo tato, inclusive o que vejo por telescópio – os astros – naturalmente com o envio de naves espaciais.  Logo, não me parece correto dizer que o universo é um pensamento, já que pensamento não se toca.”

     

    Este questionamento até que é plausível, contudo, apenas fruto de uma ilusão.  


    A ilusão que o cérebro humano cria no sentido de perceber solidez onde só existem corpúsculos – átomos – movimentando em altíssimas velocidades.

     

    Mesmo assim poder-se-ia aventar que estes corpúsculos seriam infinitésimas partículas sólidas, como já se pensou, e que poderiam ser agarradas com as mãos.   Pondo por terra essa suposição vamos encontrar na teoria quântica que, nem mesmo estes corpúsculos existem na forma que, ilusoriamente, são imaginados, porque mesmo eles são compostos de outros elementos ainda mais infinitesimamente menores.

     

    “- Ué – dirá nosso cético leitor – mas se são mensuráveis em tamanho, então possuem alguma solidez.”

     

    Aparentemente, sim, são mensuráveis, mas não como se faz a um pedaço de madeira com uma fita métrica.   São mensuráveis no sentido dos efeitos que seus movimentos produzem.  E foram, justamente, esses movimentos que levaram os estudiosos da ciência nuclear a evidenciarem o que recebeu o nome de Teoria das Cordas.

     

     

    Essa teoria, em linguagem simples, diz que no universo tudo se interliga como se o substrato de que é formado possuísse a conformação de uma rede, cujos fios da trama fossem como cordas.  Significando que ao tocar em qualquer ponto dessa trama todo o restante estará sentindo o toque.

     

    Apesar do nome, cordas, contudo, são tenuíssimos filamentos formados por ondas vibracionais, e não por corpúsculos, algo somente perceptível pelos efeitos que produzem, bem como pelas deduções da complexa matemática.

     

    Com isso queremos dizer que dessa dedução – teoria das cordas – as descobertas científicas estão muito próximas de poderem definir os estados vibracionais de tudo o que existe, afirmando, sem contestações que, de fato, o universo é um grande e magnífico pensamento.

     

    E saberão dize-lo com tal clareza que se tornará compreensível mesmo às pessoas mais simples de entendimento.

     

    Esta descida fenomênica no que podemos chamar de escala dos elementos, nos foi preconizada por Pietro Ubaldi em sua basilar obra “A Grande Síntese” quando nos ensinou que ao atingirmos a compreensão do infinitamente pequeno – o átomo, à época – veríamos que não estávamos chegando ao elemento básico, mas que seria comprovado que ele é formado de outros menores ainda – prótons, nêutrons, elétrons... descobertos posteriormente.

     

    ...mas que a escala descendente ainda, e mesmo nestes infinitésimos, não se findaria.   E não findou.  Descobriu-se os quantas – teoria Quântica – onde imaginaram que ali estavam os minusculozézimos tijolinhos formadores da matéria.  

    Novamente, engano, e a escala descendente prosseguiu, chegando agora às “Cordas”.

     

    Terá a ciência atingido o mínimo do mínimo da escala reducionista?  Não. 

     

    Podemos afirmar que ainda há muito por “descer”, o que se comprovará num futuro não muito distante, pois que a ciência vem se multiplicando em velocidade exponencial, como profetizou o Mestre Nazareno.

     

    Desta forma vamos concluindo que no cosmos não há o que se possa, correspondentemente ao chamado elemento sólido, pôr as mãos porque, ao contrário do que imaginamos como solidez tudo é um enorme vazio.  Bem entendido, um vazio preenchido pela sublimidade pensante do Criador.  Sua Ideação.

     

    Acreditamos que depois do que acima consta chegamos ao consenso de que tudo é pensamento, mas que, em razão do padrão sensório do cérebro humano o que percebemos dá-nos a impressão de sólido.

     

    Pois bem, estando certos e compreendidos sobre essa magnífica Ideação, deduzimos também de forma inequívoca que somos como “peixes nadando num aquário”. 

     

    O “aquário” de vibrações mentais do Criador.

     

    Mas também como os peixes que, embora dentro dágua, não sabem que estão molhados, pois sentir que se está umedecido só acontece quando se sai de dentro dágua, também nós não sentimos que estamos envoltos – “molhados” – pelas sublimes vibrações mentais.

     

     

    Poder-se-ia dizer que essas insensibilidades são um paradoxo. Mas é natural que assim seja, afinal, nossa aparelhagem sensória ainda não está, suficientemente, desenvolvida para registrar tão refinada vibração.

     

    Entretanto essa mesma aparelhagem já poderia estar em pleno funcionamento ao que ela está destinada, porém, este atraso se dá devido o viver humano que tem sido como o descrito nas apostilas precedentes.   Isto é, cultuando-se a matéria e não se interessando por conhecer os recursos de que por origem possuímos, qual seja, uma mente.   Não estamos nos referindo ao cérebro, elemento importante, sem dúvida, porém desintegrável.  Células que, com a morte, se reduzirão ao infinitésimo da escala dos elementos.

     

    Estamos falando da Mente Superior, atributo do Espírito, para que este possa interrelacionar-se com a Fonte.

     

    E todos os seres a possuem, encarnados e desencarnados.

     

    Neste ponto de nosso comentário chegamos à questão da sintonia, da ressonância, analisada na apostila 6, só que nesta falaremos em termos mais técnicos, antes, porém, consideramos cabível repisar comentários anteriores cujo intuito é deixar bem claro que, se a humanidade trilha veredas duvidosas traçadas em terrenos abismais, é porque ela mesma assim escolheu quando se viu frente a frente à encruzilhada.

     

    Todos hão de concordar que na questão social a humanidade vem dando mostras de insanidade mental.  Agitação geral beirando o desassossego.   Isso demonstra que as pessoas estão perdendo o controle sobre seus pensamentos.   Movimentam-se como uma manada de gado.

     

    Essa deterioração mental só faz a criatura se sentir mais afastada de seu Criador.  Esse afastamento gera a desesperação inconsciente que a leva à marginalidade, se não social na Terra, mas à social cósmica.

     

    Perde o contato com os Tutelares que governam as vidas por todo o cosmos.  É algo como sentir que a nação está sem governo, sem leis, e que cada cidadão pode fazer o que quiser, e como puder.

     

    Todavia, devido a desorientação mental em que se encontra a cidadania humana da Terra, isso não quer dizer que o cosmos está sem governo e sem leis.

     

    O governo cósmico segue inalterável, ativo, e as leis que regem o Todo são imutáveis, interagindo sobre toda a criação.

     

    Cientes disso cabem-nos, então, procurar um técnico em “eletrônica mental” para que ele faça uma regulagem em nossa aparelhagem pensante – nossa mente.

     

    Bem, esse “técnico” não está mais na Terra, fisicamente, porém nos deixou seu manual de reparos.   Manual simplérrimo, composto por uma só frase que diz:

     

    “- Amar ao próximo como a si mesmo.”

     

    Só isso !  Muito fácil, não é mesmo ?

    E

    ngano.  Fácil nada.  Ao contrário, muito difícil porque enraizado no inconsciente coletivo da humanidade está o vírus da arrogância.

     

    Êta viruszinho danado de procriador.  Espalha-se rapidamente, e seus vetores têm sido nós mesmos, os do gênero humano, que não aceitamos nos conscientizar de que amar custa menos que vangloriar.

     

    Mas dito isso passemos ao que falamos em Técnica.

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    O ramo das ciências que estuda o cérebro e seu comportamento – neurologia, psiquiatria e psicologia – mensuraram as ondas vibracionais do cérebro.

     

    Essa mensuração nos conta de uma padronagem subdividida em quatro estágios: Beta, Alfa, Teta e Delta.  Estes nomes vêm das letras do alfabeto grego, e indicam as seguintes freqüências vibratórias das ondas cerebrais:

     

    Gráficos com oscilações médias em cada nível

     

    Ondas Beta: Variando de 14 a um máximo inespecífico de ciclos (hertz) por segundo.  É o nível de atividade cerebral total que se dá quando a pessoa está acordada, trabalhando, pesquisando, passeando, etc;

    Ondas Alfa: Variando de 7 a 14 ciclos (hertz) por segundo.  Nesta faixa vibratória a pessoa fica em estado semi-sonolenta, semi-consciente.  É o momento que precede ao sono.  O cérebro diminui suas vibrações e este aquietamento abre espaço para o adormecer.  Este é o nível que interessa ao nosso estudo – meditação – porque ocorre a transmutação para zona de espaço e tempo diferentes do físico;

     

    Ondas Teta:  Variando de 4 a 7 ciclos (hertz) por segundo.  O cérebro está no mínimo de suas vibrações considerando-se o indivíduo ao que se possa chamar de nível consciente interior.  Também ao chamado nível profundo de sono e os estados de quando submetido aos efeitos de anestésicos, nas cirurgias;

     

    Ondas Delta: Variando de um mínimo indefinido a 4 ciclos (hertz) por segundo.  Neste nível não há definição do que possa estar ocorrendo, cerebralmente, com a pessoa.

     

    Falemos mais sobre o nível das ondas Alfa.

     

    É neste padrão vibratório que se insere o processo de meditação.  O indivíduo não está nem totalmente consciente e nem totalmente inconsciente.  Encontra-se em fase intermediária a estes dois estados: consciente e inconsciente.

     

    Quando consciente a pessoa se deixa prender aos sugestionamentos comuns da vida:  Leões famintos e borboletas errantes, perdendo o poder de concentração mental.

     

    Se inconsciente, bem, disso todos sabem, é o abandono no sono, o se perder nos mundos oníricos.

     

    No estado Alfa, entretanto, é um pé cá no mundo de todo dia e o outro pé no mundo das possibilidades mentais.  E como mundo das possibilidades mentais podemos entender como o mundo da Ideação Cósmica, o padrão Divino dos Pensamentos.

     

    Ufa !, deu trabalho para chegarmos até aqui.  Mas não desanimem, ainda há muito a caminhar.  Sigamos.

     

    Observem, cada um, seu próprio padrão Alfa.  Uma indicação de que está passando de Beta a Alfa é quando, na linguagem de Waldo Vieira, sente-se o que ele chama de hipnagógico, assim descrito no capítulo 209 de seu livro Projeciologia

    Hipnagogia – Definições: Hipnagogia (Grego: hipnos, sono; e agogôs, condutor) – condição crepuscular de transição da consciência entre o estado da vigília física ordinária e o estado do sono natural; estado alterado da consciência introdutório ao sono natural, caracterizado por imagens oníricas, visões alucinatórias, e representações devido à exacerbação da imaginação, com efeitos visuais e auditivos.”

     

    Em linguagem simples são aqueles momentos em que o pensamento costumeiro fica fugidio.  A pessoa está pensando em algo e, num salto, vai a outro, espontaneamente, que, por sua vez, é sucedido por outro, que leva a ouvir vozes, e também a imagens rápidas, e assim se segue até que lhe sobrevenha o sono e a consciência desaparece.

     

    Como mencionado, toda essa fenomenologia descrita nos dois parágrafos anteriores significa estar em ressonância com as vibrações mentais do cosmos, ou, vibrações do cosmos que se nivelam com as possibilidades vibratórias do cérebro humano.

     

    Porém, nessa flutuação hipnagógica podemos dizer que está acontecendo uma ressonância desorganizada.

     

    O que nos interessa é a ressonância organizada, conduzida, e, para consegui-la, só aperfeiçoando-se o processo de meditação, que veremos um pouco mais na próxima apostila.

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    Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil

    05 de Janeiro de 2011

     

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