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    Meditação - Apostila 6

    Meditação - Apostila 6

     

    E o nosso(a) candidato(a) prossegue em suas primeiras aventuras de Voo da Águia.  

    Agora, mais ciente dos benéficos efeitos do hábito da Meditação, aplica-se com afinco.

    Diariamente, prepara-se cuidadosamente para seu particular e interior momento de contato mais íntimo consigo mesmo.

     

    Recolhido ao recesso do recanto designado para seus vôos, abandona-se ao deleite da busca pelo “alimento” de seu Eu Maior.

    Mentaliza a águia lançando-se do penhasco e projetando-se pelo espaço.  Deixa que ela circunvolucione, leve e solta, por onde suas asas conseguirem leva-la.  O espaço é ilimitado, e nesta figuração mental abandona-se calmamente.

    Depois do longo tempo despendido em treinos sucessivos, tendo desenvolvido bom controle dos pensamentos, nem no solo surgem ameaças de leões famintos e nem ao ar as borboletas errantes, intentando interromper-lhe a concentração.

     

    Somente o resplandecer do ar por entre as asas da águia, altaneira, cortando o espaço em todas as direções.   E cada vez mais alta, maior amplidão contempla com seus penetrantes olhos.

    E sobe... sobe... sobe a ponto de a Terra ficar pequenininha ao seu olhar.

    Mas... que surpresa !!!  A águia se transforma.  Não é mais aquela morfologia de um ente alado.  É ele(a) próprio(a), nosso(a) candidato(a) que, leve e solto(a), perambula pelo espaço.   E a imagem de fundo também se transmutou.  Não é mais a paisagem na Terra.  É o infinito que tem diante dos olhos da mente.  Mas como ?, nenhum esforço desprendeu para que essa mudança se efetuasse.  Só bem mais tarde compreenderia esse feito.

     

    Por agora nada a pensar do porque dessa mudança figurativa. Por agora só se sentir envolto por sensação agradável e inusitada  que vai se apoderando dele(a).  Progressivamente, sente ser capaz de aprofundar sua calma concentração. Aprofunda-a.  Percebe, então, que já não precisa impor estilo de pensamento, de formular imagens, porque estas avançam espontâneas, sem esforço algum.

    E nelas se vê flutuando cada vez mais distante de seu ponto de origem, a Terra.

     

    A paz interior se torna indescritível.  Seria o estado de êxtase de que falam os místicos?  Não, ainda não é porque alguns leves e distantes ruídos da madrugada lhe tocam os tímpanos, em lampejos entremeados à sua concentração.   Algo como infinitésimas borboletas errantes que, contudo, não o(a) interrompem.

    Não há mais limites e assim se deixa ficar, flutuando... flutuando... expandido em todo seu ser, até que seu corpo, incomodado pela longa exposição em uma só posição, quebra-lhe a concentração.

    “- Puxa !, estava tão bom...”

     

    Mas já era tempo mesmo de “voltar”.   Afinal nosso(a) candidato(a) ainda está inserido no que se possa classificar de neófito.  Principiante.  Entretanto, a satisfação interior que está a sentir deixa-o(a) em júbilo, como a querer saltar de si mesmo(a), se isso fosse possível.

     

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    Deixemos nosso(a) candidato(a) deliciando-se com as rememorações deste seu último e recente momento de lucidez meditativa e passemos a mais alguns esclarecimentos.

    Considerando o conteúdo das cinco apostilas anteriores chega-se à conclusão de que meditar é um processo para elaborar a expansão da consciência.

     

     

    Porque da Expansão da Consciência

     

    Na modalidade do viver humano temos a consciência confinada por limites estreitos porque os interesses da vida se restringem à ilusão da matéria temporal.

    Contudo, nosso centro consciencial não se situa na mesma dimensão em que se encontra nossa personalidade, nosso corpo físico.

    Como está representado na figura acima, o centro consciencial – Eu Maior – situa-se numa dimensão cujos padrões vibratórios diferenciam-se muito da letárgica forma de nossa terceira dimensão.

    Situa-se numa dimensão que, para compreendermos teremos de usar o seguinte termo de comparação:  Considerem que nossa terceira dimensão seja um barril, destes comuns onde fazem envelhecimento de bebidas, dentro do qual todos nos esprememos, para nele nos conter.

    Já para a dimensão consciencial não encontramos em nosso vocabulário um termo de comparação adequado, mas podemos figura-la como um barril indimensionável.  Dá para entender este termo: “indimensionável” ?  Significa algo que não se possa mensurar, medir, devido sua expansibilidade esferoidal que nos é desconhecida.

     

    Por esta comparação, acreditamos, pode-se perceber a diferença entre o viver inconsciente, que é este estado de vida na matéria, e a expansibilidade ilimitada no viver consciente, em que o Eu Maior entra em ressonância com o todo Cósmico.

     

    Do dicionário, ressonância significa:  processo de transferência de energia de um sistema, que oscila numa frequência própria, para outro que oscila com a mesma frequência (Dicionário Houaiss)

     

     

    Como exemplo prático do que seja ressonância, elaboramos a figura acima com tres exemplos:

    No primeiro exemplo, figura superior esquerda, temos dois Seres posicionados em dimensões diferentes e se interrelacionando.  As ondas mentais dos dois se igualam, ou estão em ressonância, com isso podem se entender, mesmo sem trocarem palavras. (Ver apostila 32 da série Mediunidade)

     

    No segundo exemplo, figura superior direita, temos uma emissora de rádio situada num lugar qualquer do planeta, e do outro lado do mundo está um receptor.  Este registra as ondas transmitidas pela emissora porque vibra na mesma frequência daquela. Portanto, estão em ressonância, não importando a distância que os separa.

     

    No terceiro exemplo, figura inferior, vemos o Cosmos, o Todo, e nele, inserido os Eus Maior de todos os zilhões de seres já criados – na figura representados por um só.   Estes vibram, quando assim conhecedores e desenvolvidos através dos processos de meditação, vibram em ressonância com os padrões cósmicos das energias.  Portanto, estão em igualdade de frequência.  Estão em equilíbrio com o magnetismo mental do Todo.  Em condições, portanto, de sentirem essa atração que os arrasta na direção expansiva de Si Mesmos.  Ou, expansão consciencial.

     

     

    Da apostila 6 da série O Amor, repetimos aqui a figura acima, onde se expressa as duas modalidades de magnetismo a que nós, viventes na Terra, estamos submetidos.  O magnetismo físico que nos imanta ao planeta.  Este magnetismo é limitador, confinando-nos neste só espaço físico que, na atualidade, como visto, está mais se parecendo com um barril superlotado.  E o magnetismo mental que interliga, nossos Eus Maior – a nós mesmos -  de toda a população planetária, com o Todo Cósmico.  Este outro magnetismo é extensor.  Numa linguagem simples, uma espécie de saca-rolhas que nos destaca do gargalo da dimensão física e nos lança no espaço.  Expansão, liberdade mental.

     

     

    Cremos que os exemplos apresentados demonstram, claramente, não só o que seja, mas também,  os efeitos da ressonância e, principalmente, o PORQUE de se falar tanto em Meditação.

    Meditação é, portanto, o processo de afinamento, de aprimoramento, dos padrões mentais que insuflam qualidade refinada nos pensamentos que a todo momento estamos emitindo.

    Um despertamento consciencial que nos faz estar atentos ao que pensamos.  Que nos faz enxergar a realidade subjetiva de todos os momentos que vivemos a cada dia.  Que nos faz compreender o que nos é conveniente desejar, porque, a todo e qualquer instante passamos a estar em ressonância, em concomitância, com os desígnios criativos do Cosmos.

     

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    Na próxima apostila comentaremos, mais amplamente, do Por que Meditar.

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    Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil

    28 de Dezembro de 2010

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