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    Meditação - Apostila 12

    Meditação - Apostila 12

    Meditar = Reprogramar

     

    O Computador e o Homem

     

    Durante milênios o homem tem sido conduzido como se fosse um computador.  Em linguagem de informática o homem é o hardware, essa caixa metálica, cheia de equipamentos eletrônicos, hoje dominante em todos os setores da sociedade.

     

     

    Conquanto máquina fantástica considerando-se a versatilidade operacional que oferece à modernidade do mundo atual, o computador necessita, porém, que cérebros humanos estruturem programas que a façam funcionar segundo o princípio das lógicas matemáticas. Os cérebros humanos que a isso se prestam são dos profissionais denominados de programadores.   Os programadores, portanto, dão uma espécie de vida a essa máquinas.  Vidas que se comportam segundo o que eles, os programadores, determinam em termos de funcionalidade, pois sem os programas elas seriam apenas objetos de decoração.

     

    No que se refere ao ser humano, o “programador” que projeta e lhe insere o programa de funcionamento tem sido o sistema social predominante no mundo.

     

     

    Por esta razão, o homem, assim como o computador, está limitado pela mente do programador.   Isto é, funcionará segundo a vontade dele.

     

    Sendo o mundo o programador da vontade do homem, podemos chamar isso de criação de pessoas robóticas.   Todas executando atitudes orquestradas pelas mentes astutas e  inescrupulosas que dominam as massas, mormente através da televisão.

     

    Ditam modismos e insuflam ao consumo gerando o que tem sido o círculo do endividamento.   Primeiro, despertam o irresistível desejo por este ou aquele objeto, utilizando de sedutoras e psicológicas publicidades que arrastam as pessoas aos templos de consumo, os shoppings centers.  Uma vez lá a sedução se acentua.  Dois outros dispositivos de persuasão entram em cena:  vitrines – leia-se armadilhas – estrategicamente planejadas, e crediário fácil.

     

    Pronto !, a presa está no papo.  Não escapa.  Como acontece com os insetos que são pegos em teias de aranhas.

     

     

    Retornando a sua residência passa a viver a aflição do endividamento em conflito com o desejo de querer comprar mais.

     

    Esta é uma prisão férrea, muito difícil de escapar dela porque, desde sua infância, está programado para isso.   Poderosos e competentes “programadores” – as agências de publicidade – aliados à ganância sem limites das corporações – indústria e comércio – estabelecem como a sociedade deve se comportar:

     

    Qual livro ler;

    Qual vestuário usar;

    Qual alimento ingerir;

    Qual automóvel comprar;

    Qual viagem fazer...

     

    E tudo a nível do supérfluo e do descartável para que, em pouco tempo as pessoas retornem aos templos.

     

    Enfim, é a programação do “gaste com o que não podes” – endivide-se e se torne mais um escravo do sistema.  “Deixe que pensemos por você”, é o slogan, o chavão, oculto por detrás dos belos sorrisos de garotas e garotos propaganda.

     

     

    Bem, sob esta análise, você, nosso leitor, já deve estar descobrindo, se não o fez antes, que tem sido induzido ao contínuo estado de insatisfação.  Do comprar por compulsividade que, ao chegar em casa, após a compra, sente profundo estado de vazio e de arrependimento por ter sido, mais uma vez, manipulado por mente alheia à sua.

     

    Passa a se sentir pequeno, minúsculo na sociedade, com insegurança crescente porque já nem sabe em que pensar, e como pensar.  Para todo lado que volta o olhar lá estão as feras programadoras incitando-lhe a suas vorazes vontades.

     

    E a vontade maior e mais sufocante desses programadores de massa é que o ser humano se esqueça, em definitivo, que é, antes de humano, um Ser Espiritual.   E muito eles têm conseguido.  Contingente incontável, como robozinhos – mentes dormentes – dirige-se aos templos de consumo.

     

    Todavia, como o Ser Espiritual não está designado a viver eternamente nas dimensões de matéria densa, mas nestas apenas estagiar para, dos experimentos, despertar potenciais latentes e, após isso, ascender a dimensões mais sutis, vem de acontecer o que chamaremos de insatisfação profunda.

     

    Insatisfação Profunda

     

    A pessoa se conscientiza do vazio de sua vida.   A puerilidade do que tem sido seu existir na sociedade dos homens.   Desperta-se-lhe profunda saudade de algo indefinido.  Algo que, pressente, poderá preencher-lhe o recesso de si mesmo.  Isto é sinal de que está saindo da matriz, do controle dos programadores.

     

     

    - Mas, que algo é este ?, pergunta-se sofrida e angustiadamente.

     

    Mediante esses estímulos gerados pela insatisfação profunda, percebe que uma força desconhecida lhe oferece um “telescópio”, convidando-o, intuitivamente, a descobrir outros mundos.   Experimentar outras programações de vida.

     

    “- É... talvez o indefinido Algo que desejo esteja num desses outros mundos.  Vou dar uma olhadinha.”

     

    Com esta decisão em mente, e agora não mais tão controlado pela programação da matriz corporativa, aproxima seus olhos da “ocular” do telescópio que lhe foi oferecido.

     

     

    O que vê deixa-o maravilhado !  Que diferença, nota.  Ali está o Algo procurado.  O preenchedor de seu vazio.  O reprogramador de sua maneira de viver.

     

    Mas não há nada de extraordinário no que vê através do telescópio.  Na verdade, está vendo a si mesmo.

     

    “- Que interessante... eu nunca havia me visto como realmente sou.  Enxergava-me como queriam que eu me visse, porém, a forma que me via estava inteiramente distorcida da realidade.  Eu não sou nada do que implantaram em meu pensar.  Só agora dou conta desse absurdo !”

     

    Bem, mas nem tudo está perdido.   Aos poucos irá se reprogramando, livrando-se da lavagem cerebral a que estava submetido desde a infância.

     

    Com olhos límpidos vê o mundo social da Terra como ele, realmente, é.  Enganoso, cheio de artimanhas, sedutor e dominador.   Todavia, agora, sente-se livre para afronta-lo.

     

     

    Ponderadamente, sabe que por todos os seus dias deverá permanecer, fisicamente, neste ilusório mundo.  Contudo, ele, o mundo, na forma como tem sido, sedutor e enganoso, reduziu-se frente a seus pessoais interesses, enquanto que a vida Universal passou a ter preponderância.

     

    Com todo respeito continua a empregar seus esforços por cumprir com todos os compromissos sociais a que está vinculado – a família; a profissão; as amizades; o lazer – sem, porém, estar curvado, submissamente, ao programador anterior.  Não mais cai nas teias das seduções shoppínicas.  Os belos e estratégicos sorrisos de garotas e garotos propaganda não mais o enganam.

     

    Seu Eu Maior – o Ser Superior – o verdadeiro programador existencial para seu estágio na matéria, bem como para as demais dimensões, despertou.

     

    Agora, resta-lhe desenvolver e estabelecer um sistema seguro de comunicação de si para consigo, imune às interferências externas.

     

    Este sistema pode ser entendido como sempre deixar límpida a objetiva do “telescópio” que lhe permite a “visão” de seu Eu Maior

     

    É fundamental “enxerga-lo” sem distorções.  Enxerga-lo nítido e claro.   Como fazer isso ?  Conversando com pessoas amigas; consultando literaturas, cientifica-se desse processo que lhe era, até então, desconhecido.  Meditação.

     

    Apreende sobre Meditação.  Com isso descobre que seu Eu Maior agora está ao alcance de “sua mão” – ou melhor, de seus olhos, através das lentes do telescópio-mento-meditativo-reprogramador. 

     

    Puxa !, que termo extenso.  Verdade, extenso mesmo, contudo, que define a objetividade do feito:

     

    Telescópio: dispositivo para enxergar longe, muito além da Terra.

     

    Mento: utilizar-se da mente, dispositivo muito além do cérebro;

     

    Meditativo: processo de sintonização, percepção, com dimensões que estão além do espaço e tempo físicos;

     

    Reprogramador: dar novas ordenações ao viver, apagando – deletando – as anteriores, inseridas que foram pela maliciosidade do sistema vigente na sociedade do planeta.

     

    Portanto, permitir que um novo Ser desponte do até então existente.

     

    Por isso, Meditar pode ser compreendido como Reprogramar.  Reprogramar-se para percepcionar as vibrações de outras dimensões.  Sentir que, de fato, elas existem.   Que o cosmos não se limita a esta terceira dimensão que durante todos os anos da vida encarnada é vivenciada.   Que os resultados obtidos com a Meditação, dão maior entendimento à reencarnação, sentindo-a com autenticidade, bem como à questão magna da Lei de Causa e Efeito, os porquês dos eventos e situações que nos servem de cenário no dia após dia.

     

     

    Reprogramar-se!, pensar por si mesmo, desrobotizar-se,  descobrir seu verdadeiro caminho existencial, entende-lo, aceita-lo e viver com boa vontade cada instante da vida.  Este é o efeito mais notável do processo da Meditação.

     

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    Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil

    13 de Janeiro de 2011

     

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