Newsletter

    Menu Principal

    Civilizações - Humanidade de Todas as Partes - Apostila 7

    Civilizações - Humanidade de Todas as Partes - Apostila 7

     

         

    Transições

     

    Ao final da apostila 05 vimos, de forma sucinta, como se deu o início da vida do homem no planeta Terra.  Entretanto, como a natureza não dá saltos, como, também, “Assim como é em cima também é embaixo”, entendemos que de igual forma se dá em todos os demais orbes.

     

     

    Por sua vez o planeta, ou os planetas, em questão, se encontram em fase primitiva onde as forças da natureza digladiam entre si ajustando-se para a formação de espaços habitáveis. Figura 07A.

    As sementes de vida física nele, ou neles, já se encontram depositadas prenunciando a florescência nos reinos vegetal e animal.

    E da mesma maneira que nos perguntamos como se deu o início do Ser Inteligente nos orbes, também perguntamos: Como as sementes de vida física foram semeadas em cada um deles ?

    Afinal, dissemos acima que a natureza não dá saltos.  Logo, alguma forma de vida física pré-existente ao feito da semeadura é que se encarregou de executa-la.

    Sem sombra de dúvida essa primitiva semeadura também se fez pela via das duas vertentes já comentadas. Figura 07B.

     

     

    Sem nos reportarmos aos estudos da série As Duas Vertentes quando comentamos Cadeias Planetárias e Rondas evolutivas, consideremos aqui, para mais fácil entendimento, um recuado período de tempo porém mais próximo de nossos dias, contudo, assim mesmo, contado em milhões de anos.

    Digamos, então, que outro capítulo existencial numa das incontáveis moradas cósmicas tem seu início.  Seres arcangélicos, diretores espirituais daquele planeta, encarregam-se de posicionar as sementes monádicas que irão sensibilizar as futuras formas vegetais e animais.  Numa outra fonte, seres inteligentes pertencentes à igual dimensão deste novo orbe, provindos de imensas distâncias, em missões de procedimentos expansionistas – já falamos disso – e no exemplo da conhecida metáfora da arca de Noé, trazem espécimes – sementes - vegetais e animais para nele implantar.

    Concomitante ao ambiente iniciante, ainda sacudido por revoluções telúricas, também são os espécimes. Precisariam ter resistência para suportar a hostilidade que se mostrava de muitas formas.

    Mas vida é sinônimo de evolução. E...

     

     

    Com o passar dos milênios de milênios eis que de mutação em mutação, tendo por detrás destas os colonizadores, eclodem os primatas que, mais à frente, após incontáveis experimentos genéticos mutantes imprime-se o que viria a ser chamado de hominídeo.  Adão e Eva. Figura 07C. E´ a escala evolucional, onde as Mônadas que vão deixando o reino animal encarnam pela primeira vez no reino hominal. Ou, Mônadas – espíritos – transmigrados de outros planetas que vêm estagiar neste, “recém” criado, onde experimentarão as dores de um reinício evolucional.

    Porém, a concomitância evolucional abarca o orbe como um todo: corpo planetário e espécimes vegetais, animais e humanos.

    Mas... por processo de automatismo ?

    Não !

    Mãos experientes, em ambas as vertentes, impulsionam o processo.

    No cosmo não existem automatismos.  O cosmo é Inteligência por excelência, pois isto que denominamos de cosmo é a manifestação do Pensamento do Criador.  O Inefável, o Indescritível, o que Tudo E´.

    Por esta forma, e ela é Única, inteligências menores, nas suas inumeráveis categorias, administram o enredo evolucional.  Algumas como Arquétipos, outras como executoras nas dimensões sutis e outras ainda como expansionistas nas dimensões densas.

    Todas, porém, para uma só meta.  Desta consecução, transcorridos os milênios incontáveis, temos uma nova fase planetária.

     

     

    Na figura 07D vemos o mundo transformado para melhor, em comparação com o visto na figura 07C.  Os corpos humanos têm aparência menos grotesca, os gigantescos animais desapareceram e as revoluções telúricas diminuíram consideravelmente, propiciando ambiente menos hostil.

    Planeta e espécimes evoluíram.  Mas não por automatismo, como mencionado há pouco.

    E o ciclo evolutivo prossegue sem interrupções.

    Por outra vez planeta e espécimes vão sendo impulsionados de tal forma que o ambiente se torna amigável, aprazível e só de tempos em tempos apresenta algum abalo sísmico ou o espocar de um vulcão, mas nada comparado com os tempos já esquecidos.

    A vegetação se torna luxuriante.  Homens e animais quase ocupam o mesmo espaço, com exceção das raças consideradas selvagens.  Os corpos humanos são graciosos, delicados, e com grande potencial intelectivo.

     

     

    E´ o que podemos chamar de o mundo atual, como o conhecemos aqui na Terra. Figura 07E.  Grande avanço tecnológico, científico, e mais organizada vida social urbana para a qual concorrem, em nossos dias, com mais de sete bilhões de seres humanos.

    Porém, embora possa não parecer, e às vezes nem são aceitas, continuam presentes as duas vertentes.  E´ bem verdade que, como seres inteligentes, nós, os humanos da atualidade, conquistamos expressivo controle administrativo da vida social entre as nações.

    Todavia, apesar desse desenvolvimento intelectual o homem terrestre ainda está fortemente subjugado ao sentimento de egoísmo o que o rebaixa, a nosso ver, à condição de o mais violento dos animais aqui existentes.

     

     

    Extermina seu semelhante – figura 07F – como destrói a própria morada, sem ter consciência de que está a destruir a si próprio, tamanho é seu sentimento de egoísmo. 

    Saber que um dia de exterminador passará a exterminado não o demove do insano desejo de domínio.  Nessa sanha infelicita a todos e se auto infelicita porque em seu âmago reside o medo da perda do poder. 

    Para suportar as tensões provocadas por esse medo, tal como fazem os dependentes químicos que necessitam de renovadas doses para abrandar, momentaneamente, as aflitivas neuroses, também ele tem que seguir exterminando porque em cada semelhante vê nova ameaça.

     

     

    O mundo, o nosso, vai se transformando em ruínas, mais uma vez.  Mais uma vez porque a história contada pelos escombros encontrados nas escavações arqueológicas mostram que vários povos e civilizações, que formavam as nações anteriores às atuais, jazem sob as dunas dos desertos, ou engolidas pelas florestas ou no fundo dos oceanos,.  Seus restos, convertidos em petróleo, movimentam as máquinas de agora.

    Foram áureas civilizações.  Foram áureos povos, orgulhosos do poder dominante que exerciam sobre os outros.

    Em razão desse despotismo de uns poucos sobre multidões indefesas, o planeta como um todo contaminado, também fenece.  Não sem antes terem transcorridas muitas e muitas transformações geológicas e sociais, em que povos substituíram povos, como bem vimos na série As Duas Vertentes.

    E essas transformações, não só no aspecto físico do orbe e de seus povos, também acontece nas densidades que chamaremos espirituais.  Estas têm o condão de selecionar os indivíduos que permanecerão separando-os dos que serão transmigrados para outros planetas.

    Estes, como foram os agentes degeneradores da morada que habitavam, causando desastrosas catástrofes, são transferidos para planetas iniciantes, primitivos, cuja tarefa principal será de promoverem o progresso evolutivo das raças iniciantes e regenerarem-se, a si mesmos, sob a dor da hostilidade ambiental que enfrentarão.

    Como espíritos são seres desenvolvidos, apenas no intelecto, a encarnar em corpos grotescos e de capacidade cerebral limitada, nada igualando à formosura que já possuíram. Figura 07H.

     

     

    A história, mais uma vez, se repete, como aconteceu aqui mesmo na Terra quando iniciava sua missão de abrigar vidas. De ser mais um berço cósmico para as Mônadas nascentes bem como para individualidades espirituais que foram transmigradas para cá.  Uma repetição de escolaridade para estas, já que em seus planetas de origem o comportamento que tinham comprometia a harmonia e a sustentabilidade geo-social do sistema. Figura 07i.

     

     

    Assim como é em cima, também é embaixo.”

     

    Sob os olhos zelosos dos Diretores Cósmicos, outro ciclo se empreende em que as individualidades espirituais pervertidas são transferidas para “escolas primárias”.  No caso, a Terra em seus primórdios. Levam no âmago de suas consciências a lembrança difusa de que foram retiradas de “escolas superiores”. Os planetas de origem, evoluídos. Sentem que seus corpos etéreos – perispírito - passam por transformações nas quais vão perdendo a formosura. Que seus cérebros –  perispirísticos –   se atrofiam.  O que se passa?, perguntam.

    Mas não obtêm respostas.

    Depois de um longo sono despertam. Não mais no planeta radiante que tão bem conheciam. O que vêm é um ambiente todo estranho, desconfortável, cheio de perigos, inteiramente hostil. Tomam conhecimento de que ali, doravante, é a nova morada, por milênios sem conta.

    Encarnam.  Os corpos, grotescos, são igualmente desconfortáveis. Vêm-se como são pelos corpos dos semelhantes. Brutais. Disputando os espaços com os animais das cercanias.  Não têm, ainda, como, entre eles mesmos, trocar comunicação.  Apenas os instintos os governam.

     

     

    O perpassar de milênios, em repetidas encarnações após está primeira no novo berço cósmico, começa a despertar-lhes as lembranças ao olharem para o céu, numa subjetividade a lhes dizer que foi de alguma daquelas distantes luzes piscantes que eles se originaram.  Uma saudade inaudita insinua que vieram de um paraíso agora distante.

    Nesse despertar recomeçam a entender que são seres cósmico e que se encontram nesta nova morada vivendo uma providência reconstrutora de si mesmos.

    Milênios passam. Compreendem, então, que estar nesta nova morada, ou naquela anterior, de onde provieram, não faz diferença, ambas se encontram na única e mesma Grande Morada, o cosmo universal.

    O que importa é compreender que onde quer que se esteja a missão maior é a da fraternidade para com todos e tudo.  Missão que harmoniza o Ser com o Cosmo. Missão que alarga a consciência e aproxima o Ser do Criador Incriado. Missão que lhes diz, em claras letras, que o viver não é o construir para si, mas para Todos. Missão que os instrui a tornarem-se Co-Criadores e, como tal, “...como é em cima, também é embaixo, estará como o Incriado, também construindo para Tudo e Todos, como ELE o FAZ !

           

    É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo.” Questão 540 do livro O Livro dos Espíritos.

     

    Ensina a Doutrina que, para chegarem a Deuses divinos... as Inteligências Espirituais... têm que passar pela fase humana.”

    (H.P.B. Ver apostila 06) 

     

     

    - - - o 0 o - - -

    Apostila escrita por

    Luiz Antonio Brasil

    Julho de 2013

    Compartilhe:

    Menu Principal