Que assim seja.
Do Vista-se
Ainda que nem todos compartilhem da visão religiosa do líder da Igreja Católica, uma coisa é fato: suas declarações ecoam por todo o mundo.
Desta vez, o papa iniciou uma série de matérias e comentários nos principais jornais a respeito do tratamento dado aos animais.
Jorge Mario Bergoglio escolheu ser chamado de Francisco quando foi eleito papa.
O nome é uma homenagem a São Francisco de Assis, considerado um santo protetor dos animais.
Recentemente, em uma celebração na Praça São Pedro, no Vaticano, o papa fez jus ao nome papal.
“Um dia, nós veremos nossos animais de novo na eternidade de Cristo. O Paraíso está aberto para todas as criaturas de Deus”.
– disse Francisco.
A declaração contradiz parte dos estudiosos conservadores que afirmam que animais – com exceção do ser humano – não poderiam entrar no céu por não terem alma.
Coincidentemente ou não, este tipo de declaração feita por religiosos sobre “a falta de alma” manteve pessoas negras escravas por centenas de anos.
Se o líder maior da Igreja afirma que todos os animais têm o mesmo espaço no Paraíso, significa que ele acredita que os animais tenham alma.
Isso poderia mudar completamente a visão de seus seguidores sobre comer animais ou não.
A discussão levou alguns teólogos a afirmar que o papa disse isso em uma situação pontual, tentando confortar um garotinho que havia perdido seu animais de estimação.
Outros estudiosos, no entanto, dizem que se trata de uma declaração clara de que o papa acredita que os animais são importantes para Deus.
Nesta situação, seria incompatível comer animais e agradar a Deus.
A questão fundamental sobre explorar ou não animais é muito mais simples: eles sentem dor, sofrem.
Se eles têm alma não faz a menor diferença sob o ponto de vista fisiológico.
Mas espera-se que a visão de Francisco sobre os animais leve os católicos a repensar o animal morto em cima da mesa para comemorar o nascimento de Jesus.
"Todas as coisas da criação são filhas do Pai e irmãos do homem
Francisco de Assis