Erva-Mate: Novas descobertas revelam propriedades fantásticas para a saúde e emagrecimento.
Pesquisa realizada na USP constatou que um fitoterápico feito a partir de extrato da planta Ilex sp reduz o peso de mulheres em 10,35% e de homens em 5,35%, em um mês.
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O chimarrão emagrece, mas você precisa tomá-lo com regularidade, cerca de 1,5 litro todos os dias para que ele possa fazer efeito.
Primeiro foi a Pholia Magra, - nome comercial de um fitoterápico que causou alvoroço como emagrecedor e chegou a ser batizado de “erva anti-barriga”.
Apesar de febre nos Estados Unidos e em muitos países da Europa, a Pholia Magra é fabricada a partir do extrato de uma planta brasileiríssima: a Cordia ecalyculata Vell. ou Cordia salicifolia.
No Brasil, esta espécie vegetal ocorre desde o estado de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, sendo encontrada também em Brasília e no Acre.
Popularmente ela é conhecida como porangaba, cafezinho, café-do-mato, chá-de-frade e louro-salgueiro.
Depois da popularidade da Pholia Magra, eis que outra Pholia tem chamado a atenção e roubado a cena. Desta vez é a Pholia Negra – também nome comercial (TM) de um fitoterápico derivado do extrato concentrado de uma planta que, segundo várias fontes, tem origem indígena e é usada há séculos.
Sim, provavelmente você conhece a planta da Pholia Negra.
Ela atende pelo nome científico de Ilex Paraguariensis e é ninguém menos que a conhecida erva-mate!
Originária do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, a erva mate recebe muitos nomes populares, entre eles, erveira, erva, erva-verdadeira, erva-congonha, erva-chimarrão, , chá-dos-jesuítas, chá-das-missões, congonha-das-missões, congonheira, mate-legítimo, mate-verdadeiro, chimarrão, tereré, tererê, chá verde nacional ou simplesmente mate.
Quanto ao nome científico, são aceitas sinonímias: Ilex curitibensis Miers., Ilex domestica Reiss., Ilex mate St. Hill., Ilex sorbilis Reiss., Ilex vestita Reiss. e Ilex theaezans Bonpl.
Já para os índios, a erva mate tinha nomes como caá, caá-caati, caá-emi, caá-ete, caá-meriduvi, caá-ti, caá-yara e caá-yarií.
Presente de Tupã
Existem algumas lendas que cercam a erva mate.
A maioria das referências conta que existia um guerreiro guarani já velho e sem vitalidade para os combates, caça ou pesca que vivia isolado com sua bela filha Yari, que dedicava todo seu tempo para cuidar dele com muito carinho.
Um dia, Yari e seu pai receberam a visita de um viajante desconhecido a quem deram acolhida, alimento e descanso.
Para acalentar o repouso do viajante, a jovem entoou um belo canto suave, mas triste.
Ao amanhecer, o viajante declarou que era um enviado de Tupã e que para retribuir-lhes toda aquela hospitalidade atenderia a qualquer desejo.
O velho índio, sabendo que sua jovem filha se isolara para poder cuidar dele, pediu que lhe fossem devolvidas a força e a vitalidade, para que Yari se tornasse livre.
Assim, o mensageiro de Tupã entregou ao índio um galho de árvore de Caá, ensinando-lhe a preparar uma bebida que lhe devolveria todo o vigor.
Para completar, transformou Yari em Caá-Yari - a deusa da erva-mate e protetora da raça guarani.
E foi assim, que a erva-mate passou a ser usada por todos os guerreiros da tribo, tornando-os mais fortes e valentes.
Um pouco da história....
Apesar de hoje a Ilex paraguariensis ser muito famosa por suas qualidades, em outros tempos a história foi bem outra.
Os colonos espanhóis, instalados na região do Paraguai, logo observaram que os índios apreciavam demais aquela bebida preparada a partir das folhas de mate, por seus efeitos revigorantes, estimulantes e – diziam – afrodisíacos.
Pronto! Foi o suficiente para que os jesuítas espanhóis proibissem seu consumo, batizando a planta de "erva do diabo".
Durante a proibição do uso da erva-mate, os jesuítas castigavam duramente os índios desobedientes.
Chegaram a instituir, como último recurso, a "excomunhão" daqueles que insistiam em tomar o mate. Usavam como estratégia incutir a ideia de que Anhangá – o deus do mal na mitologia índia - havia enfeitiçado os ervais, transformando a erva em um poderoso e mortal veneno.
Já os índios, por seu lado, sempre davam um jeito de derrubar a versão dos jesuítas.
Os sábios pagés, que conheciam o valor da erva-mate, logo criaram um antídoto para o “veneno" de Anhangá: bastava não tomar a primeira ceiva da infusão.
Ela deveria ser cuspida fora por cima do ombro esquerdo e, a partir daí, podia-se, tranquilamente, tomar o restante do mate, sem temer o envenenamento.
Mas essa história durou pouco.
Logo, os espanhóis experimentaram e aprovaram a bebida, adotando-a como integrante básico em sua alimentação.
Daí para a grande virada, foi um passo.
Os jesuítas, que realizavam as chamadas missões ou reduções, começaram a organizar o cultivo e a produção da erva-mate e passaram a abastecer os colonos espanhóis em toda a área da bacia platina (compreendendo as regiões da Argentina, Paraguai, Uruguai e Rio Grande do Sul).
A erva então deixou de ser “do diabo” e passou a render aos jesuítas grandes lucros com o seu comércio.
Mais tarde, por volta do século XIX, o Paraguai se isolou dos outros países e proibiu a exportação de erva-mate.
A medida fez com que a Argentina e o Uruguai substituíssem a erva-mate paraguaia pela brasileira, impulsionando seu cultivo no Paraná e em Santa Catarina.
Foi o chamado Ciclo da Erva-Mate no Brasil.
Bem antes disso, a fama da erva-mate corria solta e atraiu também a atenção do rei de Portugal, como ficou registrado numa de suas comunicações com a colônia:
“… D. João, por graça de Deos, Rey de Portugual e dos Algarves, d’aquem e d’alem Mar, em Africa, senhor da Guinée…
– Faço saber a vós, Rodrigo Cezar de Menezes, Governador e Capitão General da Capitania de São Paulo, que ca se tem notícia que nas terras dessa Capitania ha herva a que chamão Congonha, e os Castellanos ‘La Provechosa’ [ a proveitosa]…, porque della se diz poder tirar grande utilidade: Me pareceo de alvitre ordenar-vos envieis a este Reino a ordem do meu Conselho Ultramarino, um caixão da dita herva com a receita da forma como se uza della…”.
E por falar em forma de usar, uma outra curiosidade é que a maioria das referências que pesquisei afirmam que a bebida originalmente era preparada apenas com água fria pelos nativos e pelos primeiros conquistadores espanhóis.
Somente mais tarde, quando organizaram seu cultivo e exportação, é que os jesuítas inventaram o hábito de beber o mate com água quente, ao invés de fria.
Uns dizem que foi para imitar o preparo do chá (Camellia sinensis) na Europa, mas tudo indica que a verdadeira razão era o receio de contrair doenças bebendo água sem ferver.
A planta como ela é....
Erva-mate
Nome científico: Ilex paraguariensis (sinonímia: Ilex curitibensis, I. domética, I. mate, I. sorbilis, I. vestita, I. theazans)
Família: Aquifoliáceas
Origem: Sul do Brasil, nordeste da Argentina e leste do Paraguai.
A erva-mate é uma planta perene, de porte arbóreo a grande, possui tronco de cor cinza-claro a castanho.
Suas folhas apresentam cor verde-clara a verde-escura, com nervuras salientes na face inferior.
Tanto as folhas como os ramos novos são usados no preparo de uma bebida que recebe nomes de acordo com a forma de preparo: chimarrão (feito com água quente); tererê ou tereré (preparado com água fria) ou infusão (quando se usa água fervente).
As flores são pequenas, brancas e surgem agrupadas nas axilas das folhas com os ramos, mais tarde elas se transformam em bagas de cor vermelho brilhante.
A planta se desenvolve bem em condições de clima frio a ameno, em solos bem drenados e ricos em matéria orgânica. Não se dá bem em solos compactados.
A propagação é feita por meio de mudas obtidas de estacas enraizadas e retiradas de ramos ou de mudas originadas de brotações das raízes. O cultivo por meio de sementes não é indicado, porque demoram muito para germinar, em razão da sua dormência.
A dificuldade com o plantio por meio de sementes acabou por gerar outro fato interessante: na época em que os jesuítas dominavam o cultivo da erva-mate, os senhores coloniais queriam a todo custo entrar naquele mercado, mas encontraram muita dificuldade, pois não conseguiam fazer com que as sementes germinassem.
O método usado pelos jesuítas para produzir as mudas de erva-mate sempre permaneceu envolto em mistério, o que deu margem a várias teorias.
Uns diziam que as sementes eram escaldadas em água quente, outros afirmavam que antes do plantio os jesuítas davam as sementes para aves domésticas ou não (falou-se até em tucanos) e só as plantavam após serem expelidas.
Algumas referências afirmam, ainda, que eles obrigavam os índios das missões a ingerir as sementes inteiras, para que os sucos gástricos dissolvessem o invólucro de proteção que as impedia de germinar.
Propriedades
Um dos primeiros estudos científicos mais detalhados sobre as propriedades da erva-mate em terras brasileiras foi realizado por Joaquim Monteiro Caminhoá, professor de Botânica Médica, que o publicou em fascículos, entre 1877 e 1884.
Por ser uma planta de composição química complexa, a Ilex paraguariensis tem sido alvo constante de estudos e novas descobertas.
Além do que já se conhece, as pesquisas têm indicado grandes surpresas com relação a esta planta.
Atualmente, sabe-se que a erva mate contém várias substâncias bioativas.
A planta contém alcalóides (cafeína, metilxantina, teofilina e teobromina), taninos (ácidos fólico e caféico), vitaminas (A, B1, B2, C e E), sais minerais (alumínio, cálcio, fósforo, ferro, magnésio, manganês e potássio), aminoácidos essenciais, glicídios, lipídios, além de celulose, dextrina, sacarina e gomas.
Muitos especialistas são unânimes em afirmar que a erva-mate pode ser considerada um alimento quase completo, pois contém a maioria dos nutrientes necessários ao organismo.
Os polifenóis e flavonóides constituem cerca de 30% da erva-mate e são responsáveis pelo gosto adstringente.
Já os alcalóides cafeína, teofilina e teobromina são considerados os de maior interesse terapêutico.
De acordo com a literatura especializada, a erva-mate é considerada um estimulante que combate a fadiga, a sede e a fome, estimula a atividade física e mental, atuando de forma benéfica sobre os nervos e músculos.
A planta tem demonstrado, ainda, propriedades diuréticas e laxativas,
Vale lembrar que as pesquisas estão apontando também que a combinação dos alcalóides presentes na planta - cafeína e teofilina - e a ação termogênica pode aumentar o gasto energético e, simultaneamente, promover a lipólise, isto é, a degradação das gorduras no organismo.
Isso ajuda a explicar porque a Ilex paraguariensis tem feito tanto sucesso nos programas de emagrecimento.
Mas fica aqui o alerta dos especialistas: apesar de todos esses benefícios, a erva-mate deve ser usada com muita cautela pelos hipertensos, cardíacos e por quem sofre de insônia, agitação e tensão emocional.
E de onde vem o poder afrodisíaco que os índios atribuíam à erva-mate?
Os estudos na área de nutrição também estão achando uma resposta para esta questão: o fato é que a Ilex paraguariensis contém altas concentrações de vitamina E, considerada eficaz na regulação das funções sexuais.
Curiosidades sobre a Ilex paraguariensis:
* Os índios da Bolívia, após retirarem o mel, utilizavam a sobra do favo para misturar com as folhas da erva mate e preparar um afrodisíaco usado contra a impotência e a infertilidade.
* O nome científico da erva mate – Ilex paraguariensis – foi dado pelo naturalista francês Auguste Saint-Hilaire, em 1822.
Durante seis anos, ele percorreu as províncias do centro e do centro-sul do Brasil, recolhendo pelo caminho um grande acervo botânico, registrando suas andanças num diário de viagem que foi publicado na França, anos depois, em diversos volumes.
* A palavra “mate” vem do vocábulo quíchua “mati” ou “matty”, que significa “porongo” – a cuia normalmente usada para tomar o chá mate.
* Um estudo realizado pela USP apontou a ação da erva-mate na prevenção e tratamento da aterosclerose, doença causada pelo acúmulo de gordura nas artérias.
* Um estudo feito por cientistas da Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina indicou que a erva mate pode ser útil contra o Mal de Parkinson.
Depois de testar o extrato da planta em ratos induzidos à doença, eles observaram que algumas de suas substâncias mostraram-se capazes de protegê-los.
Em outra investigação os animais receberam o fitoterápico com a medicação tradicional e os resultados foram ainda mais significativos.
Parte das cobaias chegou a recuperar completamente os movimentos.
Apesar de preliminar, o estudo comprovou que “a erva-mate pode ser utilizada na prevenção desse mal degenerativo e também como coadjuvante no tratamento”, afirmou a farmacêutica Luciane Costa Campos, chefe da pesquisa.
* Inicialmente os jesuítas tentaram uma campanha de difamação contra a erva-mate - que chamavam a “erva-do-diabo”.
Mais tarde, quando passaram a dominar seu cultivo, passaram a chamá-la “erva-de-São Bartolomeu” e começaram a incentivar o seu uso com o objetivo de tratar o alcoolismo.
* Tamanha era a veneração que os índios tinham pela erva-mate – a qual chamavam "Erva de Tupá" - que, assim como os antigos egípcios faziam com seu Livro dos Mortos, os incas colocavam alguns ramos de erva-mate junto aos seus mortos, como forma de "abrir-lhes" os caminhos para o mundo do além-túmulo.
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