Fragmentos - 10 - Suicídio I
Texto do Livro Fragmentos - Espírito de Nydia / Médium Magali Rispoli
Não julguem, não nomeiem classificativamente alguém que assim procede.
Pelo que temos observado o sofrimento de tais Seres quando deixam a matéria é um dos mais dolorosos que podem imaginar.
Muitas vezes os suicidas já nascem com o desafio de enfrentar a vontade que têm ao longo da vida ou que terão em algum momento de desistir de tudo e voltar ao verdadeiro Lar.
Vivem tendo em mente que se as coisas ficarem muito difíceis sempre existe a porta do abandono da vida é algo que, mesmo não sendo mensionado, é comum.
Existem pessoas que passam a existência com tais ideias, mas que conseguem levar seus compromissos na matéria, a um término natural, sem antecipações.
Entre os que desistem, não suportam os desafios que se comprometeram enfrentar, principalmente o de se manter ocupando um corpo, imensurável é a dor e o desespero ao terem consciência de que falharam, que praticaram um dos atos mais danosos e prejudiciais à sua evolução.
Ouvimos algumas vezes dizerem que quem assim age poderia ter pedido ajuda, ter tentado alternativas, porém em determinados casos a pessoa pediu ajuda, disse de seus sofrimentos, desequilíbrio, tristeza, dor e dificuldade de enfrentar sua realidade, entretanto, não foi ouvida, não teve suas manifestações consideradas como deveriam ser e com isso agrava-se mais sua situação, pois entende que ninguém a valoriza, ama ou aceita.
Considerem que nem todos dizem explicitamente que chegaram ao seu limite, que não aguentam mais, os que assim se pronunciam estão um pouco acima do limite determinante de uma atitude suicida.
Habitualmente os que interrompem sua vivência material desde sempre tiveram atitudes que diferiam dos demais, entretanto, não foram corretamente avaliados em seu proceder não corriqueiro e passaram pelas fases de desenvolvimento sendo considerados apenas diferentes ou estranhos.
Temos a salientar, ainda, que são Seres inteligentes que, segundo avaliação dos que os rodeiam, apenas não "se misturam" com os demais por se considerarem superiores ou inferiores.
Com isto, queremos demonstrar o quanto de atenção precisam estas pessoas, que são consideradas "diferentes" principalmente quando recorrem a uma Casa Espírita em busca de auxílio.
Detectar manifestações de autodestruição requer acuidade espiritual e psíquica de quem os recebe, uma vez que eles podem se apresentar aparentemente equilibrados, coerentes em seu pensar e agir - graças a seu nível de inteligência - e com isto confundem quem os acolhe.
Não esqueçam que em tais situações os seres destrutivos e altamente perturbadores, que atuam essencialmente sobre o psiquismo do outro, dificultam ainda mais a tarefa de ajuda.
Como agir?
Baseando sua escuta não só no que é pronunciado, mas também nas reticências e silêncio e no que é manifesto através das expressões, das atitudes corporais e do olhar, aliás, olhando diretamente nos olhos podem - se estiverem devidamente conectados com seus Mentores - captar o desespero, a angústia e o medo não expresso.
Quando tal ocorrer, não temam em fazer abordagem direta e acolhedora, demonstrando o quanto entendem o momento que o outro está passando e buscando valorizar o que ele demonstra ser o melhor em seu viver, entretanto, se ele está centrado apenas em sua dor sem citar nenhum aspecto positivo, providenciem um atendimento espiritual com presteza e que seja o mais adequado possível, cuidando ainda de fazer contato com um familiar.
Não, não estranhe, estarmos abordando este tema com tantos detalhes, pois, como já referimos, esta é uma das situações mais dolorosas de ser enfrentada quando voltar à espiritualidade.
Quem antecipa seu retorno passa por um processo de extrema confusão, debilidade e desespero, não consegue entender o que ocorreu, onde está e porque não pode voltar para casa.
Os seres em desequilíbrio se agregam às suas energias e tornam tudo mais perturbador. Para sair de tal situação é preciso que tenham condições mínimas de aceitar ajuda que os socorristas lhes oferecem e isto demanda um longo período, durante o qual não há como interferir.
Queremos, com estes detalhes, chamar a atenção de quem exerce a tarefa de caridade e amor, para a importância de um acolhimento responsável e atento, não esquecendo nunca que estão lidando com companheiros de caminho iguais a vocês e que necessitam ser aceitos e atendidos em suas necessidades sem julgamentos nem críticas.
A cada um que auxiliarem a permanecer no cumprimento dos desafios que aceitou estarão, também, sendo agraciados com o apoio e o reconhecimento fraterno dos Mentores Espirituais.
Quanto mais fizerem pelo outro, mais estarão fazendo por si.
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