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    Mediunidade 1 - Apostila 28

    Mediunidade 1 - Apostila 28

     

     MEDIUNIDADE  -  TEORIA  E  PRÁTICA

     

    19ª Parte

                                               

    GLÃNDULAS  -  III

    Na apostila anterior deixamos comentários sobre a importância da glândula pineal, ou epífise, nos fenômenos psíquicos.  Fizemos, também, referência ao incômodo chamado enxaqueca, que são as fortes dores de cabeça localizadas ora na base do crânio, ora no tôpo.

     

    Lembrando tudo o que se falou até aqui, podemos dizer que o SER humano é um gerador/captor de energias, e, o sensitivo, ou médium, em especial, tem em si essas forças centuplicadas.  Quando elas se movimentam ascendentemente através de sua coluna vertebral, vão se chocar com o tôpo craniano.  Nesse momento, se o chacra coronário e a epífise não funcionam a contento, surge a congestão.  O acúmulo.  Este ocasiona a forte pressão que se traduz na desagradabilíssima dor de cabeça.  O treino disciplinado para ajustar o despertamento dessas forças vai diminuindo a incidência das enxaquecas, pois facilita a fluidez energética em seus circuitos.  Havendo fluidez não ocorre congestão.

     

    Todavia, como ficou comentado na apostila 27, esse assunto será tratado com mais detalhes quando, a partir da apostila 30, os temas abordarão a parte prática da mediunidade.  Por enquanto estamos analisando só o instrumental humano.

     

    Não obstante, necessário se faz tocar num assunto de real importância, e que não deixa de estar relacionado com o funcionamento dos chacras e das glândulas.  É  a respeito do despertamento da paranormalidade nas crianças e nos adolescentes, pois, observa-se que pelo evoluir psíquico com que as novas gerações vêm surgindo, cada vez mais jovens e crianças se acham envolvidos com os fenômenos da paranormalidade.  Assim, achamos conveniente, como medida preventiva para os pais e educadores, comentar desde agora  sobre esse acontecimento nas crianças e nos adolescentes.

     

    Nas idades compreendidas entre a infância e a adolescência, o SER humano está vivendo uma contínua transformação.  Tanto no corpo como na área emocional, com o fim de tornar-se apto às funções do adulto a que está destinado.  Vivem, portanto, em estágio de instabilidade.  Em busca de definições.  É também preciso lembrar que todo o sistema endócrino, na fase referida, trabalha para dotar o organismo dos atributos que ele necessitará na futura etapa, a de adulto.  Assim, nesses primeiros 21 anos de vida o conjunto glandular estará ocupadíssimo com essa função primordial de aperfeiçoar o instrumento para a completa manifestação  do espírito ali encarnado.  Isto é, dotar o corpo humano de todos os atributos que, em adulto, o espírito usará para desempenhar sua existência na Terra. 

     

    Nesse contexto, as anotações dessas apostilas, desde a 26, demonstram a intrínseca ligação entre os chacras e as glândulas, que, por conseguinte, é a demonstração da interligação entre espírito e corpo através desse mecanismo chamado psiquismo, qual seja, órgãos físicos conectados a dispositivos etéricos.  Por conseqüência dessa conexão  também podemos dizer que é a forma do ser humano interligar-se aos demais planos existenciais.

     

    Na criança, de zero a 7 anos, os chacras estão quase que inativos, se comparados aos do adulto.  São como pequenos botões de rosa.  A partir dos 7 até os 21 anos começam e terminam o desabrochar.  Até então todo o organismo funciona pelo impulso do instinto animal.  Algo como um automatismo da espécie, regulado pelos ciclos solares e lunares, tal como acontece com os vegetais e com os animais irracionais.  Até atingir a idade maior dos 21 anos, a natureza, conservando os chacras pouco ativos, proporciona ao corpo infante e ao adolescente uma proteção contra invasões impróprias à idade.  Isto é, transferências indesejáveis de energias através dos chacras.

     

    Tratando apenas da criança em seu período desde o nascimento até os sete anos, podemos informar que é a fase em que ela estará consolidando os elos vitais de seu corpo Físico com o corpo Astral.  Esses elos, importantíssimos, estabelecem as bases da saúde para toda a encarnação prevista.  Além disso, nesses primeiros anos, a criança, subconscientemente, estará ensaiando uma vivência para os anos futuros, que vão sendo representados através de seus brinquedos.  Nessa fase a orientação dos pais não deve ser exagerada em proteção e nem permitir que haja competitividade entre irmãos e os amigos.  É preciso saber  contrabalançar as atenções a serem dispensadas aos filhos com as exigências de cobrar-lhes os resultados das obrigações que lhes são próprias.

     

    Pois bem, se apenas considerando a fragilidade física de uma criança se tornam recomendáveis as orientações acima, muito mais necessárias serão englobando nesse viver também os riscos das influências extra-físicas.  Como os laços entre o corpo Físico e o corpo Astral ainda não estão bem consolidados, mediante uma exagerada excitação que se possa provocar na criança, facilmente ela se tornará vítima de entidades oportunistas.  Resulta, daí, a possibilidade de se instalar o fenômeno do transe incorporativo que, na criança, quase sempre é muito espontâneo e imperceptível aos pais.  Por isso, difícil a eles diagnosticarem, e entenderem, a causa da mudança intempestiva e temperamental do filho.  Como mediunidade, ou canalização, é o entrelaçamento energético entre dois ou  mais espíritos, o encarnado e um desencarnado, às vezes, mais de um desencarnado, via corpo Astral e chacras, nas crianças de tenra idade isso violentaria a estabilidade daquela proteção que a própria natureza cria para o ser humano.

     

    Em se tratando do período entre os 7 e os 21 anos, podemos lembrar que nessa etapa vão se tornando mais fortes os elos entre corpo Físico e corpo Astral.  Por outro lado também cresce o transformismo emocional, pois o espírito encarnante tendo mais definidos seus canais de manifestação, transfere as tendências que estão arquivadas no corpo Astral, herança de outras vidas, para suas atitudes no corpo Físico.   É, marcadamente, o período das mudanças da personalidade.  O SER velho, habitante do corpo Astral, começa a mostrar suas unhas via corpo Físico.

     

    É a época propícia para os pais incutirem noções de responsabilidade, como tentativa de corrigir as possíveis tendências irresponsáveis gravadas no inconsciente e provindas das encarnações anteriores.  Dissemos, “como tentativa”, pois os pais lutam em inferioridade de condições nessa arte de educar os filhos, já que o MUNDO externo ao lar é muito mais poderoso nas influenciações.  A chamada  civilização bombardeia o jovem e o adolescente com sedutoras e excessivas futilidades desorganizando-lhe a formação de uma mentalidade mais apropriada à evolução cósmica do SER.  Portanto, deseducando-o e massacrando os pais.

     

    Por tudo isso, também esse período se torna fértil em assédios paranormais, ou psíquicos, nem sempre detectados como tal pelos pais, pelos educadores e pelos profissionais da saúde mental.  A confusão parte do princípio de que a excitabilidade do chamado mundo moderno, como  vimos nas apostilas 24 e 25, abrem os chacras dos já, de princípio, desprotegidos jovens, tornando-os presas fáceis das entidades ávidas em taras e vícios de todas as espécies.

     

    Os adolescentes menos protegidos, familiar e religiosamente falando, quase sempre cairão em estado definitivo nessas garras destruidoras, e delas jamais se libertarão.  Seus corpos se transformam em hospedaria de baixa qualidade, onde inúmeros hóspedes exalarão e exibirão suas vis intenções.  Os sintomas mais característicos nos jovens e adolescentes, quando atingidos por esse veneno energético, são:  inquietação exagerada, desobediência irrestrita, alienação ambiental, depressões e violência.  Sem falar nos vícios e degradação moral.

     

    Devemos, também, fazer referência aos chamados acontecimentos de efeitos físicos, ou poltergeist.  Estes acontecimentos apresentam sons de pancadas, ou ruídos de outras maneiras, pedras que são atiradas, objetos, e até móveis  que caem, chamas que se acendem.  Todos eles por efeito espontâneo no plano físico.  Nenhuma pessoa os provoca.  O surgimento desses efeitos se dá pela ação de entidades que se associam, energeticamente, a humanos jovens.  Elas são capazes de manipular fluidos extra-físicos associados aos fluidos físicos, e as crianças e os adolescentes são os  melhores agentes para coadjuvarem essas ocorrências.  Neles está em ebulição a produção dos hormônios do crescimento os quais, associados aos fluidos extra-físicos, facilitam a produção de tais efeitos.  Por isso, onde ocorrem esses fenômenos há sempre a presença de uma ou mais crianças, ou adolescentes.  As entidades que provocam esses tipos de manifestações são, ou brincalhonas ou maldosas.  No entanto, seja a entidade de uma qualidade ou de outra, o desfecho é sempre desagradável.

     

    Para demonstrar que é real a existência dessa associação, temos no O Livro dos Médiuns, livro este muito utilizado pelos praticantes da Doutrina Espírita, em seu capítulo V, item 98, informações preciosas, nas quais esclarece que a produção de efeitos físicos paranormais se dá com a associação das energias emanadas do espírito manifestante com as do agente humano.  Não se concretizando essa associação não se torna possível ao espírito provocar os fenômenos que chamam a atenção das pessoas.

     

    Também se torna interessante a leitura do livro Poltergeist, de autoria do renomado e saudoso pesquisador Hernani Guimarães Andrade, e editado pela Editora Pensamento.

     

    Como vemos, ainda há muito em oculto por detrás desse fenômeno de intercâmbio com o mundo espiritual, e com a vida como um todo.  Antes de entendermos perfeitamente os feitos que nos são visíveis, muito teremos que aprender das causas que são ocultas.

     

    Em razão dessa complexidade, e voltando à exclusiva questão do despertar paranormal nas crianças, a recomendação geral, obtida na fonte de vários pesquisadores, é de que esse despertamento deve ser evitado.  Não esqueçamos que a atividade paranormal, ou mediúnica, é resultado da ação de uma somatória de energias sobre um agente físico.  Isto é, um acréscimo de energia sobre uma determinada pessoa.  Ora, para resistir a esse acréscimo de energia sem sofrer nenhum dano é necessário que o organismo já esteja em seu completo desenvolvimento e em perfeito funcionamento, o que não se dá com as crianças, pois nestes todos os órgãos ainda estão em formação.  Principalmente a função psíquica.  Desta forma, no caso de ocorrer um despertamento, elas, as crianças, seriam presas muito vulneráveis, com possibilidades de sofrerem danos irreparáveis.  Portanto, uma questão a ser inteiramente evitada.

     

    Nas apostilas 04 e 05 abordamos o tema A Consciência e a Energia quando discorremos sobre entropia, ou o princípio da desordem.  Ali ficou esclarecido que os dispositivos auto-reguladores, próprios do organismo humano, impedem a desagregação celular  mesmo  durante a  ocorrência do acréscimo de energia durante uma manifestação mediúnica.  Entretanto, frisamos que tres fatores contribuem para a não ocorrência da desagregação, e que podem ser revistos na folha 02 da apostila 05.  Em resumo, só uma pessoa adulta tem condições psíquicas e orgânicas de estar inteiramente inserida naqueles fatores.  De uma criança, ou de um adolescente, não podemos esperar o mesmo, dada a fragilidade de seus organismos e da insipiência de seus psiquismos.

     

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    Diante do que foi exposto nas apostilas 26, 27 e nesta, vemos que são muito delicadas as circunstâncias que envolvem o fenômeno da mediunidade.  Seja nos adultos ou nas crianças.  Quanto às crianças, especificamente, nem pensar em desenvolvê-las.

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    Bibliografia:

    Allan Kardec – O Livro dos Médiuns, questões 98 e 221.6  -  O Livro dos Espíritos, questões 218 e 221 e capítulo 7, ambos editados pela Livraria Allan Kardec Editora.

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier – Mecanismos da Mediunidade, págs. 83 e 104  -  Evolução em Dois Mundos, págs. 66, 67, 69, 72 e 98  -  Missionários da Luz, capítulos I e II  -  Ação e Reação, págs. 254 e 255  -  No Mundo Maior, pág. 136  -  Nos Domínios da Mediunidade, pág. 33, todos editados pela Federação Espírita Brasileira.

    Emmanuel/Francisco Cândido Xavier – Roteiro, página 33, editado pela Federação Espírita Brasileira.

    Elza Baker  -  Cartas de um Morto Vivo, págs. 80 e 148, Livraria Allan Kardec Editora.

    Hernani Guimarães Andrade – Poltergeist – editado pela Editora Pensamento.

    Jorge Andréa – Forças Sexuais de Alma – capítulo III, editado pela Federação Espírita Brasileira.

    Lancellin/João Nunes Maia – Iniciação Viagem Astral, págs. 97, 100, 114, 126, 136, 218, 287 e 349, editado pela Editora Espírita Cristã Fonte Viva.

    Miramez/João Nunes Maia – Horizontes da Mente, págs. 37, 39, 70, 96 e 186  -  Segurança Mediúnica, págs. 11, 12, 51, 104, 126, 141 a 144 e 147.  Ambos editados pela Editora Espírita Cristã Fonte Viva.

    Helena Petrovna Blavatsky – A Doutrina Secreta – vol. III págs. 135, 312 à 319  -  Isis sem Véu, vol. I pág. 480, ambos editados pela Editora Pensamento.

    Annie Besant – A Vida do Homem em Tres Mundos, pág. 90  -  O Poder do Pensamento, págs. 24 e 25  -  O Corpo Etérico do Homem, págs. 25, 26 e 27, todos editados pela Editora Pensamento.

    Arthur E. Powell  -  O Corpo Astral, página 33, Editora Pensamento.

    Charles W. Leadbeater – Os Chacras, página 41, Editora Pensamento.

    Hiroshi Motoyama – Teoria dos Chacras, página 202, Editora Pensamento.

    Zulma Reyo – Alquimia Interior, págs, 85, 86 e 179, Editora Ground.

    Bil Schul e Ed Pettit – O Poder Secreto das Pirâmides, págs 32 e 33, Editora Record.

    1. Norman Pearson – O Espaço, o Tempo e o Eu, edição particular do autor.

    Waldo Vieira – Projeciologia – capítulos 86, 191 e 236, editado pelo autor.

    Apostila escrita por

    LUIZ ANTONIO BRASIL

    Maio de 1995

    Revisão em Dezembro 2006

    Distribuição gratuita citando a fonte

     

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