Mediunidade 1 - Apostila 13

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Mediunidade 1 - Apostila 13

 

 MEDIUNIDADE  -  TEORIA  E  PRÁTICA

4ª Parte

 

CORPO  ASTRAL


Do mesmo modo como o corpo Físico é o instrumento de manifestação da consciência no plano Físico, ou no mundo matéria como o chamamos, assim também é o corpo Astral como instrumento de manifestação dessa mesma consciência no plano Astral.  Conforme a figura 12A, ele se situa entre o corpo Físico e o corpo Mental.

Vejamos, agora, o porque da necessidade da existência desse corpo.  Conforme estabelecemos desde a figura 10A  na apostila 10, a consciência, ou o espírito, embora permanentemente permanecendo apenas em seu plano específico, o plano Monádico, só se efetiva a evolução desse princípio divino na proporção de suas experiências decorridas em todos os demais planos naquela figura representados. 

Ora, como é óbvio imaginar, já que ela permanece  tão só no plano Monádico, a única maneira de vivenciar experiências em outros planos só o fazendo através de corpos específicos que venham de se localizar em cada um dos respectivos planos.

Sem utilizar-se de corpos não seria possível ao Espírito exteriorizar-se em cada um daqueles outros planos, pois a essência de que é formado supera, em vibrações, toda e qualquer forma energética da qual os mesmos são constituídos.  Sem os corpos a ação do Espírito seria, continuamente, imperceptível, como também ele não poderia, de cada um daqueles ambientes, colher impressões.

Como também, não havendo corpos, desnecessário seria a existência dos vários planos existenciais. Contudo, aí está: existem os planos e existem os corpos.  Conclusão: como designação básica, os planos e os corpos são necessários à evolução do Espírito, e constituem para ele, por isso mesmo, algo imprescindível.  Comparativamente, assim como o oxigênio do ar o é para nós, os seres animados da Terra.

Logo, por decorrência dessa conclusão, o corpo Astral é o elemento fundamental para a manifestação da consciência no correspondente plano Astral.  Esta razão também se prende a um fato intrigante, conquanto interessante.  Vejamos.

A grande massa humana não avalia a grandiosidade e complexidade do sistema de vida existente no plano Astral.  A massa despreocupada imagina que após a morte do corpo Físico o Espírito passe a viver solto, descompromissado, nos campos celestiais, ou infernais, conforme o conceito de cada um. 

Não é bem assim, porém.  O plano Astral é pontilhado de cidades; grandes, médias e pequenas.  Nestas, há todo um complexo comunitário-social em muito semelhante ao que estamos habituados.  São residências, ruas, núcleos fabris e educacionais, centros hospitalares e religiosos.  Além dos naturais recursos geográficos, como rios, mares, montanhas e florestas.  Tudo isso, evidentemente, numa dimensão de matéria imperceptível aos sentidos humanos, todavia, inteiramente apropriado aos sentidos dos ali viventes.  Enfim, resumindo, uma grandiosidade inexprimível em nossas palavras.  Não obstante, é em tal mundo que vivem os humanos, nas suas horas de sono, ou viverão, quando em definitivo o corpo Físico perecer.

Portanto, pelo acima descrito, mesmo que de forma sucinta, dá para compreender que a vida não cessa com a morte.  Muito ao contrário, ela se intensificará em atividades, obrigações e responsabilidades.  Sendo assim, para bem desempenhar suas atribuições no mundo Astral, o Espírito dispõe desse sensacional ajudante: o corpo Astral.

Façamos uma descrição do mesmo.

Aparência  -  Tem a mesma forma, e portanto, a mesma aparência do corpo humano.  Entretanto, possui uma plasticidade facilmente amoldável pela mente de seu possuidor, o que não acontece com o corpo Físico que é rígido na forma.  Devido à plasticidade, o Espírito, segundo sua vontade, pode modificar a aparência de seu corpo Astral, fazendo-o nas seguintes hipóteses: 

  1. a) – manter a aparência de sua última encarnação na Terra;
  2. b) – reconstituir sua aparência para uma forma anterior à sua última encarnação na Terra;
  3. c) – criar para si qualquer forma de aparência que desejar.

Atributos  -  O corpo Astral possui os mesmos órgãos existentes no corpo Humano.  Correspondentemente, também tem um cérebro, um coração, fígado, rins, etc, para só falarmos nestes.

 

Constituição Molecular  - 

É constituído de matéria em estado vibracional superior, isto é, menos densa, à matéria do corpo humano.  Por isso, embora seus órgãos sejam exteriormente semelhantes aos órgãos do corpo Físico, têm, porém, funcionamento mais aprimorado.  Evidentemente, um funcionamento adequado à vivência num plano de dimensões acima do mundo de três dimensões, como é a Terra física.

Vejamos isso num exemplo:  O plano astral é constituído por quadro dimensões.  Circunstância dificílima de ser concebida por nós, os encarnados, em razão da inadaptação sensória de nossos órgãos.  Entretanto, o corpo Astral, como é de natural, está inteiramente apropriado aquele ambiente.  Tanto é assim que a visão obtida com o corpo astral não é unidirecional como ocorre aos olhos do corpo humano.  Sem a necessidade de mover a cabeça visualiza-se em todas as direções, inclusive atrás.  Qualquer objeto, quando focalizado, será visto em todas as suas faces, como se estivesse desdobrado.  Na figura 13A  ilustramos uma tentativa de representar essa modalidade de visão. 

 

Nela temos um cubo, ou sólido geométrico de seis faces, que o chamamos de dado.  Com a visão do corpo humano, o máximo que conseguirmos ver, simultaneamente, são três faces do cubo, como representado pelo desenho “1”.  O corpo Astral, com a amplitude de visão que possui, vê, simultaneamente, as seis faces do cubo, desenho “2”, como se ele, o cubo, estivesse desdobrado. 

Não numa visão chapada como o desenho representa, e sim, vê as seis faces numa perspectiva indescritível.  Isso é possível porque as células do corpo Astral permanecem em constante movimento, proporcionando uma variação funcional a todas elas.  Ou seja, não são células estáticas e especializadas, como as do corpo Físico, onde as células da visão se situam só no globo ocular.  As células que compõe o corpo Astral exercem, todas elas, igualmente todas as funções sensórias.

Portanto, para ver um objeto ou ouvir um som, mesmo este colocado atrás da pessoa, esta não precisa virar a cabeça.  Basta dirigir sua atenção para aquele ponto de interesse.  Este é apenas um pequeno exemplo que, com maior detalhe trataremos no estudo dos chacras.

 

Características Principais  -  Interpõem-se entre o corpo Mental e o corpo Físico.  A ele estão agregadas as extremidades dos cordões de Ouro e de Prata, interligando-o a aqueles dois outros corpos, respectivamente.    Faz parte, portanto, da ponte entre a consciência total do indivíduo e o seu cérebro humano. 

  No corpo Astral estão arquivadas as fontes de nossas tendências mais imediatas.  Por isso é chamado pelos tibetanos de “o corpo das sensações e dos desejos”.   Dele se origina a simpatia humana pelo prazer fácil e doentio.  Tudo que na vida humana tem conotação de exagerado, degenerativo, violento, pervertido e sedutor, vem das entranhas encravadas no corpo Astral.  Origens obtidas em vidas anteriores.

 

Característica Peculiar  -  Pela posição que ocupa, e que está demonstrada na figura 12A, na folha 1, denota-se que o corpo Astral preexiste ao corpo humano.  Além disso, ele é a forma na qual se molda o corpo humano.  Ou seja, é o molde reencarnante do SER.

Durante a fase em que o SER vive no plano Astral, seu corpo Astral se acha revestido de substâncias resistentes e apropriadas aquele viver.  Quando se iniciam os preparativos para reencarnar inicia-se, também, o descarte dessas substâncias.  O corpo Astral perde parte de si.  Perde o que era, como se disse acima, apropriado apenas ao viver naquele plano.  Uma vez terminado o processo de descarte passa a restar unicamente o arcabouço daquele corpo.  Nesse momento principia o encolhimento, ou miniaturização do corpo Astral, processo que em linguagem esotérica é chamado de restringimento.

Atingindo o ponto máximo de restringimento, quando, para as dimensões humanas, se torna microscópico, é depositado na matriz uterina de sua futura mãe e, simultaneamente, começa a receber as células mater do novo corpo humano que aquele espírito usará na Terra.  Inicia-se, daquele momento em diante, o processo de inflagem.  Vestindo-se das células do ambiente físico, fornecidas pela gestante, o corpo Astral começa a se expandir e a dar forma ao novo corpo que o Espírito utilizará na nova vida na Terra.

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Bibliografia: 

Autor

Livro

Editora

Allan Kardec 

O livro dos Espíritos  -  questões 93 a 95 e 245 

Livraria Allan Kardec Editora

Allan Kardec 

O Livro dos Médiuns,  2ª parte, cap. I perg. 1º item 56

Livraria Allan Kardec Editora

Allan Kardec 

Obras Póstumas, capítulo “Manifestação dos Espíritos

Livraria Allan Kardec Editora

Annie Besant 

Reencarnação 

Editora Pensamento

Annie Besant 

O Homem e seus Corpos 

Editora Pensamento

Annie Besant 

A Vida do Homem em Tres Mundos 

Editora Pensamento

André Luiz/Francisco C. Xavier 

Nosso Lar 

Federação Espírita Brasileira

André Luiz/Francisco C. Xavier 

Missionários da Luz 

Federação Espírita Brasileira

André Luiz/Francisco C. Xavier 

Evolução em Dois Mundos 

Federação Espírita Brasileira

André Luiz/Francisco C. Xavier 

Entre a Terra e o Céu, págs. 84, 126 e 132

Federação Espírita Brasileira

André Luiz/Francisco C. Xavier 

Nos Domínios da Mediunidade 

Federação Espírita Brasileira

André Luiz/Francisco C. Xavier 

Mecanismos da Mediunidade

Federação Espírita Brasileira

Arthur E. Powell 

O Corpo Astral 

Editora Pensamento

Charles W. Leadbeater 

O Plano Astral 

Editora Pensamento

Charles W. Leadbeater 

Os Chacras 

Editora Pensamento

Helena Petrovna Blavatsky 

A Doutrina Secreta,  volumes  I  e  II 

Editora Pensamento

Hernani Guimarães Andrade 

Espírito, Perispírito e Alma 

Editora Pensamento

Lancellin/João Nunes Maia 

Iniciação Viagem Astral. Págs. 116, 123, 142, 158, 166, 168, 192, 193, 241, 275, 278, 304, 307, 318, 338 e 372

Editora Espírita Cristã Fonte Viva

Léon Denis 

No Invisível,  1ª parte, capítulo III 

Federação Espírita Brasileira

Léon Denis 

O Problema do Ser, do Destino e da Dor,  1ª parte, capítulo IV

Federação Espírita Brasileira

Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Pereira Franco 

Loucura e Obsessão

Federação Espírita Brasileira

Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Pereira Franco 

Nas Fronteiras da Loucura 

Livraria Espírita Alvorada Editora

Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Pereira Franco 

Painéis da Obsessão

Livraria Espírita Alvorada Editora

Miramez/João Nunes Maia 

Horizontes da Mente, págs 96 e 186

Editora Espírita Cristão Fonte Viva

Ramatis/Hercílio Maes 

A Vida Humana e o Espírito Imortal

Livraria Freitas Bastos

Waldo Vieira 

Projeciologia, capítulos 104, 105, 106, 107 e 108

Edição do Autor

 

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Apostila escrita por

LUIZ ANTONIO BRASIL

Maio de 1995

Revisão em Julho 2006

Distribuição gratuita citando a fonte

 

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