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Entendendo as Dores 1

Entendendo as Dores 1

Primeira Dissertação de Henrique (espírito)

Texto psicografado em 2005

Queridos Irmãos,

Hoje faz exatamente sessenta anos que estou na condição de desencarnado.

Os primeiros momentos me pareceram muito estranhos.

Quando se está acostumado ao peso do corpo físico é difícil de acostumar com a leveza do ser ao desvencilhar-se deste fardo.

Todavia, com o passar do tempo, fui me acostumando e hoje posso dizer que já estou apto a viver e me locomover na esfera espiritual.


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Durante o período inicial, me mantive preso a crosta terrestre, fato comum aos espíritos que aqui vivem.

Retornando à minha casa, encontrei mulher e filhos chorando copiosamente e não entendi o porquê daquilo tudo. Eu podia ver a todos e que tudo estava bem.

Caminhando ao derredor da minha família, percebi que ninguém percebia a minha presença, fato que considerei muito estranho. Somente entendi o que havia ocorrido quando pude perceber uma multidão que se acercava de mim, dentre eles alguns parentes já falecidos.

Minha desencarnação se deu repentinamente. No ambiente de trabalho, por causa de um movimento em falso, devido à falta de atenção, precipitei de uma altura de dez metros, me estatelando no chão. Ainda acho muito curioso eu não ter percebido o que ocorrera.

Vivendo no outro plano, posso vislumbrar agora o que nem imaginava antes.

Portanto, gostaria muito de poder contar a minha história. Se for permitido e eu encontrar campo propício, virei a esta reunião mais vezes.

Desde já agradeço a atenção.
Um abraço fraterno a todos.

O período inicial, isto é, os primeiros momentos após reconhecer que desencarnara, foram muito difíceis.

Conceber que a vida continua é muito difícil; deixar tudo para trás enche o ser com um vazio imensurável.

Mente e peito parecem que vão explodir de tão vazio.

Reconheço que o que foi dito parece um contra-senso, afinal, algo vazio não explode, porém a sensação que invade somente pode ser descrita desta forma.

A ansiedade e a revolta propiciam momentos de muita angústia. Diante do fato imutável da morte física somente uma pergunta ecoa no cérebro: O que fazer?

Para a grande maioria da população, aquela que nunca devotara algum tempo para analisar questões que somente agora consigo dar a devida importância, o despreparo é desolador. A sensação que invade é de que se vai enlouquecer.

Mas isto não acontece.

Passados estes momentos que, apesar de se dizer iniciais, mais que podem perdurar por tempo indeterminado, é possível, então, iniciar o processo de pacificação.

Todavia, antes de adentrarmos nesta segunda etapa, seria interessante considerarmos as práticas que podem ser adotadas para atenuar o sofrimento arrebatador.

Obviamente que o melhor que se pode fazer seria o preparo adequado durante a encarnação.

Para esta finalidade, doutrinas como o Espiritismo é uma ferramenta muito útil, talvez até indispensável.

Porém, o estudo pelo simples estudo, a freqüência pela simples freqüência não bastam.

 

A dedicação é fundamental. Tudo aquilo que é assimilado deverá, antes de tudo, ser “digerido”.

 

Momentos de meditação é a fonte fecunda para que o conhecimento se solidifique nos intrincados mecanismos da mente.

Queridos irmãos,

Ao me encontrar na condição de desencarnado, foi grande a dificuldade de aceitação.

A revolta tomando conta do ser faz com que a mente fique embotada, estando, então, sujeito às maiores desventuras.

A mente envolvida na revolta nos remete imediatamente à comunhão com espíritos também revoltados.

Por mais incrível que possa parecer, existe uma região no espaço que, embora já tenha estado lá numerosas vezes, não saberia localizar nem, tampouco, trilhar algum caminho que até lá conduzisse.

Este local é o ponto de reunião onde se encontram espíritos com o mesmo pensamento, isto é, vivendo na revolta.

Não me deterei na descrição de tal local, haja vista a infinidade de relatos em livros espírita.

Porém, o que realmente considero interessante a relatar é o mecanismo pelo qual o espírito, que durante longo tempo seria eu mesmo, transita entre este local e pontos na crosta terrestre que lhe sejam de interesse.

Este é o motivo pelo qual, muitas vezes, quando questionado, um espírito ainda equivocado não sabe responder com alguma precisão onde realmente habita.

Retornando ao ponto, sendo arremetido a este local de reunião e lá permanecendo durante algum tempo, a mente, invariavelmente, consegue focar questões específicas de seu interesse; questões estas relacionadas com locais ou pessoas ainda encarnadas.

À primeira vista, a nítida impressão que se tem, é que simplesmente se desapareça do local onde estava para, imediatamente após, aparecer onde desejara estar.

A princípio, o indivíduo não é capaz de compreender o ocorrido e permanece durante algum tempo em estado de perturbação para, momentos depois, recobrar o sentido completamente e ser capaz de agir.

O que ainda continua sendo interessante é que, depois de cumprida a tarefa a que se propunha, a mente, novamente aturdida por pensamentos mil, o espírito retorna, também imediatamente, àquele ponto de encontro que citamos anteriormente.

A cada “viagem” deste tipo o indivíduo vivência momentos de perturbação, com o qual acaba por se acostumar e não mais é motivo de incômodo.

É fora de dúvida que os caminhos do espírito ainda são desconhecidos no mundo material.

A possibilidade de transpor espaços incomensuráveis apenas com a simples ação do pensamento é uma dádiva que não podemos compreender. Assim, as possibilidades aumentam em muito.

Para se poder compreender, ou melhor, ter uma pálida idéia de quão grande vantagem isto traz, podemos comparar, mesmo que superficialmente, com os avanços nas comunicações via satélite, e que se vulgarizaram através da rede mundial de computadores.

Hoje em dia é possível se comunicar em tempo real, enviando som e imagem, com o outro lado do mundo, estreitando relacionamentos que, em outros tempos seriam necessários meses para que uma única pergunta fosse respondida. Aqueles que possuem acesso a este benefício não mais conceberiam a vida sem ele.

Agora imaginemos se, não apenas fosse possível enviar som e imagem, mas poder ir, pessoalmente, até o local que necessita ou deseja, encontrar entes queridos e amados, estudar vivenciando o próprio local.

As mais das vezes, dependendo da necessidade e da importância do estudo ou trabalho, é possível vivenciar fatos históricos no momento em que ocorrem.

Isto mesmo, pode soar estranho para o ouvido de muitos, mas, para o espírito, o tempo perde o sentido que lhe é atribuído na Terra.

Não, meus caros irmãos, não estou louco, pelo menos ainda não.

A partir do momento que o indivíduo não está mais preso a uma dimensão espaço-temporal qualquer, é-lhe possível transitar livremente por ela.

Tais noções são ainda de difícil aceitação, mas, com o tempo, se tornarão banais.

As limitações impostas a alguém estão diretamente relacionadas com a limitação imposta pela matéria que o envolve. Então, quanto menos matéria, mais livre ele estará.

Vamos tentar esclarecer um pouco sobre este assunto.

Quando na situação de encarnado, como vocês se encontram no momento, é impossível transitar de forma eficaz, afinal de contas é preciso carregar um grande fardo, o corpo físico que se arrasta pela superfície.

Este corpo fica limitado pelas forças que atuam sobre ele; estas forças são provenientes da matéria em si, necessárias para que esta permaneça coesa.

Tais forças obedecem a certas leis que não podem ser violadas, todavia, existem muitas “janelas” em que é possível observar que algo além existe.

As forças acima referidas foram muito estudadas e são apresentadas nos livros didáticos, estando muito bem documentadas.

Agora, a partir do momento que o indivíduo se libera destas forças, seja através da desencarnação ou durante o sono, é possível transitar livremente.

É óbvio que é necessário aprender como se faz.

Contudo, não nos iludamos a respeito de uma liberdade sem limites, pois estamos sujeitos a outras leis, também de natureza física.

Nascedouro nos intrincados mecanismos do âmago da matéria, na sua forma mais sutil, as forças de coesão existem em uma escala diferente da que é encontrada na matéria física da Terra.

Apesar de, à primeira vista, considerar que seria forças mais sutis, o contrário é que se encontra na escala vibratória imediatamente acima da estrutura material terrena.

A matéria em si mesma é mais sutil, porém, não as forças que atuam sobre ela.

Aprofundando o raciocínio, é muito fácil de perceber que estruturas maiores são mais facilmente dissociáveis, enquanto que as menores são de mais difícil acesso.

Tomemos uma barra de ferro, por exemplo, qualquer pessoa, com o auxílio de uma serra, poderá parti-la em vários pedaços, todavia, não é nada trivial promover a ruptura de um átomo de ferro em suas diferentes partes.

Assim sendo, podemos considerar que a matéria física tão comum no ambiente terreno é sustentada pela matéria física sutil.

Uma apoiada sobre a outra. Como na construção de uma pirâmide, a base deverá ser sólida para sustentar o peso de toda uma estrutura que sobre ela se apóia.

Prosseguindo com o nosso raciocínio, percebemos o quanto é frágil a matéria terrena. As construções se deterioram muito rapidamente, necessitando de reparos constantes; o corpo humano, similarmente, apresenta uma estrutura muito frágil.

Isto ocorre porque as forças que sobre ela atuam são fracas, cedendo à leve pressão que age sobre ela; esta pressão é ocasionada pelo seu próprio peso.

Observando mais atentamente, perceberemos que a estrutura material macroscópica desaparece, permanecendo a estrutura microscópica. Assim, passamos a considerar as estruturas mais sutis como sendo mais duradouras e mais fortes.

Neste processo, também é possível de perceber que os espíritos mais evoluídos cuidam para que sua interferência no mundo material terreno não seja motivo de desestruturar esta matéria devido ao hábito adquirido por atuar em estruturas mais sólidas, que são as mais sutis.

Jesus, quando decidiu reencarnar há mais de dois mil anos, necessitou adequar o seu pensamento para atuar sobre a matéria fraca.

Ao longo dos anos este processo foi traduzido pela mente humana como a necessidade de adensar o perispírito.

Porém, o perispírito se torna mais denso conforme o pensamento foi adestrado a agir de forma mais branda sobre a matéria, permitindo, assim, que a estrutura fraca se “depositasse” ao seu entorno, formando as chamadas “camadas perispirituais”.

Um espírito da envergadura de Jesus é capaz de abrandar a vibração mental sem, todavia, alterar sua capacidade de entendimento nem, tampouco, alterar o cabedal moral que traz consigo.

Vale ressaltar que esta proeza não é possível para espíritos menos gabaritados, pois incorreria no risco da desestruturação mental, dando ensejo as mais diferentes distonias que necessitariam de muito tempo para serem reparadas.

Baseados neste entendimento é que estaremos capazes de compreender a ação dos espíritos desencarnados sobre a matéria e a sua capacidade de trânsito através do espaço quadridimensional.

Quando nos referimos a matéria que, sob ação mental dos espíritos, podem assumir diferentes formas e diferentes características, estamos, em realidade, nos referindo ao espaço quadridimensional, onde o fluido se encontra espargido e sobre o qual atuamos.

Assim sendo, através de processos mentais ainda de difícil compreensão, o espírito, sabedor dos processos em questão, poderá atuar neste espaço, fazendo que ele se desloque sobre um dos eixos.

Atuando sobre o eixo temporal, todo o restante se deslocará para o ponto onde este, o espírito, desejar.

Tal procedimento, como já dissemos, somente pode ser efetuado pelos espíritos que já atingiram certo grau de amadurecimento.

Em linhas gerais, poderíamos dizer que, fixando três eixos, é possível atuar sobre o quarto, fazendo com que este se desloque até que atinja o ponto de interesse.

Por mais estranho que possa parecer, este processo é altamente viável, basta que analisemos a questão destacadamente.

Alguns médiuns, mesmo não sendo muito elevado, apresentam esta capacidade, é a presciência, quando, devido a uma necessidade reencarnatória, vem com esta capacidade potencializada no seu perispírito.

O médium difere do espírito elevado porque o segundo sabe fazer, enquanto que o primeiro não o sabe e, ao término da reencarnação, não poderá, ou melhor, não saberá produzir o fenômeno novamente.



Se ver o presente e o passado é comum para alguns médiuns, o que não dizer do espírito elevado?



Nota do médium:

Tal explicação pode parecer um contra senso, haja vista que outros indivíduos continuam sua existência.

Porém, na teoria da relatividade restrita, tal efeito também se vê patente.

Para cada observador, um mesmo fenômeno se apresenta diferentemente.

Poderíamos, então, dizer que espíritos medianos sabem agir sobre três dimensões, que são: altura, largura e comprimento; enquanto que os mais elevados agem sobre as quatro atualmente conhecidas na Terra.

Assim sendo, para os espíritos medianos existe a possibilidade de se deslocarem pelo espaço, como se diz, com a velocidade do pensamento.

Apresentando o fenômeno corretamente, diríamos que ele, o espírito, não se desloca, mas sim o espaço.

Isto é, fixando duas dimensões, a terceira estará livre para correr de um lado ao outro.

Por isso que, não raro, o espírito não sabe como chegou a determinado local, nem, tampouco, o caminho percorrido.

A condução de uma existência física mais adequada garantirá ao espírito uma condição mais amena durante os momentos iniciais do pós-morte.

Quando nos referimos à “conduta adequada” não queremos dizer uma vida de santificação, haja vista que somos espíritos imperfeitos, iniciantes na escalada evolutiva após recebermos o livre arbítrio e a consciência da nossa individualidade, porém, mesmo ainda iniciantes, há chegado o momento que o esforço se faz necessário.

Com o grande avanço tecnológico e científico, a humanidade já é capaz de usá-lo para o benefício de todos, minimizando sofrimentos.

Como estamos sujeitos a uma lei perfeita em todos os sentidos, que é a lei de Deus, aqueles que ainda permanecem com a mente embotada pelo orgulho e vaidade, amealhando bens em detrimento de tudo o mais que, infelizmente, ainda são numerosos, irão, forçosamente, sofrer as conseqüências de seus atos.

Se considerarmos que aqueles que erraram no passado o fez com o conhecimento muito aquém do atual e as dores sofridas são tão grandes aos nossos olhos que causam consternação, imagine, então, como serão as dores destes que, com todo o conhecimento que alcançou irão padecer.

Meus irmãos, os que sofrem hoje necessitam de nossas preces, mas aqueles que estão equivocados hoje, os poderosos da Terra, necessitam mais ainda de nossas preces, pois padecerão o cêntuplo.

Como o planeta Terra está evoluindo, não mais comportará estes a quem mencionamos, assim sendo, irão para outros mundos ainda piores que este.

Isolados, afastados de seus entes amados e amigos, somente a desesperança para acalentá-los.

Um espírito quando é retirado de um mundo para outro inferior, necessitará sobrepujar inferioridade que não pode conceber.

A atmosfera densa deixará uma sensação sufocante que perdurará durante todo o tempo, sem condições de alento.

Retornando a mundos inferiores ao estado evolutivo que se encontra, o espírito buscará incessantemente compreender o que acontece consigo mesmo.

Reconhecendo-se como não pertencente àquele local, sem, todavia, compreender, padece de dores morais de alto teor.

Muitas vezes somos capazes apenas de enxergar o sofrimento físico que fere aos nossos sentidos.

A dor moral é infinitamente pior, pois não há remédio de efeito rápido ou, até mesmo, de médio prazo.

A dor moral necessita de burilamento em longo prazo.

O espírito sofrerá transformação de sua estrutura íntima, seus desejos e necessidades mais particulares e pessoais.

É fácil de supor que, para que isto aconteça, será necessário vivenciar situações desagradáveis.

Suplantando a si mesmo, gradativamente, o espírito se sentirá cada vez mais confiante.

Em sua estrutura íntima, o espírito apresenta ligações, por que não dizer, físicas.

Suas experiências, e as respectivas reações, promovem a aglutinação de corpúsculos espirituais de aglutininas que farão com que o padrão mental do espírito se manifeste.

Embora infinitamente sutil, essas ligações físicas são difíceis de serem quebradas para que ocorra um novo arranjo.

Como mencionado em comunicação anterior, as ligações da matéria mais sutil são mais fortes do que a que ocorre com a mais densa, por isso, a transformação íntima do espírito é tão trabalhosa e requer tanto tempo.

No entanto, essas ligações indesejáveis são ainda mais fracas do que aquelas que propiciam sua adequação às leis de Deus.

Ora, ao atingir ligações mais fortes e, conseqüentemente, mais estáveis, estas nunca se desfarão para formar as fracas novamente.

Por este motivo, ao atingir um estado qualquer de desenvolvimento, um espírito nunca regredirá para patamares inferiores, mesmo que, por motivo qualquer, necessite adquirir experiências em níveis inferiores da humanidade universal.

Essas ligações sutis que são formadas na estrutura intrínseca do espírito sem que tenhamos condições de avaliar em maior profundidade são as responsáveis pela caracterização da individualidade, muito similar, mantendo as devidas proporções, com a impressão digital do corpo físico terreno.

Em níveis superiores da evolução estas ligações já são de tal monta que caracteriza um espírito elevado, por estar em harmonia com a vontade Divina.

Entretanto, cada indivíduo carrega consigo as experiências vivenciadas, mantendo suas preferências, isto é, sua individualidade.

Nós, ainda em estágios inferiores, mantemos muitas ligações desarmonizadas e, conseqüentemente, desarmonizantes.

Neste estágio é preciso, tal qual a baleia que coloca o orifício respiratório fora d’água e, assim, poder respirar, colocarmos nossas mentes acima da desarmonia reinante em nós, para visualizarmos a real necessidade do espírito.

Até que consigamos fazer isto, permanecemos nas sombras, expiando atos ilícitos às Leis.

Quanto mais o indivíduo se demora, repetindo velhos hábitos, as respectivas ligações vão se fortalecendo, ficando cada vez mais difíceis de serem quebradas.

Ora, tal situação é inadmissível de perdurar para sempre.

Somente, então, restará uma saída para o recalcitrante: expiações cada vez mais severas, até que seja capaz de suplantar a conexão fortalecida.

Embora possa parecer um ato de crueldade, infligir punições, não é bem o que ocorre.

Sofrimento maior que qualquer expiação que seja observável externamente é aquela que somente o próprio indivíduo é capaz de avaliar.

As dores morais são indizíveis e inapreensíveis pelo pensamento comum.

Portanto, antes de ser uma punição, as expiações são as bênçãos que trarão a cura para o enfermo que, devido a ignorância, não sabe como se cuidar.

Hoje, tanto tempo após a minha desencarnação, sou capaz de visualizar todo o tempo que deixei de trabalhar para o meu desenvolvimento.



Quando encarnado, a mente do espírito fica obliterada, sem poder pensar claramente e, com isso, perde oportunidades preciosas.

Contudo, isto não serve de desculpa, pois estamos sempre em contato com os mentores que, podemos dizer, teimosamente permanecem ao nosso lado, mesmo contra todas as chances de tomarmos o caminho reto.

Assim sendo, não resta outra opção a não ser expiar as faltas cometidas para solidificar na mente aquilo que se deseja fazer.

As ligações mentais equivocadas devem ser enfraquecidas para que a ação dos mentores durante os momentos de inspiração ao recalcitrante possa ser ouvida.

O espírito mediano em seu desenvolvimento sofre a ação de dois pendores ao mesmo tempo.

  

Um deles incitando ao bem e outro ao mal.

 

Nos momentos em que necessitar optar serão aqueles referentes a provação.

Em outras palavras, primeiramente a expiação tomará a dianteira, enfraquecendo umas ligações e fortalecendo outras.

Ninguém poderá saber quando a balança tenderá no sentido das opções regeneradoras.

Nestas ocasiões é que a prova se faz necessária.

Muitas vezes, o próprio espírito se considera fortalecido o suficiente, mas, no momento exato, permite que o lado equivocado sobressaia.

Estas experiências de provação servem para que o próprio espírito possa aferir o quanto já caminhou e o quanto ainda precisa ir.

Para aqueles que sucumbem, muitas vezes, não se conscientizam que falharam durante a encarnação, porém, durante o período na erraticidade as constrições morais atingem grau tão elevado que o infrator mal consegue agüentar a si mesmo.

Se não fossem estes momentos de profundo sofrimento moral, o espírito não teria forças para superar as ligações mentais já estabelecidas.

Seguindo adiante com o processo da existência na erraticidade, após prolongado tempo como encarnado, o espírito buscará responder certos questionamentos que, até então, não havia se ocupado.



As dores morais que o assolam servem de motivo para que busque o seu aprimoramento.

 

Todos os espíritos passam por esta fieira até que, ao atingir certo grau de entendimento, buscarão o aprimoramento sem a necessidade da impulsão externa.

Nesta busca, o ser atravessa momentos de profunda dor, seguido de momentos de profunda introspecção e meditação.

Longe de tudo e de todos, o ser, só consigo mesmo, poderá elevar a mente aos céus, isto é, a Deus.

Reconhecendo-se como seu filho, parte integrante de um todo, não mais se considerando sozinho, buscará o convívio harmonioso com seus semelhantes.

O que presenciamos muitas vezes é que os espíritos revoltados e irresponsáveis agem desta forma pelo simples motivo de se sentirem sós, sós no Universo, a oprimir a mente ainda pueril.

Este tormento da solidão, mesmo que no meio da multidão, conduz a buscar o prazer físico, na ânsia de encobrir a dor.

Este prazer pode ser verificado de diversas formas, algumas muito perniciosas outras nem tanto, mas todas demonstrando a inferioridade que ainda pulsa. Álcool, tóxicos, sexo, avareza, rebeldia e tantos outros.


Felizmente, submetidos a uma lei maior, todos, mais cedo ou mais tarde, retornarão aos braços sempre abertos do Pai.

Dos fulcros energéticos do espírito emanam irradiações de variado teor, emanações estas originárias de processos mentais, responsáveis pela gama de fenômenos observáveis ou não.

Os seres ainda viventes neste orbe, em sua grande maioria, ainda conduzem suas existências crentes que as coisas acontecem independentemente de si mesmos.

Nesta abordagem, considerando-se uma nau sem capitão, sujeito à intempérie, vive irresponsavelmente, praguejando de tudo que lhe acontece com o qual não concorda ou não desejara.

Assim sendo, atribui culpa a Deus e a seus semelhantes, crendo que os outros são responsáveis pela sua desdita.

Quando atinge o estágio de vislumbrar, mesmo que de longe, a sua participação direta nos acontecimentos, passa a ponderar antes de agir.

Nos primeiros estágios nesta nova condição, é natural que se encontre confuso e temeroso, afinal, apreende certas potencialidades que, todavia, ainda não é capaz de dominar.

Caminha temerosamente, ponderando profundamente antes de cada decisão, teme errar e, conseqüentemente, se comprometer com a Lei que, forçosamente terá que se ajustar.

Com o passar do tempo, como é de se esperar, caminhará mais senhor de si.

Contudo, antes que este momento chegue, deverá vencer barreiras através do processo de aprendizado, muitas vezes doloroso, mas sempre gratificante.

É imperiosa a consciência de sua condição de aprendiz para não se fazer presa dos equívocos cometidos e não encontrar a saída.

Este é o maior escolho daqueles que se encontra em tal situação.

Crentes de terem atingido patamares elevados, não conseguem conceber que ainda são capazes de erros pueris.

Muitos sucumbem, não agüentando o peso que depositam sobre seus próprios ombros.

Não somos espíritos elevados, ainda nos encontramos na infância espiritual, por isso, não devemos tombar sob o peso do erro, mas utilizá-lo como oportunidade de aprendizado.

Quando me conscientizei de mim mesmo após o desencarne, me vi como um pária devido a tantos equívocos cometidos e me penitenciei muitíssimo.

 

 

Hoje vejo quanto tempo perdi cultivando culpas.



Errar é natural, buscar não cometê-los é o dever, cultivar o erro é tolice.

Em decorrência de um complexo reajustamento mental que se processará através da conduta condizente com o novo padrão desejado pelo espírito recalcitrante, o indivíduo poderá galgar patamares mais elevados na longa caminhada à perfeição.

Atingindo esses patamares, poderá, então, usufruir as benesses características a esse novo estado mental.

Deixando de se considerar o centro do universo, tenderá a direcionar o olhar para o seu entorno, observando aqueles que o rodeiam.

 

 

Nesse momento passará a doar atenção aos problemas alheios, esquecendo os próprios.

A mente, que até então permanecia voltada para si próprio, mantendo um circuito fechado de energia circulante de teor negativo, passará a fluir de dentro para fora, permitindo que energias purificadas possam preencher o espaço que ficou vazio.

 

Esse processo revigora o indivíduo, pois estará sempre em contato com energia renovadora.



A energia deletéria mantida estagnada é a causa de diversos males ainda existentes na crosta terrestre.

Muitos, considerando ter a causa de seus sofrimentos em existências anteriores a atual, permanecem nas trevas, tentando entrever o que, na realidade não existe.

Muitos dos erros cometidos em vidas pregressas, salvo exceções, já foram expiados antes da desencarnação e durante a erraticidade.

Ao renascer, todavia com aparas por ajustar, o espírito está muito próximo do reajustamento com a Lei, porém, devido a sua ignorância, é capaz de acumular grande quantidade de débitos, acalentando desarmonias que, em geral, não necessitaria mais vivenciar.

Quando Jesus disse: “Vá e não peques mais”, proferia a doce verdade de que, se não pecarmos, estaremos livres de males futuros, pois muito provavelmente já estaremos praticamente quites com a Lei.

As dores são mais devido a nossa teimosia em errar do que de expiações decorrentes de transgressões passadas.

A aventura da existência consiste em vivenciar as alegrias e tristezas com a mente sempre voltada para um ideal maior.


Aquele que permanece preocupado com questões de somenos importância, sem despender algum tempo para questões outras necessárias para o ser espiritual, é um forte candidato as mais diversas dores durante o período de pós-morte física.



É imprescindível a dedicação ao estudo de ordem espiritual.

 

Analisando o arcabouço mental de um e de outro, isto é, daquele que mantém dedicação ao espírito e daqueloutro que não se dedica, é possível perceber diferenças colossais.


A mente harmonizada, apresentando um fluxo de energia constante e laminar, é capaz de permanecer sem alterações bruscas durante largo período de tempo.

Desta forma o funcionamento mental é suave, sem sobressaltos.

A energia originária dos processos mentais é de elevado teor, mais energéticos, por este motivo, menos suscetível de sofrer interferência de ondas mentais desajustadas emitidas por aqueles que se encontram ao seu entorno.

A falta de variação brusca evita o aparecimento de uma força (corrente mental) (ver indução Mecanismos da Mediunidade) contrária à variação cuja finalidade é evitar esta mesma variação.

Os danos causados por este processo pode ser comparado a centelhamento de energia dentro da mente do indivíduo.

Importante ressaltar que a harmonia interior por si só já é fator preponderante para emissões de alto teor, independente do estado evolutivo que o indivíduo se encontre.

Assim sendo, não é necessário ser espírito elevado, mas cônscio de seu estado, capaz de agir naturalmente diante das venturas e desventuras.

Em outras palavras, a paz de espírito pode ser atingida por qualquer um, basta o exercício constante para controlar as viciações ainda tão naturais em nosso mundo.

A jornada terrena tem início no momento da concepção, quando o espermatozóide atinge o óvulo, formando o ovo.

Até aquele momento o espírito reencarnante estagia em local propício para que seu organismo perispirítico possa sofrer as transformações necessárias sem ser alvo de espíritos inferiores que queiram obliterar sua marcha ou, até mesmo, daqueles que pensam que podem tomar seu lugar.

Devemos imaginar este local como as clínicas que mantém embriões congelados, fornecendo tanto segurança física quanto condições propícias para sua sustentação.

Estes locais são compostos de câmaras cuja atmosfera é controlada para evitar qualquer tipo de contaminação do organismo perispiritual.

Estando o espírito adormecido, sem controle do seu metabolismo, seria presa fácil para os miasmas e fluidos de baixo teor que ainda ocorre nas regiões próximas ao planeta.

É preciso notar que quando dissemos que o espírito está adormecido é um processo diferente do sono do encarnado, pois, neste caso, o espírito está desperto.

Assim, ele permanecerá até ser encaminhado ao processo de fecundação que gerará o novo corpo que lhe servirá de ferramenta.

Suas ondas mentais, capazes de manter a sustentação da individualidade, carrega consigo o manancial de informação necessária a ser transmitida aos elementos materiais.

Sabendo que as células carregam consigo entidades espirituais, são capazes de assimilar esta informação básica que as conduzirão ao processo de multiplicação celular de forma organizada.

As enfermidades congênitas são originárias dos processos mentais em desequilíbrio.

A informação truncada chegará à célula que, por sua natureza rudimentar, não conseguirá decodificar e agirá com o que podemos denominar de “desvio de conduta”.

Seres inferiores da criação necessitam de ordens claras, sem possibilidade de interpretação, para poderem agir conforme o esperado.

As enfermidades de modo geral seguem o mesmo processo.

Muita Paz,
Henrique de Salomão Silva

 

Entendendo as Dores 2

 

 

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